Retorne ao SPIN

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Sobre crise das empreiteiras por causa da Lava Jato

http://jornalggn.com.br/fora-pauta/investimento-da-funcef-na-oas-resposta-a-folha-de-s-paulo

A década do escândalo, por Luciano Martins Costa

Os jornais de quarta-feira (31/12), último dia de 2014, analisam as escolhas até aqui anunciadas para a formação do governo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Há uma tendência dos comentaristas a considerar que o futuro ministério marca uma separação formal entre a presidente reeleita e seu mentor, o ex-presidente Lula da Silva. A tese predominante considera que as escolhas de Dilma revelam que ela busca mais autonomia, mas fica isolada no partido que a elegeu.
A principal divergência nessa corrente fica por conta do colunista Elio Gaspari, para quem não se pode dissociar Dilma de Lula. O articulista da Folha de S.Paulo e do Globo entende que o aparente afastamento entre os dois é apenas um estratagema para dar ao governo petista duas frentes no embate político, de olho das eleições de 2018. Assim, se a atual presidente promete fazer uma faxina na Petrobras, e dá sinais de se afastar da corrente partidária mais envolvida no escândalo, Lula se empenha no discurso de defesa da estatal.
Interessante observar que Gaspari, cujos textos costumam se distanciar anos-luz das platitudes e imposturas que florescem na imprensa brasileira, usa a palavra “estratagema” em vez de “estratégia”. Em filosofia, “estratagema” significa um ardil, ou manobra, que se justifica eticamente apenas em circunstância de conflito aberto e que, em contexto não conflituoso, é condenado como engodo e farsa. Estratégia é a arte ou ciência de escolher um plano e os meios idôneos para alcançá-lo.
No texto de Gaspari, a distância entre Dilma e Lula é um ardil para alcançar o plano estratégico de ocupar o máximo de espaço na política. Assim, conclui-se que a aparente divergência entre os dois permite que o governo domine ao mesmo tempo o campo da situação, que lhe compete pela vitória nas urnas, e parte do campo da oposição, por deslocar seus dois mais importantes protagonistas para posições diferentes no conflito representado pelo escândalo da corrupção.
Enquanto isso, a oposição propriamente dita vive a reboque da imprensa, perde a iniciativa e fica na condição subalterna de alimentar manchetes de efeito duvidoso. Falta uma estratégia aos oposicionistas, e a maior prova disso é que perdeu a eleição presidencial, mesmo com o apoio maciço do maior poder fora das instituições republicanas.
Estratégias e estratagemas
Em algum momento, um desses próceres da mídia tradicional vai afirmar que o período que se encerra em 2014 terá sido a “década da corrupção”. Afinal, é da natureza dos próceres produzir manifestações extremas, como diria o Policarpo Quaresma, personagem do romance de Lima Barreto, porque têm uma necessidade extraordinária de não serem esquecidos pelo futuro. Numa imprensa que desestimula o trabalho em equipe e incentiva a carreira individual, o jornalista precisa se destacar no grito, daí a proliferação dos textos ruidosos e “definições definitivas”.
Seria mais apropriado dizer que essa tem sido a década do escândalo, mas também pode ser chamada de a década da Justiça, a se julgar pelo grau de eficiência alcançado pelo sistema punitivo do Estado, ainda que algumas de suas decisões sejam contraditórias. Também se pode afirmar que essa é a década em que o chamado “quarto poder” se apropriou de uma fração do Poder Legislativo, ao assumir a tutela do campo político que compete à oposição.
Desde maio de 2005, quando a revista Veja revelou o conteúdo de um vídeo, no qual um funcionário graduado dos Correios se vangloriava das facilidades do esquema que desaguou na Ação Penal 470, os principais meios de comunicação do país vêm se tornando protagonistas da ação partidária, emasculando as agremiações oposicionistas, que ficam a reboque de jornalistas. De lá para cá, contraditoriamente, a oposição ganhou voz e destaque na mídia, mas perdeu três eleições consecutivas.
O que é que esse breve histórico demonstra?
Que, ao se entregar à tutela da imprensa, a oposição perde o poder de elaborar sua estratégia e passa a viver de estratagemas. Também se pode concluir que, a despeito do que dizem as pesquisas sobre a credibilidade da imprensa, a mídia tradicional não tem influência suficiente para definir o resultado das urnas, ainda que transforme o clima eleitoral em uma “tempestade perfeita”.
A democracia brasileira precisa de uma oposição que jogue no campo político, em vez de se rebaixar à condição de marionete da mídia.
Um feliz 2015 para todos nós.

O PT no poder: nossa Bastilha sem revolução e sem guilhotina


Seremos capazes de construir uma nova ordem social sem confronto?
Em exatos 15 dias, entre os dias 15 e 30 de dezembro de 2014, quatro grandes jornalistas,Luis NassifPaulo NogueiraSaul Leblon e o mestre Janio de Freitas escrevem artigos em que tentam racionalizar a insólita crise do governo petista. Três desses grandes jornalistas fazem duras criticas ao PT, um, pelo menos, vê esperanças em um rearranjo das forças progressistas.
Às vésperas da posse de Dilma Rousseff , vencedora da mais acirrada eleição pós-redemocratização, com o PT iniciando seu quarto mandato consecutivo e sendo tais jornalistas esteios do pensamento progressista na imprensa, tais artigos deveriam soar-nos estranhos. Por que então nos parecem tão sensatos?
O PT não é mais o PT.  O “PT de Lutas”, o grande “PT de Lutas”, com sua poderosa base sindical e movimentos populares, não resistiu ao “PT do Lula Lá” que assumiu o governo em 2002. O “PT do Lula Lá” estará subindo a rampa do Planalto com a vitória de Dilma em 2014, o “PT de Lutas” se debate em dúvidas e desencanto.
O desencanto parece ser patente a ponto dos vencedores das eleições presidenciais de 2014 agirem como perdedores e os perdedores cantarem vitória.
Não sem razão. A união de forças da direita sempre existiu, mas ela levar povo às ruas era coisa inaudita por mim em meus mais de meio século de vida. Acham-se fortes para não precisar respeitar decisões democráticas. Chamam para o confronto. Mas elas mesmas nunca foram confrontadas nos governos petistas.
E talvez seja esse confronto inevitável se deseja se construir uma nova ordem social no Brasil.
Por que, então, foi adiado de 2002 até hoje?
Porque inicialmente não havia força para isso e porque no momento certo não travou-se o bom combate.
Vejamos.
A esquerda havia que endurecer, mas apenas lhe restava a ternura.
O PT só foi forte na oposição, quando assume o poder federal, o faz sem poder contar com um movimento de esquerda robusto para confrontar as forças da direita.
Nesse ponto, na falta de confronto às forças reacionárias, retroagiu-se a um estágio anterior aos anos 80, quando um movimento sindical combativo e organizações sociais atuantes, principalmente organizações da Igreja ligadas a Teologia da Libertação, conquistaram junto à burguesia o respeito pelas classes operárias. Em muito, respeito por medo, respeito ainda assim.
Ocorre que entre essa época, os anos 80, e a chegada do PT à presidência, transformações na organização social do Brasil e do mundo minaram esse poder popular.
No mundo, o pontificado de João Paulo II imobilizou os movimentos da Teologia da Libertação e no seio da Igreja católica no Brasil assumiu o poder sua porção conservadora e reacionária paralisando os movimentos sociais que dela dependiam. A queda do Muro de Berlim simbolizou um momento de baixa para a ideologia de esquerda. No Brasil, os governos FHC, que conquistaram corações e mentes com a bandeira socialdemocrata e o engodo do “real forte”, aliam-se ao conservadorismo do “Consenso de Washington” e protegido pelas mesmas forças que hoje se unem contra os governos petistas promovem com suas crises, através do desemprego e da precarização das relações trabalhistas, o desmonte do sindicalismo - base do petismo.
Com os movimentos sociais manietados, com o sindicalismo enfraquecido e com os intelectuais de esquerda repensando a própria ideologia, em 2002, “Lulinha paz e amor” elege-se porque a esperança vencia o medo. O governo FHC cai de podre, literalmente, não é derrubado. As forças reacionárias não estavam acudas por um movimento de esquerda tal quais os que levaram a governos esquerdistas na Venezuela e na Bolívia. Estavam momentaneamente inviabilizadas politicamente.
O governo Lula não assume em uma posição de força, só sua fraqueza poderia explicar Henrique Meirelles no Banco Central como fiador das forças de mercado.
Lula não é nosso Robespierre.
Por enfraquecido que tenha sido o início do governo, houve tempo para fortalecer a musculatura institucional, pois foi apenas em 2005, quando Lula e o PT já haviam se assenhoreado da máquina pública, que as forças reacionárias se sentiram fortes para desafiar-lhe o poder.
Mas Lula não é Robespierre, é um conciliador, quis-se por republicano, jamais confrontou as forças conservadoras. Elas, no entanto, sempre o tiveram como inimigo.
E, a partir do momento em que o presidente do STF em um gesto de atrevimento e audácia chama o presidente da República às falas e este não reage, e mais, em um outro episódio, entrega-lhe a cabeça do diretor geral da Polícia Federal ou quando permite que os principais quadros de seu partido sejam tratados como batedores de carteira por ventanista da oposição sem qualquer reação, perderam dele qualquer receio ou medo. O outrora poderoso PT era, agora, um tigre de papel.
Por que, em qualquer desses momentos, o enorme capital político de que dispunha e fora duramente amealhado, a militância do “PT de Lutas” e as organizações sociais a ele filiadas, não foi posto nas ruas para defender o governo que, em última instância, era o “seu” governo, ainda é coisa para a qual não tenho explicação.
Evitou se o confronto, mas o movimento social de apoio perdeu força de mobilização.
Lula se manteve por dois mandatos no poder por ser um gênio político e porque o país era tão injusto que uma mínima melhoria das condições de vida da população mais pobre – não passavam mais fome, e uma pequena recuperação do poder aquisitivo do proletariado que podia então assumir prestações de até 48 meses, pareceu ser uma revolução social.
De cima desse capital, o PT ganhou mais duas eleições.
Retornamos agora ao início do texto, por que, então, o desencanto parece ser patente a ponto dos vencedores das eleições presidenciais de 2014 agirem como perdedores e os perdedores cantarem vitória?
Porque, se a vitória em 2014 pode evitar que “um personagem medíocre e grotesco desempenhasse o papel de herói”, do mesmo modo, o confronto, talvez necessário para o estabelecimento da autoridade dos vencedores para implantarem seu modelo de governaça, foi adiado mais uma vez. E lá se vai doze anos.
Seremos capazes de construir uma nova ordem social sem confronto?

OBS.: Para entregas em domicílio, consulte:  concertosgerais.wordpress.com

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Petrobrás já valorizou 21% em 6 dias

Pois é, enquanto os brasileiros ficavam falando mal da Petrobrás deveriam era ter comprado umas ações como fez o megaespeculador americano George Soros...

Por 

nyse1


Nos últimos 6 dias úteis, a Petrobrás já valorizou 21%, mais que qualquer outra petroleira no mundo, o que mostra que houve, de fato, um forte ataque especulativo contra a estatal.
A mídia, que deu enorme destaque à desvalorização das ações da empresa, agora está quietinha.
Abaixo, artigo do Fernando.
*
Notícia boa da Petrobras não vale
Por Fernando Brito, no Tijolaço.
A Petrobras, depois de uma pesada queda, está se recuperando fortemente nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos.
Aqui, do ponto pior de R$ 8,52 no dia 15, chegou hoje à tarde (14;40h) a RS 10,34, uma alta de 21,36%.
Em Nova York, subiu, nos últimos três dias, muito acima das outras petroleiras, como se vê no gráfico lá em cima.
Muita gente, como o megainvestidor George Soros, está rindo a toa com os lucros que embolsou esta semana.
E vai embolsar mais, porque a ação ainda está valendo pouco mais da metade do que deveria estar, mesmo com a queda no preço do petróleo.
Porque a Petrobras tem, como se diz no jargão empresarial, “resultado para entregar”.
Hoje a empresa anunciou um novo recorde na produção de poços exclusivos ou operados por ela com parceiros: 2,47 milhões de barris de petróleo por dia, no dia 21. Há um ano, eram 1,96 milhão/dia.
Com uma média mensal proxima disso, serão 25% a mais do que há um ano.
E 700 mil barris no pré-sal, contra 371 mil/dia em dezembro passado.
Ou 88,6% de aumento na produção destas áreas de enorme profundidade, onde a média por poço supera os 20 mil barris diários.
Isso com a companhia trabalhando em que só Deus sabe que está, com todo o tipo de insegurança que a campanha de mídia está provocando internamente.
A roubalheira de Paulo Roberto Costa e de todos os que tenham entrado neste esquema é séria e merece ser duplamente punida: porque é roubo e porque é roubo contra a empresa mais importante para o futuro do Brasil.
Mas ela não justifica – nem sequer explica – a paralisação e a desvalorização de um empresa de petróleo que tira óleo do chão marinho como nenhuma outra faz.
Mas isso não sai na mídia, ou sai sem nenhum destaque.
Querem fazer crer ao povo brasileiro que, como lhe roubaram alguns ovos, a galinha dos ovos de ouro é um bicho inútil e sem valor.
Quem desdenha, já dizia a minha avó, quer comprar.

http://www.ocafezinho.com/2014/12/23/petrobras-ja-valorizou-21-em-6-dias/

...................
xxxxxxx

A importância do Pré-Sal na geopolítica do petróleo

A campanha contra a Petrobras levada à frente pelo bloco conservador brasileiro é absolutamente funcional aos interesses das petroleiras ocidentais.


ArquivoDiogo Santos (*)


O Brasil vive um período de repactuação entre o capital público e as frações capital privado em relação aos seus diferentes papéis no próximo ciclo de crescimento da economia brasileira. Garantir a indispensável participação do capital público é tarefa que deve unificar todos os setores avançados da nação. A unidade se torna imprescindível quando do outro lado estão interesses sensíveis do Imperialismo, como é o caso do petróleo na camada pré-sal.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Vox sobre quem mais combateu corrupção: Lula 31%, Dilma 29%, FHC 11%


lula_dilma_x_fhc_aecio_final
Para 60% dos entrevistados, Lula (31%) e Dilma (29%) foram os presidentes que mais combateram a corrupção. FHC ficou na lanterna com apenas 11% 
A Petrobras e a Opinião Pública
Nenhum partido está isento de culpa no escândalo da estatal, aponta pesquisa nacional do Vox Populi
por Marcos Coimbra, em CartaCapital, encaminhado via e-mail por Júlio César Macedo Amorim
Para quem acompanhou o carnaval da “grande mídia” em torno das pesquisas em 2014, soa estranho o silêncio atual a respeito da crise da Petrobras. Seus veículos trombeteiam o assunto há 3 meses, mas não dedicaram a ele uma única e escassa pesquisa.
Exagero. Houve uma, realizada pelo Datafolha no início de dezembro. Ficou famosa pela extravagante manchete gerada a partir da leitura das informações pela Folha de São Paulo, dona do instituto: “Brasileiro responsabiliza Dilma por caso Petrobras”. Nenhum outro levantamento foi encomendado. Como se aquele resolvesse a questão e o resultado bastasse. Como se não fosse tão questionável que até a ombudsman do jornal criticaria a despropositada matemática usada pelos editores ao noticiá-la.
Tamanha parcimônia contrasta com o exuberante investimento em pesquisas que a mídia corporativa fez neste ano. Embora tenha sido quase todo bancado pela TV Globo, que financiou as empresas menores, foi uma tal superoferta de pesquisas que, na reta final da eleição presidencial, o cidadão mal conseguia respirar antes de um novo levantamento ser divulgado.
A abundância tinha a ver, é claro, com a torcida para Dilma Rousseff cair nas inteções de voto. Tantas pesquisas refletiam o desejo dos donos de jornal (e seus funcionários) de crescimento de uma das candidaturas a ponto de suplantar a petista. Como sabemos, gastaram dinheiro em vão.
Algo semelhante acontece com as oposições partidárias. Atravessamos o ano a ouvir os líderes oposicionistas citando resultados de pesquisa a torto e a direito: O “desejo de mudança”, a “rejeição ao PT”, a “reprovação do governo”. Seu discurso atual a respeito da crise na Petrobras prescinde, no entanto, de quaisquer referências à opinião pública.
É pena. Todos ganharíamos se ouvíssemos mais e mais frequentemente os cidadãos. Saberíamos o que pensam e compreenderíamos melhor suas manifestações, especialmente as mais importantes, como os resultados eleitorais. Evitaríamos equívocos de interpretação e erros de tomada de posição.
Entre os dias 5 e 8 de dezembro, o Vox Populi fez uma ampla pesquisa nacional, com 2,5 mil entrevistas, distribuídas em 178 municípios. Tratou de vários assuntos e incluiu perguntas sobre a Petrobras.
Ao contrário da tese de alguns próceres tucanos e dos muitos mal informados na sociedade, para os quais a vasta maioria da população ignora o que se passa no Brasil, apenas 13% dos entrevistados não tinham ouvido falar das denúncias de irregularidades na empresa. Em outras palavras, 86% da população as conhecia, sem variações significativas segundo os níveis de escolaridade: 85% entre aqueles com ensino fundamental, 87% no ensino médio e 89% no nível superior.

Graça desmonta farsa de Venina

Por 

venina1a


No Tijolaço, encontramos informações importantes para trazer um bom senso que a mídia se recusa em utilizar.
1) Venina Velosa não era uma “coitadinha” em Cingapura. Tinha salário de quase R$ 200 mil mensais (sic) e, portanto, poderia comprar uma passagem de avião e visitar a mãe doente quando quiser. Aliás, posar de coitadinho ganhando uma baba dessas é duro de ouvir! Detalhe: ainda tinha moradia e escola para os filhos paga pela empresa.
2) Venina tinha alto cargo de chefia na Petrobrás, e, com o preparo que tinha, sabia muito bem o caminho do ministério público federal. Se nós, da blogosfera, que não temos essas regalias salariais, já fizemos várias denúncias ao MP, por que ela não pôde fazer? Basta entrar no site e registrar. Pode-se fazê-lo inclusive anonimamente.
3) Pelo mesmo Tijolaço soubemos também que as histórias de Venina veiculadas no Fantástico, e na mídia em geral, são incongruentes com a sua biografia no Linkedin, uma rede social voltada para o lado profissional dos usuários.
*
A firmeza de Dilma em manter Graça Foster à frente da Petrobrás prova que a presidente amadureceu politicamente.
A alta das cotações da Petrobrás comprova que o mundo, incluindo o grande capital, gosta de gente assim: forte.
Antes, eu até advogava a substituição de Foster, não pelos motivos da mídia, mas porque achava importante que a estatal fosse chefiada por alguém que soubesse defender politicamente a Petrobrás.
Mas os ataques baixos da mídia acabaram por “blindar” Graça.
Tenho esperança – muito pouco, é verdade – que Foster também amadureça e entenda que, sem enfrentamento político, continuará sangrando eternamente.
A melhor defesa é o ataque. E isso não significa perder a elegância e sair atacando a mídia.
Mas criticar mentiras e incoerências pode, não?
Ou será que apontar mentiras e incoerências é “bolivarianismo”?
Defender-se atacando significa adotar uma estratégia de comunicação mais ofensiva.
Podia começar reformando o blog e criando um porta-voz para rebater diariamente a imprensa (afinal imagino que Graça tenha outras coisas a fazer).
As respostas deveriam vir em texto, sempre com dispositivo de áudio para cegos; em vídeos; criar aplicativos para smartphone; etc.

Petrobras bate record.

Petrobras bate record.
E sem a Venina …

Chora, Aecioporto, chora.
Saiu na Reuters:

PETROBRAS BATE RECORDE DE PRODUÇÃO DIÁRIA QUE DURAVA QUATRO ANOS


Por Roberto Samora


SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras informou nesta terça-feira que bateu recorde histórico de produção diária no Brasil de petróleo e LGN (líquidos de gás natural) no dia 21, produzindo 2,286 milhões de barris, superando a marca anterior de 2,257 milhões de barris/dia de 27 de dezembro de 2010.


A marca foi obtida com a colaboração do recorde de produção na camada pré-sal, que exigiu pesados investimentos da Petrobras nos últimos anos.


“O novo patamar histórico decorre principalmente da contribuição de nove sistemas de produção. Cinco deles começaram a operar em 2013 e tiveram novos poços interligados ao longo de 2014. Outros quatro sistemas de produção foram instalados este ano”, afirmou a Petrobras em nota.


A Petrobras, que vai elevar a extração em 2014 no Brasil após dois anos de queda no bombeamento, registra uma melhora operacional em um momento de preços mais baixos da commodity no mundo, enfrentando ainda uma de suas piores crises institucionais, em meio a denúncias de corrupção.


Ainda que os preços do petróleo Brent tenham caído recentemente para mínimas de mais de cinco anos, abaixo de 60 dólares o barril, o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, disse em entrevista na semana passada que as margens do pré-sal –onde a extração é mais custosa em lâminas d’água profundas e ultraprofundas– continuam positivas.


A produção de petróleo nos campos operados pela empresa no pré-sal das bacias de Santos e Campos atingiu 700 mil barris por dia (bpd) no último dia 16, novo recorde. Desse volume, cerca de 74 por cento (523 mil bpd) correspondem à parcela da Petrobras e o restante às parceiras.


A companhia relatou a interligação de 68 novos poços –produtores e injetores– até novembro de 2014, contra 45 poços interligados em 2013.


Segundo a estatal, das plataformas instaladas em 2013, contribuíram para o recorde recente a P-63, no campo de Papa-Terra, e P-55, no campo de Roncador, ambas na Bacia de Campos; o FPSO Cidade de Itajaí, em Baúna, no pós-sal da Bacia de Santos; além dos FPSOs Cidade de São Paulo, no campo de Sapinhoá, e Cidade de Paraty, na área de Lula Nordeste –ambos no pré-sal da Bacia de Santos.


Os sistemas de produção que entraram em operação em 2014 e que ajudaram no aumento da extração foram a P-58, no Parque das Baleias, e P-62, no campo de Roncador, na Bacia de Campos; e os FPSOs Cidade de Mangaratiba, na área de Iracema Sul, e Cidade de Ilhabela, na de Sapinhoá Norte, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.


A petroleira afirmou que o programa de aumento de eficiência operacional (Proef) nas porções fluminense e capixaba da Bacia de Campos também impulsionou o bombeamento. “Essas áreas têm mantido a produção sustentável, diante do declínio natural dos reservatórios.”


A Petrobras, que prevê elevar a produção de petróleo no Brasil entre 5,5 a 6 por cento este ano, abaixo da meta inicial de 7,5 por cento por atrasos na entrada de alguns sistemas, ainda não divulgou a produção de novembro.


PRÉ-SAL


A Petrobras afirmou que a produção de 700 mil barris/dia –alcançada oito anos depois da primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal, ocorrida em 2006– foi obtida com a contribuição de somente 34 poços produtores, evidenciando “a elevada produtividade dos campos já descobertos”.


Desses poços, 16 estão localizados na Bacia de Santos, que responde por cerca de 61 por cento do volume produzido no pré-sal. Os demais 18 poços estão localizados no pré-sal da Bacia de Campos e respondem pelos 39 por cento restantes.



Leia mais:

GRAÇA NÃO DÁ COLETIVA. DEFENDE-SE NA GLOBO


AS NÃO CONFORMIDADES DA VENINA

http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/12/23/petrobras-bate-record-e-sem-a-venina/

..
xxxxxxxxxxxx

Notícia boa da Petrobras não vale.

 Autor: Fernando Brito
nyse1
A Petrobras, depois de uma pesada queda, está recuperando fortemente nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos.
Aqui, do ponto pior de R$ 8,52 no dia 15, chegou hoje à tarde (14;40h) a RS 10,34, uma alta de 21,36%.
Em Nova York, subiu, nos últimos três dias, muito acima das outras petroleiras, como se vê no gráfico lá em cima.
Muita gente, como o megainvestidor George Soros, está rindo a toa com os lucros que embolsou esta semana.
E vai embolsar mais, porque a ação ainda está valendo pouco mais da metade do que deveria estar, mesmo com a queda no preço do petróleo.
Porque a Petrobras tem, como se diz no jargão empresarial, “resultado para entregar”.
Hoje a empresa anunciou um novo recorde na produção de poços exclusivos ou operados por ela com parceiros: 2,47 milhões de barris de petróleo por dia, no dia 21. Há um ano, eram 1,96 milhão/dia.
Com uma média mensal proxima disso, serão 25% a mais do que há um ano.
E 700 mil barris no pré-sal, contra 371 mil/dia em dezembro passado.
Ou 88,6% de aumento na produção destas áreas de enorme profundidade, onde a média por poço supera os 20 mil barris diários.
Isso com a companhia trabalhando em que só Deus sabe que está, com todo o tipo de insegurança que a campanha de mídia está provocando internamente.
A roubalheira de Paulo Roberto Costa e de todos os que tenham entrado neste esquema é séria e merece ser duplamente punida: porque é roubo e porque é roubo contra a empresa mais importante para o futuro do Brasil.
Mas ela não justifica – nem sequer explica – a paralisação e a desvalorização de um empresa de petróleo que tira óleo do chão marinho como nenhuma outra faz.
Mas isso não sai na mídia, ou sai sem nenhum destaque.
Querem fazer crer ao povo brasileiro que, como lhe roubaram alguns, a galinha dos ovos de ouro é um bicho inútil e sem valor.
Quem desdenha, já dizia a minha avó, quer comprar.
E baratinho, baratinho, na bacia das almas, como conseguiram com Fernando Henrique que vendeu  quase 30% do capital da empresa, a maior parte para investidores estrangeiros.


Que remédio você sugere para o combate à corrupção

((   )Mais transparência e participação popular através dos Conselhos, o decreto foi derrubado pela Câmara, como retomar o tema da participação social e torná-lo realidade.
(  ) Reforma política com fim do financiamento, por pessoas jurídicas, de campanhas eleitorais. Não tenho opinião formada quanto a coligações e demais pontos da reforma política.
(  )Uma PEC para dar autonomia aos Tribunais de Contas, com criação de Órgãos de fiscalização das contas dos prefeitos e governadores.
(   )Ampla reforma do Judiciário, com controle externo, bem como mudança na forma de indicação dos Ministros de Tribunais Superiores.
(   )Punição severa para promotor/delegado/procurador que engaveta denúncias ou age de forma parcial na investigação, de forma a aprimorar e ampliar  o cerco policial, sem chance de existir os  "selecionados" para ir para o tronco.
(  )Aprovar as propostas da presidente eleita para o combate a corrupção, no total de 5 pontos. Passa no Congresso?
(  )Regulação econômica da mídia com o fim da propriedade cruzada dos meios de comunicação, como ocorre nos EUA, Inglaterra. Que a CF seja respeitada e se obrigue os políticos detentores de meios de comunicação venderem tais veículos.
(   )Por a Abin em campo, com espiões nos setores de licitação. Senão a Abin, alguma forma de controle externo e transparência, com acompanhamento por parte da população pela internet.
(   )Constar em lei que apenas servidores o quadro poderão ocupar diretorias(na prática já é assim)
(   ) COAF....e retorno da CPMF mesmo que um valor simbólico, para reforçar a movimentação de montantes de dinheiro
(  )Pesquisa acadêmica sobre o tema.
(  )Busca de informações na internet já é uma boa atitude,já temos a mídia alternativa funcionando como contraponto à imprensa tradicional, os blogs tem funcionado como o outro lado da notícia.
(   )Práticas republicanas nas Instituições a partir do curso de formação, sem essa de poupar personagens da oposição ou serem correia de transmissão de interesses da Casa Grande.
(   )Discutir a corrupção como sendo uma das contradições do capitalismo. A par disso, lutar por políticas compensatórias tais como reforma agrária, combate à desigualdade social, políticas de inclusão, educação de caráter humanista, ético, etc.
(  )Combater, desde a idade intra-uterina, inclusive com a ajuda dos médicos, terapeutas, familiares e demais profissionais,  a ganância inerente à espécie humana, etc, não à cultura da esperteza acima de tudo (http://www.viomundo.com.br/denuncias/gerson-carneiro-e-assim-que-querem-acabar-com-corrupcao.html)
(  )Já que estamos falando de remédio, começar a cura curando os próprios médicos, o que parece não ser tarefa fácil. "Silvio L. Morais • 2 dias atrás
Como profissional médico há 34 anos e trabalhando na formação de especialistas há 24 anos,
a tendência inicial minha seria responder que não adiantaria coisa alguma tentar ensinar
humanidades  nos cursos de medicina, de engenharia ou de economia. Médicos e estudantes
de medicina pertencem, em sua maioria, à classe média alta e, portanto, refletem os valores de
suas origens. O conservadorismo é a nota predominante, mas não fica só nisso. É um meio
pobre, sob o ponto de vista intelectual , onde o interesse por História do Brasil, artes e humanidades
é irrisório. Raros são os profissionais que demonstram algum interesse por Humanidades, mesmo
aqueles que fazem uma especialização como a psiquiatria. As pessoas leem muito pouco e se
informam pela mídia tradicional ou por portais que ela disponibiliza na internet. Não tenho ilusão de
que basta acenar com o ensino de Ciências Humanas para resolver um problema tão complexo,
mas talvez devesse começar por aí. Um ensino de filosofia que conseguisse problematizar a
condição do mé dico na  sociedade; um pouco de história do Brasil; um pequeno contato e alguma
reflexão sobre artes; certamente que mal não faria a um ambiente tão desprovido de valores
humanísticos. Por outro lado,dentro da área, existem os gatos pingados que nadam contra a
corrente, assim como também pessoas com a predisposição de se aprimorar .
Em tempo: provavelmente, a parte mais difícil seráconvencer os doutos docentes da ciência
médica a respeito da importância das Ciências Humanas."

(    ) Transparência nas doações de campanha

(    ) Proibir que grandes corporações financiem campanhas eleitorais de candidatos



# DevolveGilmar

Por WK
Uma solução para a “democracia do talão de cheques”
está aqui: