O mundo lombrosiano de Zé Serra que, dentre suas propostas, uma diz que a prefeitura irá fazer um monitoramento no sentido de detectar quais crianças tem propensão ao crime, o que nos remete às teorias de Lombroso, ícone de uma pseudociência que seria capaz de determinar qualidades morais e intelectuais somente pela forma da cabeça.
Cesare Lombroso, o homem que inventou o feio, por Rogério Maestri, no Sou Engenheiro
Durante milhares de anos os filósofos se preocuparam com o conceito de beleza, os filósofos gregos perderam longo tempo na sua definição, Platão, Aristóteles e outros idealizaram o seus conceitos de belo, mas nunca teorizaram centralmente sobre o feio.Afrodite, a deusa da beleza.Olhando o feio como a antítese do belo, se este último não for perfeitamente definido, não se conclui nada sobre o primeiro. O não belo, necessariamente não é o feio, pois se envolvermos conceitos de alma e de outros aspectos subjetivos, o limite entre os dois não fica definido. Vestimenta da Idade MédiaNão sou nada conhecedor de filosofia, mas vejo que após a busca da beleza pelos gregos cria-se na sociedade medieval um longo período em que a busca do limite, da ordem e da simetria, passado para segundo plano adotando-se mais um conceito de beleza da alma intangível e não quantificável, até certo ponto a beleza física era algo desprezível. Associava-se a beleza de Eva a tentação, associava-se a beleza a luxúria e ao pecado. Bem diferente dos Gregos e Romanos, cobria-se o corpo para que a imagem dele não fizesse o homem fugir do ideal platônico. O teocentrismo não permitia que os mesmos ideais de limite, ordem e simetria fizessem parte do corpo humano, nos templos, nas obras arquitetônicas se abandonavam as proporções clássicas para impor uma arquitetura que elevaria o homem aos céus.