Retorne ao SPIN

domingo, 1 de julho de 2018

Pagu

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - PAGU

3) PAGU


          Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, Foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas. Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Nada compatível com sua origem familiar. Ao contrário do que se propaga, Pagu não participou da Semana de Arte Morderna . Tinha apenas 12 anos, em 1922, quando a Semana se realizou. Em 1925, com quinze anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy.
          Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital  e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
          Em 1930,   um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. No mesmo ano, nasce Rudá de Andrade, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu. Os dois se tornam militantes do Partido Comunista.
          Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos Pagu é presa pela polícia política de Getúlio Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Logo depois de ser solta (1933) partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido Oswald e seu filho. No mesmo ano, publica o romanceParque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo.
          Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald, retoma a atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos.
          Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo de linha trotskista. Integra a redação de A Vanguarda Socialista junto com seu marido Geraldo Ferraz  , o crítico de arte Mário Pedrosa,  Hilcar Leite e Edmundo Moniz.

          Do casamento com Geraldo Ferraz, nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz, em 18 de junho de 1941. Em viagem à China Pagu obteve as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil.  Em 1945 lança novo romance, Famosa Revista, escrito em parceria com Geraldo Ferraz. Tenta sem sucesso  uma  vaga de deputada estadual nas eleições de 1950.
           Ainda trabalhava como crítica de arte, quando foi acometida de um câncer. Viaja a Paris para se submeter a uma cirurgia sem resultados positivos. Decepcionada, Patrícia tenta suicídio, que não se consuma. Volta ao Brasil e morre em 12 de dezembro de 1962, em decorrência da doença.



quinta-feira, 10 de maio de 2018

Dilma Roussef

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - DILMA ROUSSEFF



 10) DILMA ROUSSEFF

          Dilma Vana Rousseff   (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filidada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e atual presidente do Brasil. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente da, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro , tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado ou de governo, em toda a história do Brasil.
          Nascida em família de classe média alta, interessou-se pelos ideiais socialistas durente a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária. Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação  Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de  sessões de tortura  e, posteriormente, no Departamento de Ordem Polícia e Social (DOPS). Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de  Porto Alegre de 1985 a 1988, no governo Alceu Collares. De 1991 a 1993, foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual de Minas e Energia, de 1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores em 2001.  
          Em 2002, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Posteriormente, nesse mesmo ano, foi escolhida para o ocupar o Ministério de Minas e Energia, onde permaneceu até 2005, quando foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em subistutuição a José Dirceu, que renunciara ao cargo após o chamado Escândalo do Mensalão.
          Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época e, em novembro do ano seguinte,   a revista  FORMES classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.



Anita Garibaldi

          Seguindo a onda feminista que assola o país de norte a sul com o ínicio do governo da presidente Dilma Rousseff, decidi fazer uma pesquisa sobre as dez mulheres mais conhecidas da história do Brasil. Não pensem que eu não tinha mais nada para fazer... É que gosto um monte de história!!! Eheheh!

1) ANITA GARIBALDI



          Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Alguns estudiosos alegam que Anita Garibaldi teria nascido em Lages (no ano de 1821), que na cúria metropolitana daquela cidade estaria o registro dos irmãos mais velho e mais novo dela, e que teria sido retirada do livro a folha do registro de Ana Maria de Jesus Ribeiro.

A cidade matriarcal

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - MARIA BONITA







6) MARIA BONITA


       A primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Assim foi Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita. Nascida em 8 de março de 1911 numa pequena fazenda em Santa Brígida, Bahia e filha de pais humildes Maria Joaquina Conceição Oliveira e José Gomes de Oliveira, Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. Seu casamento desde o início foi muito conturbado. José Miguel da Silva, sapateiro e conhecido como Zé Neném vivia às turras com Maria. O casal não teve filhos. Zé era estéril. 

 

       Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião. Teve uma filha, Expedita, e três abortos. Como seguidora do bando, Maria foi ferida apenas uma vez. No dia 28 de julho de 1938, durante um ataque ao bando um dos casais mais famosos do País foi brutalmente assassinado. Segundo depoimento dos médicos que fizeram a autópsia do casal, Maria Bonita foi degolada viva.



       A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929. Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da família. Virgulino era antigo conhecido da família Oliveira. Esse trajeto era feito com freqüência por ele. Era uma espécie de parada obrigatória do cangaceiro.

       Os pais de Maria Bonita gostavam muito do “Rei do Cangaço”. Ele era visto com respeito e admiração pelos fazendeiros, incluindo Maria. Sem querer a mãe da moça serviu de cupido entre ela e Lampião. Como? Contando ao rapaz a admiração da filha por ele. Dias depois, Lampião estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor à primeira vista. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e cabelos castanhos Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca. A partir daí, começou uma grande história de companheirismo e (por que não!) amor.

       Um ano depois de conhecer Maria, Lampião chamou a “mulher” para integrar o bando. Nesse momento, Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo do Cangaço. Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os bandos. 



sábado, 24 de setembro de 2016

Teto de gastos vai prejudicar saúde pública, diz Ipea


Jornal GGN - Através de nota técnica, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea) afirma que o regime fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior, pelos próximos 20 anos, terá efeitos negativos sobre a saúde pública no Brasil.
A nota diz que o Novo Regime Fiscal tenta reverter uma trajetória de crescimento real do gasto público, “o que implica uma ruptura dos acordos políticos e sociais relacionados com essa dinâmica”. O estudo traz projeções sobre os possíveis cenários do orçamento para a saúde com a adoção do teto de gastos, e a conclusão é que a PEC terá impacto negativo sobre of inanciamento do direito à saúde no país.
“Congelar o gasto em valores de 2016, por vinte anos, parte do pressuposto equivocado de que os recursos públicos para a saúde já estão em níveis adequados”, diz nota, que também ressalta que a população brasileira vai crescer e ficar mais velha, aumentando a demanda e os custos do Sistema Público de Saúde.
Os economistas responsáveis pelo estudo também dizem que a redução do gasto com saúde e com políticas sociais vai afetar os grupos mais vulneráveis da sociedade, “contribuindo para o aumento das desigualdades sociais”.
A íntegra da nota técnica do Ipea pode ser lida aqui.


Balanço do golpe I, por Guilherme Scalzilli


Balanço do golpe I, por Guilherme Scalzilli
Introdução
Os equívocos administrativos dos governos Dilma Rousseff são insuficientes para explicar o sucesso do golpe. Os péssimos índices sócio-econômicos, a corrupção e a impopularidade não abreviaram os mandatos de José Sarney e FHC, por exemplo.
A associação dos fracassos gerenciais de Dilma com a queda visa dar a esta um verniz meritório, criando pretextos para a negociata que os golpistas apelidaram “julgamento político”. A responsabilização da vítima esconde suas tentativas de resistência e, acima de tudo, os esforços sistemáticos da mídia, do Judiciário e do Congresso para sabotá-las.
A viabilização do golpe se deu no âmbito estratégico. O impeachment representou uma confluência de elementos que foram se articulando ao longo dos últimos três ou quatro anos, nem sempre de forma planejada, mas partindo de setores com o mesmo interesse.
Nesse sentido o governo petista contribuiu com a própria tragédia, como um jogador que planeja mal seus movimentos e subestima as manobras adversárias. Isso diz respeito a uma esfera pragmática da atividade política, onde ideais, plataformas e mesmo realizações ocupam lugar lamentavelmente secundário.
Por ingenuidade, cinismo ou pura preguiça, os comentaristas midiáticos ignoram esse ambiente. Mas evitar a face espinhosa do impeachment leva a um idealismo alienante, que enxerga pressupostos no lugar de fatos, pessoas e instituições. Eis porque alguns progressistas e conservadores parecem ter visões tão semelhantes sobre o fenômeno.
Nas próximas semanas abordarei a consecução do golpe sob as óticas político-partidária, social, jurídica, econômica e midiática, com um epílogo perspectivo. Não pretendo esgotar os assuntos, nem mesmo desenvolvê-los, e sim propor um rol de questões que julgo merecerem figurar nos futuros debates historiográficos.

Velha mídia esconde discurso de Temer sobre razões políticas do impeachment


Jornal GGN - Na quinta (22), o presidente Michel Temer foi alvo de uma reportagem no The Intercept Brasil por ter dito, num discurso para investidores estrangeiros em Nova York, que Dilma Rousseff sofreu um impeachment por razões políticas: não aceitou o programa neoliberal criado pelo PMDB, chamado de "ponte para o futuro". Hoje, nenhum dos jornais da velha mídia oligarquica tratou do assunto. A única exceção foi uma colunista do Estadão que, pelas redes sociais, tentou desmoralizar o The Intercept e defender Temer.
Por Glenn Greenwald
No The Intercept
Ontem, Inacio Vieira do The Intercept Brasil expôs uma das mais significativas provas das verdadeiras motivações por trás do impeachment da presidente eleita, Dilma Rousseff. Em palestra para um grupo de empresários e dirigentes da política externa americana, o atual presidente, Michel Temer, admitiu que não foram as pedaladas fiscais que deram início ao processo de impeachment, mas a oposição de Dilma à plataforma neoliberal, composta de cortes em programas sociais e privatizações, proposta pelo PMDB.
Mas o que é ainda mais revelador do que o casual reconhecimento das motivações golpistas de Temer é como a grande mídia brasileira — unida em torno do impeachment — ignorou completamente o comentário do presidente. Literalmente, nenhum dos inúmeros veículos do Grupo Globo, nem o maior jornal do país, Folha, e nenhuma das revistas políticas sequer mencionou os comentários surpreendentes e incriminadores de Temer. Foi imposto um verdadeiro apagão. Enquanto diversos jornalistas e sites independentes abordaram a admissão do recém-empossado, nenhum dos grandes veículos de comunicação disse uma só palavra.
A única exceção à cortina de silêncio que se fechou foi a colunista do Estadão, Lúcia Guimarães, que investiu horas no Twitter humilhando-se, num enorme esforço em negar que Temer havia dito o que disse. Começou por insinuar que o The Intercept Brasil teria feito um “corte” suspeito no vídeo que alterava sua genuinidade — basicamente acusando Inacio Vieira de cometer uma fraude — sem apresentar nenhuma prova quanto a isso. Tudo em função de proteger Temer.
Após um colunista da Folha enviar um link para o vídeo completo, Lúcia escreveu que só poderia acreditar que Temer havia feito a afirmação quando visse os drives originais das câmeras exibidos simultaneamente. Ela acrescentou que o que torna suspeita a reportagem é o fato de Temer ser um autor de um best-seller de direito constitucional, que não diria um “despautério” desses.
Apenas quando a transcrição oficial completa do Palácio do Planalto foi publicada, a colunista finalmente admitiu que Temer havia dito a tal frase, mas, em vez de retratar as acusações falsas ou se desculpar com Inacio Vieira e com o The Intercept Brasil por ter sugerido que o vídeo teria sido fraudado, ela apenas publicou a parte relevante do discurso de Temer, como se ela mesma tivesse descoberto a citação e estivesse informando seus seguidores. Mesmo após admiti-lo, a jornalista alegou de forma ligeiramente amargurada que os oponentes do impeachment estavam transformando a questão em um carnaval e comemorando a revelação.
Mesmo tento sido forçada a fazê-lo por ter se complicado para defender Temer, ao menos uma colunista do Estadão reconheceu a existência de uma reportagem de tamanha importância. O resto da grande mídia brasileira a ignorou por completo. Imagine a seguinte situação: o recém-empossado presidente de um país admite para uma sala repleta de oligarcas e imperialistas que ele e seu partido deram início ao processo de impeachment da presidente eleita por razões políticas e ideológicas, e não pelos motivos previamente alegados. Toda a grande imprensa brasileira finge que nada aconteceu, se recusa a informar os brasileiros sobre a admissão do presidente e ignora as possíveis repercussões sobre o caso do impeachment.


Há um motivo para a organização Repórteres Sem Fronteiras ter reduzido a posição do Brasil em seu ranking de liberdade de imprensa para 104 e denunciado a grande mídia corporativa como uma ameaça para a democracia e liberdade de imprensa no país. Como explicou a ativista brasileira Milly Lacombe: “Temer confessa o golpe, existe uma gravação com a confissão e nossa mídia corporativa esconde o que ele disse. Tá bom ou precisa de mais?” Um dos mais palpáveis exemplos foi dado através deste lamentável silêncio.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

‘Nos tornamos uma piada de mau gosto, uma democracia moribunda de república de bananas’

brasil_bananao

O fim do Brasil

por Leandro Fortes, no Facebook
O Brasil está deixando de existir.
Como nação politicamente organizada, como Estado nacional independente, como país calcado em normas civilizatórias.
O golpe contra Dilma Rousseff, contra 54 milhões de eleitores, a fúria seletiva da Lava Jato e, agora, essa denúncia ridícula, patética do Ministério Público Federal contra Lula.
Nos tornamos uma piada de mau gosto, uma democracia moribunda de república de bananas, diuturnamente exposta à chacota mundial por um governo de corruptos apoiados por um Judiciário apodrecido, incestuoso, vil.
E, agora, por um Ministério Público que se permite exibir esse PowerPoint ignóbil contra Lula, espetáculo de um circo macabro - sob o comando de um fanático religioso visivelmente conduzido pelo ódio e pela insensatez.
Não querem prender Lula, querem que ele morra - de ódio, de desgosto, de tristeza - para que fique bem claro aos que, no futuro, pretendam imitá-lo, quais os limites da tolerância dessa lamentável elite econômica brasileira.
Para que saibam todos quem são os donos do poder, qual o lugar da senzala, para onde deve o povo ser conduzido como gado pela mídia e por seus cães de guarda adestrados nas redações.
Para que saibam a quem serve a Justiça, a polícia e os impostos.
Para que não fique dúvida sobre a quem deve servir a democracia.
E quando ela deve ser fuzilada para se evitar, justamente, que seja o povo beneficiado por ela.
Estão matando o Brasil.
E o Brasil precisa reagir.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Governados por um porco


fotooficial

todos nós temos um ponto matéria escura que na região da nuca...ah, uma história longa...depois eu conto..só quero dizer que o ponto de luz do usurpador é tão grande quanto o ponto de luz de um porco, o que o transforma num bicho

2- O que essa criança não faz pela marcela, heim...e nós levando no rabo por causa da marcela....rsss

Aliás, só temos 3 idades: criança, jovem e adulto

Ele é tão criança que é de dar dó: um ego obeso ate dizer chega: tudo pela marcela...rsss
E nós levando no rabo por causa do apego dependencia fiscia dele àquela deusa...tá bom...

Temer: foto oficial,  via Tijolaço
http://www.tijolaco.com.br/blog/temer-foto-oficial/

2- Posts relacionados


Porque, como e quando o golpe será derrotado,

Por Miguel do Rosário, editor do Cafezinho
O golpe será derrotado.
Haverá resistência democrática e o Brasil superará mais esse triste capítulo de sua história.
Por trás do aparente triunfo das classes rentistas e da mídia, crescem, no subterrâneos profundos da consciência política nacional, poderosas correntes de pensamento crítico, independente, soberano.
Foi exatamente por detectar o crescimento dessas correntes que as classes endinheiradas deram o golpe.
Mas não adianta. São forças que não podem ser contidas. Ao contrário, conforme a dinâmica dialética da história, o golpe ajuda a desatar energias que, não fosse por ele, ficariam estagnadas por muito mais tempo.
Saiba mais


sábado, 21 de maio de 2016

O falso discurso do rombo fiscal


Cybele De Moraes Amaro https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10208588171437093&set=a.10205351540083332.1073741845.1093444098&type=3&theater

Os "jornalistas" econômicos são tão "bobinhos". Hoje um deles escreve na Folha artigo intitulado "Quebramos". Se ele estudasse um pouquinho saberia que desde 2000 até 2013 o Brasil foi um dos poucos países do mundo que fez superavit fiscal (cerca de 3%) do PIB ( a dívida líquida/PIB caiu de 60% para 33%). Os déficits primário de 2014 (-0,6% do PIB) e mesmo os de 2015/2016, por conta do desastre Levi, são irrelevantes em relação ao que se passa no Mundo. Se o Brasil "quebrou", então o que dizer do Japão, EUA, Portugal, Espanha, Grécia e Índia, entre outros. Não existem mais? Sumiram do mapa? Foram devastados pelo tsunami da "irresponsabilidade fiscal"? A crise global do capitalismo não teve nenhuma repercussão? O desastre da ortodoxia de Levi, saudada com entusiamo pelo "jornalista" - que será continuada por Meireles ( aquele do "ministério dos sonhos" ....do poder econômico) - não teve nenhuma influência? Qual o problema de um país ter déficit primário por 3 ou 4 anos seguidos para enfrentar uma etapa de desaceleração do crescimento decorrente do esgotamento de um ciclo? O que revela a experiência internacional? Não tenho mais paciência para o jornalismo partidário contrário os interesses nacionais. (ET: 1. Os dados são do FMI; 2. Utilidade pública: se você tiver algum amigo ou familiar que mora no Japão, EUA, Portugal, Espanha, Grécia, Índia....entre em contato com eles, pois, provavelmente esses países não existem mais!).

.........................................xxxxxxxxxxx
.............................

Dados do Banco Central confirmam que Temer recebe país equilibrado economicamente
Da Redação / Imagem: Agência Brasil
Os dados abaixo, do Banco Central, confirmam que o golpista Michel Temer (PMDB) recebe o país equilibrado economicamente. Muitos podem dizer: "Como, se a 'grande' mídia mostra o contrário? A 'grande' mídia é golpista, meus caros!
Veja e acesse os links no final:
Dados do Banco Central confirmam que Temer recebe país equilibrado economicamente
Só para constar: Hoje, 11 de Maio de 2016, dia da consumação do Golpe contra Dilma, temos os seguintes dados a respeito da economia brasileira:
1) As reservas internacionais líquidas do Brasil são de US$ 376,3 bilhões (eram de apenas US$ 16 bilhões em 2002).
Elas superam, com folga, toda a dívida externa do país, que é de US$ 333,6 bilhões.
Assim, o Brasil é credor externo líquido em US$ 42,7 bilhões.
2) O Brasil é credor do FMI:
3) A dívida pública líquida é de 38,9% do PIB (era de 60,4% do PIB em 2002).
4) Os investimentos externos produtivos (IED) no Brasil foram de US$ 78,9 bilhões nos últimos 12 meses (Abril 2015 a Março 2016), sendo equivalentes a 4,56% do PIB;
5) O Brasil tem o 7o. maior PIB mundial (era o 13o. em 2002);
6) A Renda per Capita é de US$ 10.000 (era de US$ 2.500 em 2002);
7) A taxa de inflação está despencando e deverá fechar, segundo o Banco Central, perto do teto da meta em 2016, ficando próxima de 6,5% no acumulado do ano. Para 2017, já se prevê uma taxa de inflação perto do centro da meta (de 4,5%);
8) O salário mínimo é de R$ 880,00, equivalente a cerca de US$ 250 (era de US$ 55 em 2002);
9) O déficit externo, em transações correntes, está em 2,39% do PIB, no acumulado de 12 meses (terminado em Março de 2016), e continua caindo rapidamente;
10) O Superávit comercial foi de US$ 19,7 bilhões em 2015, já acumulou US$ 14,5 bilhões em 2016, sendo que estimativas apontam que o mesmo poderá chegar a US$ 50 bilhões neste ano.


Vou aproveitar e colar aqui outros dados:

Bom deixar isso aqui como lembrança já que os brasileiros vivemos sob manipulação da midia durante as 24 horas do dia pregando que o país tá quebrado e etc e tal...
  Foto de Alinne Maria.Curtir
Conquistas Sociais da Era Social-Desenvolvimentista sob Ameaça NeoliberalPublished maio 21, 2016 Uncategorized Leave a Comment Ascensão e Queda do Social-Desenvolvimentismo
Progresso na redução da pobrezaFontes de redução da pobrezaQueda da desigualdade salarial

Daniel Rittner (Valor, 16/05/16) adverte que a perspectiva sombria da economia brasileira após o golpe de Estado dos reacionários coloca em risco os avanços sociais conquistados pelo Brasil nos últimos 15 anos. O aumento da inflação está corroendo o valor das transferências sociais, as dificuldades econômicas têm o potencial de aprofundar conflitos fundiários, pode haveraumento da violência urbana. As constatações aparecem em um amplo relatório do Banco Mundial: WB – Retomando o Caminho para a Inclusão, o Crescimento e a Sustentabilidade – Sumario Executivo.16.05.16.
No “Diagnóstico Sistemático do País“, um estudo feito a cada quatro ou cinco anos para servir de roteiro às suas ações em cada nação onde atua, o organismo multilateral afirma que “alguns brasileiros estão se perguntando se os ganhos da última década não teriam sido uma ilusão”.
A resposta a esse questionamento vem em seguida: não, “com ressalvas”. O progresso social descrito no relatório – um contingente de 24,6 milhões de pessoais saiu da pobreza entre 2001 e 2013 – pode ser preservado e até ampliado. Para evitar retrocesso, no entanto, um ajuste fiscal deve ter foco: reforma no sistema previdenciário, redução dos desperdícios, revogação de subsídios ineficientes e realocação de recursos para serviços que beneficiem “B40”. Essa é a parcela da sociedade, os 40% mais pobres – “bottom 40%” em inglês -, que o banco considera prioritário para as políticas públicas.
As tentativas de ajuste fiscal até agora foram dificultadas por um “generoso” sistema de Previdência Social e pela “rigidez” dos gastos obrigatórios. O relatório vai longe no tempo ao resgatar que a Constituição de 1988 teve um nítida orientação de fomentar o bem-estar e consagrar benefícios sociais, mas sem ignorar os interesses “das ainda poderosas elites tradicionais”. Os reflexos das benesses mantidas ao topo da pirâmide, como pensões e aposentadorias, tiveram influência nas finanças públicas ao longo das três décadas seguintes.
Para o banco, fatores como o fim do superciclo das commodities e o aumento dos desequilíbrios econômicos pelo prolongamento em demasia dos estímulos pós-crise complicaram a solução. “Em última análise, o Brasil enfrenta o dilema de solucionar as injustiças nos gastos públicos, reduzindo as transferências para aqueles em melhor situação, ou contemplar a necessidade dedesativar programas sociais e reverter algumas das conquistas da década de ouro.”
Considerado uma espécie de exemplo global, o Brasil da “década de ouro” [Era Social-desenvolvimentista] teve uma taxa líquida de geração de empregos perto de 2% ao ano e conseguiu reduzir a desigualdade medida pelo Coeficiente de Gini de 0,59 para 0,53. O desempenho do mercado de trabalho foi o principal determinante da redução da pobreza e da prosperidade compartilhada, segundo as estatísticas usadas pelo banco. No entanto, 62% do declínio da pobreza extrema (miséria) entre 2004 e 2013 deve-se a rendimentos não salariais, sobretudo transferências do programa Bolsa Família.
Com a mudança na perspectiva econômica, afirma o relatório do Bird, ficaram visíveis duas deficiências fundamentais. Uma delas é a incapacidade de gerar um crescimento mais forte da produtividade. “Essa deficiência está refletida no declínio gradual da capacidade industrial, na pequena participação dos produtos de alta tecnologia em suas exportações, na tendência de criação de empregos em serviços de baixa produtividade, como bufês e trabalhos domésticos.”
O relatório expõe dados alarmantes para ilustrar isso: o peso da regulamentação excessiva faz com que sejam necessários 83,6 dias para abrir uma nova empresa no Brasil – são 6,3 dias no México e quatro na Coreia. As exportações de alta tecnologia representam apenas 3,7% das vendas brasileiras – um quarto da participação mexicana, por exemplo.
A segunda deficiência diz respeito à insustentabilidade das finanças públicas. O diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, lembra que os gastos previdenciários no país chegam a 12% do PIB – um padrão europeu, mas com um perfil demográfico completamente distinto.
Raiser e o coordenador do diagnóstico, Roland Clarke, explicam que as conclusões já foram apresentadas ao governo e serão discutidas agora com a sociedade civil. Uma série de debates está agendada. O diretor ressalta, porém, que não se trata de uma recomendação de propostas.
O papel do Banco Mundial não é oferecer uma agenda, mas fazer um diagnóstico.Se não começarmos o debate com base em um diagnóstico claro, ele será feito de forma irrealista”, afirma Raiser.“Escolher uma agenda para o futuro cabe aos brasileiros.”

Do blog da Petrobrás, em 6/5/2016

Produção de petróleo e gás natural em abril
P-48.png
Nossa produção total de petróleo e gás natural, em abril, foi de 2,69 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), dos quais 2,50 milhões boed foram produzidos no Brasil e 190 mil boed no exterior.

A produção média de petróleo em abril foi de 2,12 milhões de barris por dia (bpd), 5% acima do volume produzido no mês anterior, que foi de 2,02 milhões bpd. Desse total, 2,03 milhões bpd foram produzidos no Brasil e 89 mil bpd no exterior.

A recuperação da produção frente aos patamares do mês anterior deveu-se, principalmente, ao retorno à operação de plataformas que estavam em manutenção em março, com destaque para a P-31 (campo de Albacora) e P-48 (campo de Caratinga).

Produção no pré-sal

A produção de petróleo e gás operada por nós na camada pré-sal em abril foi de 994 mil boed, uma redução de 9,9% em relação ao mês anterior.

A produção de petróleo operada por nós em abril nessa província também foi 9,4% menor em relação ao mês anterior, atingindo a média mensal de 801 mil bpd.

Esta redução deveu-se basicamente às paradas programadas no FPSO Cidade de Angra dos Reis e no FPSO Cidade de Paraty.

Produção de gás natural

A produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, foi de 73,5 milhões m³/dia, 8,5% acima do mês anterior (67,8 milhões m³/dia).

A produção média de gás natural no exterior foi de 17,3 milhões m³/d, 5,5% acima dos 16,4 milhões m³/d alcançados no mês anterior.
Leia mais:
Navegue pelo infográfico que mostra a tecnologia das nossas plataformas no mar.


Prejuízo da Petrobras é barulho para enganar trouxa. Empresa opera com alto lucro.

tresmilhoes
Com seu ódio mortal à Petrobras, a imprensa brasileira faz um carnaval com o balanço negativo em R$ 3,75 bilhões da Petrobras do terceiro trimestre do ano. Um bilhão de dólares, em números redondos.
Foi um desastre?
Absolutamente não. Tanto que o mercado “after hours” de Wall Street apresenta, no instante em que escrevo, umaalta de 1,5% no valor das ADRs (equivalentes a ações) da empresa, nos EUA.
Mas eles deixam de lado o dado que mostra a saúde da empresa: nos nove primeiros meses do ano o lucro operacional da empresa – o que ela ganha menos o que gasta para funcionar, excluído os pagamentos de financiamentos, subiu 149%.
Os investidores americanos não são bobos como os nossos editores de economia.
A Petrobras saiu-se melhor do que muitas das suas concorrentes no trimestre.
A Shell, por exemplo, teve um prejuízo seis vezes maior – US$ 6,1 bilhões –  e seus investidores bateram palmas, porque ela fez isso assumindo os prejuízos por maus negócios, como o da fracassada exploração no Ártico.
Depois, o resultado veio absolutamente dentro do que estava, já, “precificado” pelo mercado, por conta da desvalorização cambial e da persistência dos preços deprimidos do petróleo: as previsões variavam de um resultado contábil negativo entre US$ 0,5 e US$ 1,8 bilhão. E considerando que a empresa teve despesas extraordinárias de US$ 0,8 bi com a quitação de seus débitos ficais (que foram parcelados, com o pagamento de uma “entrada”) o resultado foi bem próximo de zero.
E seria de lucro, e lucro alto se a empresa não tivesse as pesadas dívidas que tem,
Por que?
Porque as dívidas da Petrobras são em dólar e o dólar, entre o primeiro dia de julho e o último de setembro subiu mais de 26%.
E porque a Petrobras deve tanto? Por causa das roubalheiras de Costa & Companhia por lá? Nem de longe. Eles são ladrões, roubaram uma fortuna que nós, mortais, nem conseguimos imaginar mas, perto do que a Petrobras investia e investe, não tapa nem o buraco da cárie.
A Petrobras deve porque está desenvolvendo o maior projeto exploratório  de petróleo no mundo que, se é rentável ao extremo, também exige gastos imensos: cada uma das dezenas de sondas, por exemplo, tem um custo de arrendamento que, na cotação de hoje, é de US$ 518 mil por dia!
E tem de gastar, porque, do contrário, o Brasil terá de entregar seu maior tesouro mineral ao saque internacional.
Parece claro, claríssimo, que à Petrobras não falta senão um processo de estruturação de sua dívida, talvez por um tipo de securitização que encontre, em agentes financeiros internacionais voltados para o fomento econômico, a estabilidade pelo alongamento dos créditos e sua garantia em equivalente-petróleo, porque é um negócio sem risco de xabu a exploração de nosso pré-sal.
Mais cedo ou mais tarde, é o que ocorrerá, se houve lucidez e coragem. É muito melhor que ir vendendo, picados, ativos lucrativos da empresa e fazendo a política de “suspende pagamento” que arruina a indústria nacional voltada para a cadeira de petróleo, sobretudo a naval.

Estatísticas manipuladas em gráficos


Nassif, você observou o erro grosseiro no infográfico do G1 sobre este tema? Veja a matéria: 
Governo Temer calcula rombo fiscal de até R$ 170,5 bilhões.
Renovação da DRU e reforma da Previdência estão entre prioridades.
Olhe o infográfico do G1:
Agora, comparando com as proporções corretas:
A Globo sempre com esses errinhos. Lembram da inflação e do desemprego?


O Falso discurso do rombo fiscal.

Primeiro os 170 bilhões que dizem ser um rombo é uma estimativa, que eles aumentaram, porque estava em 90 bilhões até um pouco antes do Impeachment, essa estimativa feita junto com membros do PMDB que hoje são governo.

2- Esse discurso de rombo vem junto com um discurso de CORTE DE GASTOS com salários do funcionalismo público, aposentadorias, privatizações, desvalorização do salário mínimo além de congelamentos de salários e dizem que a culpa será de Dilma, no entanto Temer aceitou o aumento de 70% do judiciário e não irá cortar esse gasto. Dilma com toda crise nunca cortou salários, aposentadorias, programas sociais como Temer irá anunciar já na próxima semana.

3- OS EUA tem deficit nas contas públicas próximo a 3% do PIB em mais de 500 bilhões de dólares e isso não enfraquece Barack Obama nem sequer o mercado internacional diz que os EUA não tem liquidez ou que são uma economia "quebrada'', esse discurso alimentado por uma imprensa suja que vai ganhar dinheiro com Temer é para cortar programas sociais, salários, mas aumentar VERBAS PUBLICITÁRIAS para essas mesmas mídias.

Dinheiro do país é para os pobres, é para o povo, também...
E não apenas prá banqueiro
E vc ai indignado com o Bolsa Familia, que na verdade é uma bolsa escola para que as crianças pobres estudem, pois antes de Lula elas esmolavam às margens das estradas, agora são levadas para a escola...vê se cria juizo e não repete o discurso dos banqueiros com sua bolsa bilionária em forma de isenção de IR sobre dividendos...nem taxaçao sobre as grandes riquezas há...


E agora depois que tomaram na marra o poder executivo, vem com mentiras para espoliar o povo..,..a Globo tem que embolsar alguns bilhões de reais pelos serviços prestados ao golpe...


Aécio “descobriu” o Bolsa-Família só agora?

O Senador Aécio Neves, às vésperas de completar três anos no mandato, teve um estalo de Vieira.
“Descobriu” que o Bolsa-Família, ao completar dez anos, deve ser “institucionalizado”.
O Senador estava aonde, durante este tempo? Até nos bares do Leblon o assunto Bolsa-Família é tema recorrente e é surpreendente que Sua Excelência não tenha tomado posição sobre o assunto.
Até porque existem dúzias de projetos relativos ao assunto tramitando no Congresso onde, em tese, um Senador trabalha.
O mais bonito das eleições é que ele provoca estas “iluminações divinas” na cabeça dos políticos.
Como se não bastasse Eduardo Campos virar “marinista”, agora Aécio virou “bolsista”.
Mesmo assim, pela falta de seriedade, o Senador também “mistura as bolas” e demonstra que entende pouco do Bolsa-Família.
E também do que ele chama, em seu artigo de hoje na Folha, de “o maior programa de transferência de renda em vigor no país, o Beneficio de Prestação Continuada (BPC), previsto pela Constituição de 1988, e implantado pelo governo do presidente Fernando Henrique”.
Por isso, tive um trabalho extra e preparei um gráfico com a evolução dos beneficiários do BPC – idosos e deficientes físicos – para ajudar o Senador a se mancar sobre duas coisas.
Primeiro, que a universalização do Benefício de Prestação Continuada ocorreu no Governo Lula.
Basta olhar os números.
bpc
Como a população cresceu algo como 10% no período Lula (em uma década, de 2000 a 2010, o acréscimo foi de 12,3%) o fato de o número de beneficiários ter passado de 1.560.854 (somando pessoas com deficiência e idosos) no fim de 2002  para 3.401.541 no final do Governo Lula significa que a cobertura dos benefícios se ampliou em cerca de 90%, sem falar na elevação real de seu valor, pela vinculação com o salário mínimo, que cresceu acima da inflação.
O segundo esclarecimento é que este benefício jamais pode ser confundido com o alcance do Bolsa-Família.
Pela simples razão que o BPC atinge 4 milhões de pessoas e o Bolsa Família 50 milhões, ou um quarto da população brasileira.
O Benefício de Prestação Continuada, como o nome indica, tem natureza perene – ainda que não seja vitalício – e se volta para pessoas com uma situação continuada de exclusão da vida econômica, tanto que não é excludente do recebimento de Bolsa Família.
Este, ao contrário, quer ter natureza transitória, o que tanto se reclama de “portas de saída” pela inclusão no mundo do trabalho.
O Senador Neves precisa tirar uns dias para estudar os números, as condicionalidades e os efeitos do Bolsa-Família.
Tem aqui um livro, que ele pode baixar gratuitamente, elaborado por 66 especialistas, em diversas áreas, sobre o impacto do programa na realidade dos mais pobres.
São 500 páginas, mas o Senador pode tirar de letra, se fizer um final de semana de retiro.
http://www.tijolaco.com.br/blog/aecio-descobriu-o-bolsa-familia-so-agora/


Um Estado para chamar de seu: a farsa da “herança maldita” e o álibi para gastar (consigo), por Romulus, no GGN


atualizado em 22/5
Um Estado para chamar de seu: a farsa da “herança maldita” e o álibi para gastar (consigo)
Segue abaixo análise extremamente sensata apontando todas as malandragens do gabinete do golpe - que chamo de “golpinete” - em seu pronunciamento acerca da revisão do déficit orçamentário. É um álibi mal-ajambrado para não fazer ajuste de verdade – ou pelo menos limitá-lo às vítimas preferenciais do “golpinete” no orçamento: o andar de baixo.
Os ataques à fatia do orçamento que beneficia os pobres é uma perfumaria no ajuste fiscal necessário – conquanto fétida e vil. Assim, a malandragem do déficit inflado é na verdade o álibi do dos donos do poder – a velha direita patrimonialista – para gastar à vontade com o que realmente quer gastar. Ou com o que precisa gastar para manter-se no poder.
Essa direita patrimonialista e fisiológica está encastelada no PMDB e em outros partidos exclusivamente parlamentares. Trata-se de partidos de direita, mas que não tem nada de liberais. Adoram Estado gordo: desde que para si. Além dessa pauta básica, não têm ideologia ou programa e se dedicam exclusivamente a fazer bancadas no Congresso. Assim, podem garrotear quem quer que ganhe a eleição presidencial. Já com as bancadas grandes no Parlamento, conseguem extrair do orçamento o que quer que queiram (ou precisem).
Mais uma distorção do sistema político brasileiro.
E essa a direita patrimonial mama na teta sozinha?
Não.
Tiram leite para outros também, mesmo que a contragosto. Pagam pedágio em leite para aqueles que podem ameaçar tirar a teta de suas boca. Como no esquema da máfia, “compram a sua proteção”, capisce?
Assim se explicam “entendimentos” da direita patrimonialista com corporações públicas, como MPF, PF e Judiciário, e também com os Estados para a renegociação de suas dívidas com a União. No contexto dessas pressões, legítimas e ilegítimas, há uma diferença substantiva em relação ao governo Dilma: agora os Estados e as corporações é que têm a faca no pescoço da União, tomada de assalto pelo presidente golpista e seu “golpinete”.
Caso não cedam às pressões, os assaltantes do poder serão sumariamente apeados dele pelas bancadas no Congresso dos chantagistas ou pela ação moralista de ocasião das corporações. Difícil? De forma nenhuma. A operação golpe está aí para mostrar como se faz. Aliás, agora é ainda mais fácil, já que os chantagistas já adquiriram o know-how.
Ui!
- Percebem como ter um governo ilegítimo e fraco sairá caro para a sociedade?
- Percebem também quem pagará o famoso – e plagiado – pato nesse quadro?
Pois é.
Já percebi e os analistas estrangeiros também, como se depreende dos artigos indicados pelo comentarista ao final do seu comentário abaixo.
Concluo constatando a ironia histórica que vivemos:
Empreenderam um golpe de Estado na presidente legítima usando como álibi irresponsabilidade fiscal. Pois o presidente ilegítimo que empreendeu esse golpe praticará irresponsabilidade muito maior. Nem que seja apenas para pagar pelo tal golpe.
- Não é fascinante a política no Brasil?
- Não é fascinante como a direita liberal, moderna e cosmopolita, viajada e estudada, considera-se malandra mas vira e mexe é instrumentalizada pela velha direita patrimonial de província para seus fins políticos?
- Um beijo, Monica de Bolle. Estamos sentindo saudades dos seus vídeos!

- Miriam Leitão, um beijo para você também. Por que não escreve uma coluna fazendo uma resenha de "Os Donos do Poder", de Raimundo Faoro? Recomendo a leitura! Será ótima aquisição para essa sua biblioteca aí.
A desconsiderar o naco dos pobres no orçamento, devidamente castigado, a direita liberal não ganhará nada com o golpe que apoiou. Muito pelo contrário, como vemos agora. Tomará isso sim uma dedada no... olho da direita patrimonialista com o aumento do déficit.
Bem, isso a direita liberal verdadeira, a de convicção, bem entendido (Monica de Bolle?). Porque a direita liberal de araque – majoritária – a direita rentista que vive da bolsa-juros do orçamento público, essa vai ganhar no caos que seguirá com o aumento dos juros.
- Já viram esse filme antes?
Eu também.
* * *
Atualização (22/5):
>> Meu amigo Ciro avisou ainda na noite do dia 20. No dia 21 até a imprensa familiar teve que dar: vimos matérias repetindo essas ideias na Folha e no Estadão.
>> Ainda no sábado o governo legítimo - o governo em exílio dentro do próprio país - faz um pronunciamento. O twitter oficial da Presidente Dilma publica um link (aqui) para nota bastante elaborada - e dura - do Ministro da Fazenda legítimo, Nelson Barbosa, embasando com dados e números a seguinte conclusão:
"Na verdade, o realismo fiscal e a mudança de foco do ajuste fiscal para a reforma fiscal já estão em prática desde o início desse ano. A diferença, agora, é que a equipe econômica decidiu rebaixar excessivamente as expectativas sobre o resultado fiscal para que, de hoje em diante, a adoção de qualquer medida que melhore as finanças públicas, mesmo aquelas já propostas pelo governo no final de 2015 e início de 2016, sejam retratadas como “novidades” ou “avanços” por parte do governo interino. Independentemente da retórica política que se adote, uma análise imparcial dos números apresentados ontem indica que a meta fiscal se transformou num piso fiscal, uma espécie de “cheque especial” de até R$ 170,5 bilhões que permite uma redução substancial de receitas e um aumento também substancial de despesas, e que dificilmente deixará de ser cumprido."
>> E antes, no mesmo dia, o amigo Ciro volta à carga, escancarando o jogo de cena do gabinete do golpe e indicando para os (amigos) liberais - já devidamente passados para trás por seus sócios no golpe - a verdadeira raiz do problema:
"Deve-se lembrar que quando Levy e Barbosa tentaram fazer o mesmo (mandando um orçamento "real") para o congresso foram destruídos pela imprensa e pelo mercado dizendo que tinham jogado a toalha do ajuste.  Aí mandam um orçamento ficticio contando com uma CPMF que já se sabia que não ia passar, entre outras coisas. Acho que meus amigos liberais (que respeito muito) ainda não perceberam que independente da qualidade da equipe econômica, quem manda nesse governo é a Câmara dos deputados.   E quem manda na camara dos deputados é o blocão que já estava mandando no governo Dilma.  E responsabilidade (seja fiscal, seja política, seja com o país) não é o forte desse pessoal. Eu queria ser otimista.  Mas infelizmente não posso ser."
* * *
Ao comentário original de Ciro d’Araújo, feito ao post “O xadrez da era da eficiência de Temer”, de Luis Nassif.
* * *
Agora o governo temer manda um orçamento com um déficit "inflado" realisticamente.  Inflado porque reflete não a atualidade, mas a mais pessimista expectativa de futuro.  Reflete por exemplo a renegociação da divida dos estados (coisa ainda não feita).  Reflete também a não entrada da CPMF.  Reflete a frustração da expectativa de receita com repatriação de recursos.  
Isso se por um lado é louvável pelo realismo beirando o pessimismo, é condenável pelo inativismo.  Esse orçamento com "teto" de déficit de 170 bilhões é um orçamento feito sob medida para não se cair nos decretos suplementares que agora são passíveis de impeachment se não está se cumprindo a meta.  Faz-se uma meta com larga folga, então se permite.  Um dos primeiros frutos da insegurança jurídica que esse impeachment já criou (e também, a título de justiça como reação aos orçamentos polianescos do Mantega).  Agora todos os orçamentos tem de ser feitos com base no pior cenário, sob risco de impeachment do presidente que manda tal orçamento. 
Isso também permite ao governo Temer jogar para a governo anterior a responsabilidade por algumas coisas que, embora politicamente inevitáveis, não foram ainda realizadas, como por exemplo a renegociação da divida dos estados.  Ela vai acontecer, independente de quem esteja no governo.  Agora, a responsabilidade pelo déficit oriundo dessa renegociação vai para o governo Dilma.  
O problema é que politicamente, o TETO de gasto sempre será o piso dos gastos.  A ideia de que, após mandar esse orçamento brutalmente realista, o congresso irá ainda assim se comprometer com consolidação fiscal, especialmente com o lado da receita, é wishfull thinking.  Esse congresso não é responsável fiscalmente.  Se fosse não teria torpedeado sistematicamente o ajuste de Levy.  Isso também terá efeito sobre as agências de risco.  O governo está, ao mandar tal orçamento, basicamente jogando o ajuste nas mãos do congresso.  Quando o governo anterior tentou fazer algo parecido, foi torpedeado de todos os lados.
Aliado a isso, a contratada queda da inflação está demorando a ocorrer.  Indicadores provisórios de maio já denotam uma certa aceleração.  A queda dos juros (e seu impacto sobre o déficit) vai ser mais lenta do que esperada anteriormente, ou seja, não haverá alivio na conta dos juros.
Cenário nada alvissareiro para o futuro. Investidores internacionais já se deram conta que a "mudança de regime" estava sobreprecificada.  Por mais que se pese que realmente há fatores internacionais nas quedas de bolsa e subidas do dólar nos últimos dias, há também o fator de realismo da real circunstância política-economica versus o otimismo grande demais que estava imperando nos mercados antes do afastamento da presidenta.
Matérias com analisas estrangeiros: