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domingo, 1 de julho de 2018

Pagu

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - PAGU

3) PAGU


          Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, Foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas. Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Nada compatível com sua origem familiar. Ao contrário do que se propaga, Pagu não participou da Semana de Arte Morderna . Tinha apenas 12 anos, em 1922, quando a Semana se realizou. Em 1925, com quinze anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy.
          Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital  e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
          Em 1930,   um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. No mesmo ano, nasce Rudá de Andrade, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu. Os dois se tornam militantes do Partido Comunista.
          Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos Pagu é presa pela polícia política de Getúlio Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Logo depois de ser solta (1933) partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido Oswald e seu filho. No mesmo ano, publica o romanceParque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo.
          Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald, retoma a atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos.
          Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo de linha trotskista. Integra a redação de A Vanguarda Socialista junto com seu marido Geraldo Ferraz  , o crítico de arte Mário Pedrosa,  Hilcar Leite e Edmundo Moniz.

          Do casamento com Geraldo Ferraz, nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz, em 18 de junho de 1941. Em viagem à China Pagu obteve as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil.  Em 1945 lança novo romance, Famosa Revista, escrito em parceria com Geraldo Ferraz. Tenta sem sucesso  uma  vaga de deputada estadual nas eleições de 1950.
           Ainda trabalhava como crítica de arte, quando foi acometida de um câncer. Viaja a Paris para se submeter a uma cirurgia sem resultados positivos. Decepcionada, Patrícia tenta suicídio, que não se consuma. Volta ao Brasil e morre em 12 de dezembro de 1962, em decorrência da doença.



quinta-feira, 10 de maio de 2018

Dilma Roussef

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - DILMA ROUSSEFF



 10) DILMA ROUSSEFF

          Dilma Vana Rousseff   (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filidada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e atual presidente do Brasil. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente da, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro , tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado ou de governo, em toda a história do Brasil.
          Nascida em família de classe média alta, interessou-se pelos ideiais socialistas durente a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária. Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação  Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de  sessões de tortura  e, posteriormente, no Departamento de Ordem Polícia e Social (DOPS). Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de  Porto Alegre de 1985 a 1988, no governo Alceu Collares. De 1991 a 1993, foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual de Minas e Energia, de 1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores em 2001.  
          Em 2002, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Posteriormente, nesse mesmo ano, foi escolhida para o ocupar o Ministério de Minas e Energia, onde permaneceu até 2005, quando foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em subistutuição a José Dirceu, que renunciara ao cargo após o chamado Escândalo do Mensalão.
          Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época e, em novembro do ano seguinte,   a revista  FORMES classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.



Anita Garibaldi

          Seguindo a onda feminista que assola o país de norte a sul com o ínicio do governo da presidente Dilma Rousseff, decidi fazer uma pesquisa sobre as dez mulheres mais conhecidas da história do Brasil. Não pensem que eu não tinha mais nada para fazer... É que gosto um monte de história!!! Eheheh!

1) ANITA GARIBALDI



          Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Alguns estudiosos alegam que Anita Garibaldi teria nascido em Lages (no ano de 1821), que na cúria metropolitana daquela cidade estaria o registro dos irmãos mais velho e mais novo dela, e que teria sido retirada do livro a folha do registro de Ana Maria de Jesus Ribeiro.

A cidade matriarcal

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - MARIA BONITA







6) MARIA BONITA


       A primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Assim foi Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita. Nascida em 8 de março de 1911 numa pequena fazenda em Santa Brígida, Bahia e filha de pais humildes Maria Joaquina Conceição Oliveira e José Gomes de Oliveira, Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. Seu casamento desde o início foi muito conturbado. José Miguel da Silva, sapateiro e conhecido como Zé Neném vivia às turras com Maria. O casal não teve filhos. Zé era estéril. 

 

       Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião. Teve uma filha, Expedita, e três abortos. Como seguidora do bando, Maria foi ferida apenas uma vez. No dia 28 de julho de 1938, durante um ataque ao bando um dos casais mais famosos do País foi brutalmente assassinado. Segundo depoimento dos médicos que fizeram a autópsia do casal, Maria Bonita foi degolada viva.



       A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929. Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da família. Virgulino era antigo conhecido da família Oliveira. Esse trajeto era feito com freqüência por ele. Era uma espécie de parada obrigatória do cangaceiro.

       Os pais de Maria Bonita gostavam muito do “Rei do Cangaço”. Ele era visto com respeito e admiração pelos fazendeiros, incluindo Maria. Sem querer a mãe da moça serviu de cupido entre ela e Lampião. Como? Contando ao rapaz a admiração da filha por ele. Dias depois, Lampião estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor à primeira vista. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e cabelos castanhos Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca. A partir daí, começou uma grande história de companheirismo e (por que não!) amor.

       Um ano depois de conhecer Maria, Lampião chamou a “mulher” para integrar o bando. Nesse momento, Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo do Cangaço. Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os bandos.