Retorne ao SPIN

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Que remédio você sugere para o combate à corrupção

((   )Mais transparência e participação popular através dos Conselhos, o decreto foi derrubado pela Câmara, como retomar o tema da participação social e torná-lo realidade.
(  ) Reforma política com fim do financiamento, por pessoas jurídicas, de campanhas eleitorais. Não tenho opinião formada quanto a coligações e demais pontos da reforma política.
(  )Uma PEC para dar autonomia aos Tribunais de Contas, com criação de Órgãos de fiscalização das contas dos prefeitos e governadores.
(   )Ampla reforma do Judiciário, com controle externo, bem como mudança na forma de indicação dos Ministros de Tribunais Superiores.
(   )Punição severa para promotor/delegado/procurador que engaveta denúncias ou age de forma parcial na investigação, de forma a aprimorar e ampliar  o cerco policial, sem chance de existir os  "selecionados" para ir para o tronco.
(  )Aprovar as propostas da presidente eleita para o combate a corrupção, no total de 5 pontos. Passa no Congresso?
(  )Regulação econômica da mídia com o fim da propriedade cruzada dos meios de comunicação, como ocorre nos EUA, Inglaterra. Que a CF seja respeitada e se obrigue os políticos detentores de meios de comunicação venderem tais veículos.
(   )Por a Abin em campo, com espiões nos setores de licitação. Senão a Abin, alguma forma de controle externo e transparência, com acompanhamento por parte da população pela internet.
(   )Constar em lei que apenas servidores o quadro poderão ocupar diretorias(na prática já é assim)
(   ) COAF....e retorno da CPMF mesmo que um valor simbólico, para reforçar a movimentação de montantes de dinheiro
(  )Pesquisa acadêmica sobre o tema.
(  )Busca de informações na internet já é uma boa atitude,já temos a mídia alternativa funcionando como contraponto à imprensa tradicional, os blogs tem funcionado como o outro lado da notícia.
(   )Práticas republicanas nas Instituições a partir do curso de formação, sem essa de poupar personagens da oposição ou serem correia de transmissão de interesses da Casa Grande.
(   )Discutir a corrupção como sendo uma das contradições do capitalismo. A par disso, lutar por políticas compensatórias tais como reforma agrária, combate à desigualdade social, políticas de inclusão, educação de caráter humanista, ético, etc.
(  )Combater, desde a idade intra-uterina, inclusive com a ajuda dos médicos, terapeutas, familiares e demais profissionais,  a ganância inerente à espécie humana, etc, não à cultura da esperteza acima de tudo (http://www.viomundo.com.br/denuncias/gerson-carneiro-e-assim-que-querem-acabar-com-corrupcao.html)
(  )Já que estamos falando de remédio, começar a cura curando os próprios médicos, o que parece não ser tarefa fácil. "Silvio L. Morais • 2 dias atrás
Como profissional médico há 34 anos e trabalhando na formação de especialistas há 24 anos,
a tendência inicial minha seria responder que não adiantaria coisa alguma tentar ensinar
humanidades  nos cursos de medicina, de engenharia ou de economia. Médicos e estudantes
de medicina pertencem, em sua maioria, à classe média alta e, portanto, refletem os valores de
suas origens. O conservadorismo é a nota predominante, mas não fica só nisso. É um meio
pobre, sob o ponto de vista intelectual , onde o interesse por História do Brasil, artes e humanidades
é irrisório. Raros são os profissionais que demonstram algum interesse por Humanidades, mesmo
aqueles que fazem uma especialização como a psiquiatria. As pessoas leem muito pouco e se
informam pela mídia tradicional ou por portais que ela disponibiliza na internet. Não tenho ilusão de
que basta acenar com o ensino de Ciências Humanas para resolver um problema tão complexo,
mas talvez devesse começar por aí. Um ensino de filosofia que conseguisse problematizar a
condição do mé dico na  sociedade; um pouco de história do Brasil; um pequeno contato e alguma
reflexão sobre artes; certamente que mal não faria a um ambiente tão desprovido de valores
humanísticos. Por outro lado,dentro da área, existem os gatos pingados que nadam contra a
corrente, assim como também pessoas com a predisposição de se aprimorar .
Em tempo: provavelmente, a parte mais difícil seráconvencer os doutos docentes da ciência
médica a respeito da importância das Ciências Humanas."

(    ) Transparência nas doações de campanha

(    ) Proibir que grandes corporações financiem campanhas eleitorais de candidatos



# DevolveGilmar

Por WK
Uma solução para a “democracia do talão de cheques”
está aqui:
Trata-se de obrigar todos os políticos, que recebem "doações" para as "futuras reciprocidades" em colocar em suas roupas as logomarcas dos "patrocinadores", tal como na fórmula 1!
Aqui:

uma imagem de como ficaria o carro do Obama ! 
(  )Total proibição de doação para campanhas políticas por parte de pessoas jurídicas. O processo para definir a questão estava em  votação, com maioria de votos pela proibição, mas o ministro Gilmar Mendes pediu vistas nos autos, e o levou de volta prá casa.  #DevolveGilmar(  ) Por uma PEC que garanta o direito do voto às pessoas jurídicas
Um supermercado, mas não uma igreja(para evitar a teocracia) pode se candidatar ao parlamento, do qual sairá, dentre eles, um para fazer as vezes de poder executivo, desde que não tenha cometido crime ou doença contra os demais sócios da sociedade(leia-se cidade-estado).
O Poder Curador fará uma triagem de forma a impedir a candidatura de algum candidato, humano ou pessoa jurídica, que tenha cometido algum crime contra os demais sócios da sociedade, a saber: Animais, humanos e jurídicos.
Crime ou doença, tanto faz.
A pessoa jurídica roubou? Não pode se candidatar então.
O voto será em lista fechada. No dia da apuração, vamos supor que a Pessoa Jurídica X tenha sido eleita. O Poder Curador(isso que aqui chamamos de Judiciário) faz o sorteio. Constam da lista todos funcionários, inclusive os terceirizados. Quem for sorteado tomará posse como representante e terá assento no parlamento, isso vale para as eleições local, regional(o rio com suas cidade-estados às margens direita e esquerda), confederação de rios(isso que chamamos país) e mundo.
Traduzir retificar consertar
O Poder Curador na cidade spin existe para traduzir olhar ser os indivíduos animais ou humanos ou jurídicos1- Na cidade spin os sócios são os animais, os seres humanos e as pessoas jurídicas.
2- A província, que compreende um determinado rio com as cidades-estado às margens direita e esquerda, de forma que os rios não são fronteiras ou esgoto mas o todo.
3- A União que, no caso, é a confederação de rios, isso que chamamos de Brasil. Brasília ou Chiang Ing ou Chia I.
Tradução
As 3 realidade ou forças ou personas ou individualidades que formam a polis, incluindo a área rural: Os animais, os seres humanos e as pessoas jurídicas.
(   ) Praticar a democracia direta. "A guerra patriótica de limpeza do Estado não termina com esta batalha de nove anos e meio, nem com o vazio da vitória. Continua. Porque corrupção de Estado há muita: não tem apenas a anterior tonalidade rosa-choque nem a futura rosa-salmão, mas todas as cores do espectro do abuso, compreendendo também o laranja escura e o azul celeste e o vermelho. Este desfecho de uma etapa, não pode iludir os portugueses de que o problema da corrupção de Estado fica resolvido. A democracia representativa está no estertor em Portugal, Espanha, França e um pouco por todo o Ocidente e verifica-se a oportunidade de uma democracia direta, com eleições primárias nos partidos para todos os candidatos a cargos eletivos no Estado (deputados, presidentes de câmara municipal, etc.) maior responsabilização dos políticos e referendos mais frequentes. Mas nem a democracia direta, por si só, sem vigilância, eliminará o mal. Mais, se falharmos a reforma da democracia, podemos ser vencidos pela emergência do autoritarismo. Aqui, e na vida, nunca distingui, nem distinguirei cores, nem protagonistas, no penoso esclarecimento da verdade e no sacrificado serviço do Bem. E, enquanto Deus me permitir, assim continuarei o trabalho patriótico por um Portugal livre, digno e justo." (http://jornalggn.com.br/noticia/a-prisao-do-socialista-jose-socrates-carvalho-pinto-de-sousa)
(  )...Sobre regualação da mídia...mais informações..
"Discurso do senador Roberto Requião, via e-mail, no Vi o Mundo
Há nesta Casa senadoras e senadores que são radicalmente contra qualquer tipo de regulação da mídia.
A justificativa é sempre a mesma: a defesa da liberdade de imprensa. Mas, respondam-me. A propriedade cruzada de meios de comunicação, isto é, o fato de o mesmo grupo empresarial controlar jornais, revistas, rádios, televisões, internet não favorece a monopolização da informação e o consequente manejo de opinião?
Não terá sido por isso que países com instituições sólidas e uma longuíssima estabilidade democrática, como Estados Unidos e Inglaterra, proíbem a propriedade cruzada de meios de comunicação?
A inexistência de qualquer mecanismo que permita ao cidadão o direito de resposta, no caso de notícia mentirosa, injuriosa, ofensiva não significa uma grave ofensa à liberdade de informação e às liberdades individuais?

Ainda sobre a democratização da mídia,,..comentei sobre o assunto no post sobre as críticas de Rui Barbosa à imprensa, em 1900




Leia também:
Do "mensalão" ao "petrolão", o mesmo modus operandi de uma elite que

........xxxxxxxxxxxxx


OAB propõe reforma política com democracia direta

Enviado por Mcn

O título da Folha/Uol é cabotino, mas o artigo do presidente da OAB traz contribuições importantes. Defende 4 pontos:
1. Proibição do financiamento empresarial de campanha.
2. Eleição proporcional em dois turnos.
3. Representação paritária de gênero na política.
4. Fortalecimento dos mecanismos da democracia direta no país.
Por Marcus Vinicius Furtado Coêlho
No UOL
Em junho de 2013, milhares de pessoas foram às ruas manifestar insatisfação com o sistema político brasileiro, a qualidade dos serviços públicos e a ausência de canais de diálogo efetivos entre o poder político e a sociedade civil.
A cidadania brasileira voltou às ruas para reivindicar o aprofundamento da democracia outrora conquistada, por meio de uma reforma estrutural no sistema político, capaz de dar vazão aos anseios de participação da sociedade civil na tomada de decisões sobre os assuntos de relevo na política nacional.
O tema da reforma política, que há muito tempo vinha sendo discutido como pleito legítimo da sociedade civil, voltou, então, a ocupar lugar de destaque na agenda política nacional.
A discussão, agora, pressupõe a indagação sobre qual reforma política necessitamos. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), sensível às demandas da sociedade, propõe uma reforma democrática que tenha como escopo assegurar a igualdade de condições entre os candidatos, fortalecer e democratizar os partidos políticos, estimular o debate programático, reduzir os custos de campanhas eleitorais e ampliar a participação popular no processo político-decisório.
Pensando nisso, a OAB, ao lado de mais de uma centena de entidades, movimentos e organizações sociais, instituiu, no final do ano passado, a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, com a finalidade de pautar a realização de uma reforma política que possa aprofundar os instrumentos da democracia brasileira por meio de um projeto de lei de iniciativa popular, o PL 6316/2013.
O projeto gira em torno de quatro pontos prioritários dessa reforma estruturante: a proibição do financiamento empresarial de campanha; a eleição proporcional em dois turnos; a representação paritária de gênero na política; e o fortalecimento dos mecanismos da democracia direta no país.
A mudança do atual sistema de financiamento das campanhas eleitorais, combatido pela OAB por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4650, é peça-chave na reforma política e no combate à corrupção. As empresas possuem relevante papel na economia brasileira, mas não são dotadas de direitos políticos. Por isso, a doação eleitoral deve ser uma prerrogativa daquele que verdadeiramente detém o direito ao voto: o cidadão, a fim de que se respeite o fundamento republicano "um homem, um voto".
Outro ponto de crucial relevância para o aumento da representatividade do sistema político é a adoção do sistema proporcional em dois turnos, com lista pré-ordenada.
No sistema atual, de lista aberta, não há uma ordem prévia dos candidatos que assumirão as cadeiras do Parlamento, o que provoca grandes distorções no pleito ao permitir que um candidato que tenha muitos votos assegure a eleição de outro que seja inexpressivo, fazendo com que a eleição gire em torno do candidato, e não das questões programáticas.
A fim de enfrentar tais distorções, a proposta da OAB e da Coalizão Democrática é a adoção de um sistema proporcional com lista pré-ordenada em dois turnos. No primeiro turno, o voto seria dado ao partido, permitindo a discussão programática em torno das propostas e ideias de cada legenda. No segundo, o voto seria direcionado ao candidato, que seria eleito respeitando-se a ordem da lista.
Esse sistema garante o debate programático em torno das ideias e projetos dos candidatos e permite que o eleitor escolha, em última instância, os nomes que irão ocupar as cadeiras parlamentares.
Não se pode olvidar, ainda, a grave questão estrutural que consiste na sub-representação feminina nas instâncias políticas. Com o objetivo de fomentar a igualdade entre homens e mulheres também no espaço da representação política, a proposta da OAB segue no sentido de que a lista partidária seja composta com alternância de gênero. Assim, garante-se uma representação no Parlamento mais fidedigna com a composição da sociedade brasileira.
Finalmente, é imprescindível destacar a necessidade de ampliação dos mecanismos de participação direta da sociedade na vida política do Brasil. A democracia representativa apresenta claros sinais de falência.
É preciso resgatar a soberania popular e devolver aos verdadeiros titulares do poder político a faculdade de decisão a respeito das importantes questões nacionais, como concessões de serviços públicos, privatizações, construção de obras de grande impacto ambiental, entre outras. A OAB acredita e luta pela democracia. Essa é marca da nossa história e a missão inarredável de nossa Instituição.

Ontem, ao longo do regime militar, lutamos pela redemocratização. Hoje, mobilizamo-nos, ao lado da cidadania brasileira, para lutar pelo seu aprofundamento, pois acreditamos que a sociedade civil é a verdadeira e legítima protagonista da história.

http://jornalggn.com.br/noticia/oab-propoe-reforma-politica-com-democracia-direta

Autor: Assis Ribeiro

"(...) Sim, o mundo volta a buscar melhorias culturais e comportamental. Continuamos sequiosos por mais liberdade e cada vez mais surgem grupos que passam a contestar a ordem social e mundial em múltiplos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral, o consumismo, as novas guerras, a representatividade e a melhoria dos serviços públicos.
Os riscos não são mais os mesmos dos movimentos da década de 60. São mais graves.
A manipulação do sistema com o uso da mídia provoca a apropriação da linguagem das ruas e canalizam tais descontentamentos para a criminalização da política.
Esse é o maior risco que é aumentado pelo outro instrumento utilizado para manter as formas de controle; a violência da repressão dos movimentos que ao invés de procurar solucionar os problemas colocam a sociedade em um estado de exceção permanente com a utilização da ideologia da direita de que o dispositivo da segurança pública é o esvaziamento da política.

Pode ocorrer, tal como na década de 60, uma reação ao sistema em duas fases distintas. A primeira marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações socioculturais e no âmbito da política com o evidente idealismo juvenil e o entusiasmo no espírito de luta do povo. E a segunda fase com um tom mais ácido, com a perda da inocência e a exacerbação dos protestos contra o endurecimento dos governos, com a radicalização dos movimentos que podem protestar por protestar, sem nenhuma ideologia específica, o que provocará um caos nas relações sociais e de poder.
Para que as transformações que estão ocorrendo no Brasil se tornem claras e percebidas é preciso que o governo:
1) Estabeleça o contato diário com a população;
2) Torne claro a sua ideologia;
3) Explique as políticas implantadas;
4) Mesmo convergindo com a sua base disforme e antagônica, estabeleça o seu lado político;
5) Aponte com clareza os novos rumos;
6) Que a presidenta, o  Ministro  da Casa Civil, o chefe das relações institucionais e todos os demais Ministros façam política e deixem a gestão para os funcionários dos ministérios;
7) Dê atenção as novas formas de comunicação e aos novos grupos de formação de opinião;
8) Se antecipe aos movimentos “macartistas” da grande imprensa.
Só dessa forma o governo bloqueará a tentativa da mídia de igualá-lo a tantos outros, como expressado por Noblat: “Dilma se rende e fará no segundo governo o que negou que faria(...)"

(   ) Atuação firme da sociedade civil, artistas, intelectuais, juristas, no sentido de evitar que hajam retrocessos no nosso sistema democrático, ou seja, que se aproveite o combate a corrupção e sua consequente visibilidade para que, com a desculpa de por fim ao "mar de lama", se derrube o governo, ao contrário, que o combate á corrupção se amplie no sentido de que os corruptos não tenha trégua nos governos locais, que prefeitos e governadores não possa fazer do Estado seu feudo. Parabéns aos advogados e juristas progressistas pela criação deste Instituto:

"(...)  Jornal GGN - Na segunda-feira passada foi constituído oficialmente o Instituto de Defesa da Cidadania, do Direito e da Justiça, juntando juristas, procuradores, presidentes de diversas OABs (Ordem dos Advogados do Brasil), incluindo a nacional, desembargadores e advogados em geral.
O instituto será presidido pelo advogado e ex-procurador Juarez Tavares, terá o jurista Pedro Serrano como vice e Gabriel Ciriaco Lira como secretário geral.
O evento de lançamento foi no apartamento de Serrano, aproveitando a homenagem ao aniversário do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello.
O foco central do Instituto é de se manter equidistante da oposição e do governo e ter como bandeira central a defesa intransigente da democracia brasileira, contra as ameaças de golpes.
Ex-presidente da OAB do Rio de Janeiro e atual Conselheiro de Direitos Humanos do Conselhoe Federal da OAB nacional, Wadih Damus considerou o Ministro Gilmar Mendes a principal ameaça à ordem democrática brasileira.
Um dos pontos centrais discutidos foi o da ampliação da liberdade de expressão e do direito à informação, com a regulamentação do direito de resposta. Segundo alguns dos oradores, o direito de resposta permite ao leitor ampliar seu acesso à informação, ao dispor da opinião do jornal e da opinião da pessoa ofendida.
Homenageado da noite, Bandeira de Mello considerou que, hoje em dia, sem limites e sem formas de defesa das vítimas, a mídia transformou-se no pior inimigo da democracia brasileira.
http://jornalggn.com.br/noticia/a-fundacao-do-instituto-de-defesa-da-cidadania-do-direito-e-da-justica

(   ) Mãos à obra!

Menos mimimi, mais Reforma Política, por Caetano Scannavino

A crise é política, o problema é sistêmico, o PMDB é sempre certeza de governo (independente do eleito), assim como o toma-lá-dá-cá. Se há algo comum entre os brasileiros, seja de um lado ou do outro, é a insatisfação com tudo que temos visto.
Por isso o momento é oportuno para começar a atacar o problema na raiz, como a reforma do sistema político (mecanismos de financiamento, participação, representação, democracia direta,...). Mas dependerá da mobilização da sociedade, já que nossos congressistas parecem satisfeitos do jeito que está, desviando o assunto para um FLA-FLU que entorpece a todos ou evidenciando as propostas "mais do mesmo" de interesse da corporação ou estagnando o verdadeiro debate em embates de Plebiscitos vs Referendos.
Se o "ser torcedor" deixar seu "ser cidadão" falar mais alto, ganha força a massa crítica unida por mudanças, que vão além dos partidos. As ruas são feitas para mobilidade, então melhor as vias que nos levem em frente, para chegar a algum lugar.
Nesse caso, há luz no fim do túnel. Uma delas é o Projeto de Reforma Política, de iniciativa popular, encampada pela OAB, CNBB e outras organizações. Está em fase de coleta de assinaturas para ser encaminhado ao Congresso, nos moldes do que foi o Ficha Limpa. Um caminho no curto-prazo mais factível do que uma Constituinte, arriscada nesses tempos meio loucos de Brasil diante da possibilidade real de elegermos Malafaias e Felicianos da vida para mudar nossa Carta de 1988.
Nem é preciso concordar com tudo que está na Proposta, mas já será um primeiro grande passo lança-la no Congresso, abrir o debate e fazê-lo andar, agregando também outros projetos existentes, e estabelecendo uma cultura política mais construtiva na relação participação-representação.
A meta é alcançar 1,5 milhão de assinaturas. Compartilhar e assinar não será energia gasta em vão. Para conhecer as propostas e participar, segue link:  http://www.reformapoliticademocratica.org.br

...............

Joaquim Barbosa é o “du jamais vu” da grosseria arrogante


Autor: Fernando Brito
dujamaisvu
O Doutor Joaquim Barbosa – autor da “tuitada” acima – certamente sabe que, na Constituição, o princípio da autonomia dos poderes vem “colado” a outro: o da harmonia entre eles.
O Ministério Público, que não é um poder mas a este se assemelha, em razão da autonomia, também não deve seguir o mesmo preceito?
Ou seja, no que não lhe interfira na autonomia, não pode dialogar com o Presidente da República, com o Presidente do Congresso ou com o Presidente do Supremo?
Não apenas pode como deve. Como estes entre si.
Certamente não falta ao Dr. Barbosa a compreensão de que há uma suposição gravíssima pairando sobre os parlamentares e políticos brasileiros: a de que estejam envolvidos como co-autores ou beneficiários da ladroagem de Paulo Roberto Costa.
Ninguém, a começar de Dilma Rousseff, disse que ia se pedir a violação do segredo de Justiça em que correm as investigações sobre o caso.
Embora, fica claro na leitura da lei, este sigilo se prenda aos termos do acordo de delação e à eventual proteção do delator frente à organização criminosa e não às imputações que este faz, que sequer têm a presunção da verdade ( ““nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador”, diz a lei), não é possível em falar em que não possa haver consultas informais sobre a extensão do que estas contêm.
Até porque listas e listas, supostamente vazadas pelo próprio Ministério Público, pululam nos jornais, sites e televisões, sem que isso provoque qualquer indignação nem em Joaquim Barbosa nem entre os procuradores.
A nomeação de um ministro é prerrogativa de quem ocupa a Presidência e isso não está em questão. Mas é dever de qualquer presidente democrático promover consultas  a quem ele desejar. E às pessoas consultadas o direito de dar opinião ou de não dar.
Se quiser e puder dizer, diga. Se não quiser ou puder, não diga.
É a chamada eloquência do silêncio.
Parece incrível que um ex-chefe de Poder, como Barbosa, falte esta mínima capacidade de convívio dentro das responsabilidades de cada um.
Só deixa de ser incrível porque uma mídia que endeusa personagens destemperados como ele capaz de apontar-lhe outras “faltas que lhe abundam”.
A de educação, a de compostura, a de decoro de quem ocupou o cargo de presidente da mais alta corte brasileira.
Uma longa galeria onde Barbosa se porta como “du jamais vu”.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=23947

.......
xxxxxxxxxxxxx

Apertem os cintos, o piloto sumiu!

apertem-os-cintos (1)


Pensei que a presidenta tinha amadurecido politicamente, mas acho que me iludi.
Se o governo continuar trocando os pés pelas mãos desse jeito, os próximos quatro anos serão um pesadelo.
A última trapalhada da presidenta, no café da manhã com jornalistas da grande imprensa, ao dizer que consultaria o Ministério Público antes de escolher um ministro, resultou num belíssimo tiro no próprio pé.
Errar é humano.
O que nos intriga são as causas do erro.
Dilma está novamente fazendo o jogo da mídia.
Em seu discurso de posse, falou em “pacto nacional contra a corrupção”.
Ótimo, precisamos mesmo disso. Só que um pacto pressupõe que todos os lados queiram fazer um acordo, e não é o que acontece no Brasil.
Era necessário tocar na corrupção, mas também na questão política, e daí mencionar o monopólio da mídia.
Uma mídia mais plural significa uma mídia mais democrática, capaz de indicar caminhos para se mudar a cultura de corrupção no Brasil.
Ninguém parou para pensar que a cultura de corrupção no Brasil é fruto do status quo?
Do mesmo status quo que fez dos barões da mídia as famílias mais ricas do país?
A mídia nunca ajudou a combater a cultura da corrupção, até porque ela vive da corrupção.
Sem corrupção, o que a mídia vai denunciar?
Sem corrupção, a mídia terá que fazer um debate político sério sobre políticas sociais.
A corrupção enriquece os corruptos mas enfraquece partidos e governos, ou seja, debilita o universo político, que pertence ao coletivo, para fortalecer apenas alguns indivíduos.
E interessa à mídia que os governos e partidos sejam fracos, para que ela possa manipulá-los e chantageá-los.
Por isso a mídia só trata o tema da corrupção com moralismo e sensacionalismo.
Não há um debate calmo e maduro sobre formas de combatê-la. Não se investiga o exemplo de outros países, em como eles conseguiram reduzir as suas taxas de corrupção.
A corrupção também precisa da blindagem da mídia.
A corrupção tucana, por exemplo, sempre contou, até hoje, com a proteção da mídia.
Com o PT no Executivo, criou-se um atrito entre mídia e governo, e este é o ponto saudável desta briga.
O lado não saudável é a distorção do processo democrático. A mídia só denuncia um lado do espectro político, e isso não ajuda a combater a corrupção, e cria um desequilíbrio na formação da opinião pública.
Não existe nada mais idiota, por exemplo, do que achar que se vai combater a corrupção tirando o PT do poder.
Estou lendo com muita atenção o livro da Clauda Wallin sobre a Suécia. A luta contra a corrupção na Suécia se deu ampliando a participação social, aumentando a transparência pública e combatendo a desigualdade econômica.
Interessante notar que estas são as principais armas para se combater a corrupção, segundo as próprias autoridades suecas.
Aqui, a única arma contra a corrupção brandida por autoridades e mídia parece ser a truculência penal.
Recentemente, o procurador geral, num acesso de fúria udenista, disse que os corruptos precisam “conhecer o cárcere”.
Sim, mas e quando o corrupto for o promotor público? O próprio juiz? A própria mídia?
Não adianta, a forma mais eficaz de combater a corrupção é ampliando a transparência e isso implica também na instituição de uma mídia mais plural e, portanto, mais eficiente.
Uma imprensa que, em sua diversidade, investigue tucanos e petistas.
Mesmo sendo um dos países menos corruptos do mundo, os suecos ainda se preocupam em aumentar, cada vez mais, a transparência do Estado e a vigilância.
A Suécia possui uma TV pública com um jornalismo de altíssima qualidade, independente de governos e partidos, que faz denúncias regularmente contra autoridades e empresas.
Por que Dilma não falou na mídia em seu discurso de posse?
Por que não externou um projeto de combater a corrupção através da ampliação da participação social, a qual, por sua vez, poderia ser aprimorada via abertura de canais públicos de TV em cada município.
Uma tv pública para que cada cidade acompanhe os debates e os gastos de sua prefeitura, de sua câmara de vereadores, de seu judiciário e de seu ministério público.
Por que se limitou a fazer um discurso convencional contra a corrupção, aderindo à agenda udenista?
É óbvio.
Ela fez isso porque viu apenas a repercussão que poderia ter na imprensa familiar.
Em junho de 2013, milhões de pessoas saíram as ruas entoando o refrão: “a verdade é dura, a rede globo apoiou a ditadura”.
Quando Dilma fez seu pronunciamento, algumas semanas depois, tentando responder às ruas, não falou na mídia.
Perdeu uma belíssima oportunidade para fazer história.
E não falou porque a mídia “filtrou”, em seus canais, a manifestação das ruas contra a própria mídia.
A mesma coisa agora vale para a sua afirmação, a jornalistas, de que consultaria o procurador geral da república e o ministério público antes de escolher um ministro.
“Eu só quero sim ou não”, disse Dilma.
Por um segundo, um dos meus botões disse a outro: “pode ser uma boa ideia! Dá um drible no Ministério Público, que se tornou uma espécie de quinto poder (o quarto é a mídia). Se houver qualquer denúncia contra o ministro, o MP partilhará a responsabilidade. Afinal, manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
O outro botão, porém, rebateu de pronto: “e você acha que o procurador vai cair nessa? além do mais, isso é entregar, voluntariamente, um poder soberano, fundado no voto popular, em mãos de outro, estamental, baseado numa meritocracia ainda profundamente elitista”.
Dito e feito.
Dilma tomou um carão desnecessário do procurador, da mídia e até mesmo conseguiu ressuscitar, das catacumbas de Miami, Joaquim Barbosa, o justiceiro mascarado!
Era óbvio que uma afirmação dessas só poderia ser feita se combinada antes com o procurador-geral. E, de qualquer forma, é um absurdo.
No mesmo café da manhã com os jornalistas, Dilma ou os jornalistas mencionam a abertura do capital da Caixa.
Dilma responde que isso está em estudo, e pronto, fica por isso mesmo, um fantasma no ar.
Não há o mínimo respeito pela base social que tanto lutou por sua eleição.
Que história é essa de abrir o capital da Caixa?
Custa vir e dar uma explicação mais consistente?
A base social de Dilma não é intolerante. Ao contrário, tem infinita capacidade de compreensão dos dilemas do governo.
Mas precisa de um mínimo de atenção, que as coisas sejam explicadas para ela.
A presidenta, pelo jeito, não tem um conselho político.
E desistiu de constituir um serviço de inteligência, que até países pequenos possuem, como Cuba e Israel, para analisar o passado e a integridade de seus colaboradores.
Quer dizer que se o procurador dissesse apenas “não” para algum ministro, sem acrescentar mais nenhuma informação, a presidenta desistiria de nomeá-lo?
A presunção da inocência foi abolida no Brasil?
Basta um procurador implicar com alguém, que a pessoa perde seus direitos políticos?
Neste caso, Dilma teria que pedir a opinião também da Globo, antes de nomear alguém.
A comunicação oficial, um ponto central em qualquer instituição, mormente um governo numa democracia altamente polarizada quanto a nossa, permanece terceirizada à mídia de oposição.
Ninguém dá entrevistas, não há um porta-voz, o blog do Planalto é insosso.
Sempre que um ministro quer falar à população, vai à Globo.
Alguns se limitam a programa de entrevistas em tv fechada, como Mercadante.
A intenção nem é falar à população, mas apenas a setores da elite.
A TV Brasil continua jogada às traças, aparelhada por um esquerdismo senil, que não se interessa por audiência.
Ao invés de comprar séries de qualidade, que possam competir com novelas da Globo, prefere exibir apenas documentários sonolentos.
Não tem uma curadoria para filmes, da América Latina, da Europa, da Ásia, ou mesmo dos EUA. Prefere reprisar, pela milésima vez, algum filme brasileiro da década de 80. Qualquer filme.
Pior, a TV Brasil não tem uma relação orgânica com as redes sociais. As entrevistas nos programas do Nassif e do Paulo Moreira Leite não são enviadas para os blogs, para que possam ser assistidas via internet.
Aliás, será preciso, em breve, medir a audiência das tvs também nas redes sociais.
O jornalismo da TV Brasil, por sua vez, permanece atrelado a um burocratismo medroso, preguiçoso e borolento.
Para encerrar o post com um pouco de otimismo, o blog do Rovai diz que Ricardo Berzoini deve ser nomeado ministro da Comunicação.
A pasta será fortalecida com a transferência de toda a responsabilidade da publicidade oficial para ela.
Como Berzoini é um quadro político com um pouco de brizolismo nas veias, é uma luz no fim do túnel.
Feliz Natal!

Nenhum comentário: