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sábado, 22 de novembro de 2014

File-se ao PSDB e roube à vontade

O PSDB sempre esteve envolvido nos maiores casos de corrupção deste pais, no entanto sempre conseguiu safar-se, tais casos geralmente nem chegam às raias da Justiça, sendo engavetados no nascedouro, com o beneplácito de um forte aparato midiático-penal.

Esteve envolvido no "mensalão", alias, este caso tem como origem o valerioduto tucano, fato ocorrido em 1998 mas que até agora deu em nada. A história está se repetindo no "petrolão".  ao que tudo indica o PSDB está mais envolvido do que qualquer outro partido mas nada disso é noticiado pela imprensa e provavelmente serão excluidos do processo, pelo menos parte deles. No que diz respeito ao modus operandi para se salvar a pele de partidos da oposição, é o mesmo do "mensalão"(incluido aqui o tucano, do DEM do DF/José Roberto Arruda).

Quanto à participação do PMDB, este é citado pq faz parte da base do governo mas os seus membros serão poupados, uma vez que neste caso se adotará a mesma tática adotada na CPI do Cachoeira, ou seja, a aliança entre PMDB e PSDB para livrar seus membros, como ocorreu naquele momento para tirar o do Sérgio Cabral(PMDB-RJ) e Marconi Perillo(PSDB-GO) da reta. 

Enfim, há um misto de táticas adotados na AP 470 e a CPI do Cachoeira, o desafio livrar de complicações os aliados da mídia, veja só que o PSB foi um grande beneficiário em PE por causa das obras ali instaladas como a refinaria Abreu e Lima. Como o PSB não faz mais parte da base do governo, está os envolvidos deste partido estão sendo excluidos da ação. Kd o republicanismo da PF, MPF, Juiz Sérgio Moro...A midia faz seu papel de pilantra e porta-voz do PSDB e, quando necessário, tmbm do PMDB, como ocorreu na CPI do Cachoeira, estes dois partidos unidos para livrar a pele de Sérgio Cabral e Marconi Perillo. Incrível como casos de corrupção que estão sendo devidamente investigados deveriam nos orgulhar, servem é de golpes contra a democracia, o que é pior, como afirmou Nassif, do que qualquer crime que possa ter sido praticado por empreiteiros, funcionários de uma estatal e políticos safados, de todos os partidos, digas-se de passagem. Avançar nas reformas esses mafiosos não querem, 
Deveriam estar propondo formas de se combater a corrupção ao invés de atentar contra a democracia.,,

Do "mensalão" ao "petrolão" a mesma lógica: O uso de um crime que está sendo devidamente apurado para a prática de outro crime: O golpe contra a democracia. Foi assim no desde o primeiro momento do do "mensalão", quando a elite conservadora chegou a propor o impeachment de Lula, recuou e disso(do recuo) se arrrepende até hoje, ou seja, entendem que deveriam mesmo ter derrubado Lula naquele momento.  Com o "petrolão" não será diferente, com a diferença de que, desta vez, ao que tudo indica, não recuarão de seu plano golpista centrado no Paraná.

É de bom alvitre nos perguntar quando será mesno que esse pais terá um Judiciário que se digne de se intitular Poder Judiciário. O que dizer de uma Instituição tão imparcial ao ponto de usar a teoria do dominio de fato(sem provas) para condenar um réu, como aconteceu com Dirceu? Por estas e outros não nutro a menor ilusão de que será diferente no processo do "petrolão".

Da nossa parte, o que queremos é que, doa a quem doer, a punição se aplique a todo e qualquer um que tenha cometido crimes, pertença-se a partido A ou B e que este processo não seja usado para golpes contra a democracia. Infelizmente não é isso que vimos ultimamente, uma vez que na calada da noite PF, Judiciário(Juiz Sérgio Moro), MPF, mídia e PSDB tem usado este processo para derrubar uma presidente eleita pelo povo brasileiro.

Diante de fatos concretos e com provas da prática de crimes, que os envolvidos sejam punidos, bom que se repita: Todos eles e não apenas os inimigos deste poderoso conluio midiático-penal.  E que, antes de tudo, se respeite o regime democrático, pois é sabido que a elite tupiniquim rumina seus golpes por décadas, não tem pressa embora pense nisso durante as 24 horas do dia, foi assim que teve a capacidade de suspender um golpe contra Getúlio Vargas para tirá-lo da cartola em 1964, contra governo de inspiração trabalhista é sempre a mesma ladainha golpista. 



Em 1999, Veja publicava contratos irregulares da Petrobras com Efromovich

Jornal GGN - Em dezembro de 1999, a Veja publicava uma reportagem contando como crescia o patrimônio empresarial de Germán Efromovich. Posteriormente veio a criar a OceanAir, transformá-la na Avianca, e angariar para o seu rol empresas do setor de petróleo, energia, aviação e construção naval. Mas em 1995, Efromovich fez sua pequena empresa Marítima, então responsável por verificar equipamentos de companhias marítimas colocando mergulhadores no fundo do mar, na empresa agora líder do grupo Synergy. 
O meio: vencendo quase todas as concorrências da Petrobras, sem cumprir contratos, sem ter os requisitos necessários, mentindo ter as condições, mantendo-se inadimplente e com a ajuda de seu amigo pessoal Antônio Carlos Agostini, que veio a se tornar superintendente de Engenharia da Petrobras, justo quando Efromovich venceu uma licitação de 720 milhões de dólares.
Hoje, a Petrobras é investigada por contratos irregulares desde 1999; os irmãos José e Germán Efromovich multiplicam seus lucros, e a Veja divulga a corrupção da Petrobras a partir de 2003.
Leia a reportagem de 1999:
Como a pequena Marítima ganhou quase todas as concorrências da gigante Petrobras
Até o final de 1994, o empresário German Efromovich era dono de uma empresa de pequeno porte que prestava serviços de manutenção submarina na área de petróleo, a Marítima. Seu trabalho era colocar mergulhadores no fundo do mar para verificar se os equipamentos das companhias para as quais prestava serviço estavam em ordem. Nessa época, a empresa funcionava numa casa ao pé de uma favela num subúrbio do Rio de Janeiro. Até aí, tudo normal. O que causou estranheza mesmo foi o fato de, menos de um ano depois, a insignificante Marítima, cujo patrimônio não chegava a 1 milhão de dólares, começar a ganhar quase todas as concorrências da Petrobras para a construção de plataformas de perfuração e exploração de petróleo. Uma área em que Efromovich não possuía a mínima experiência e que envolvia contratos superiores a 2 bilhões de dólares.
Essa façanha empresarial seria digna de figurar no livro de recordes. Mas a Marítima não conseguiu fazer mais nada direito a partir daí. Começou a descumprir todos os contratos, sempre contando com a vista grossa de quem deveria ser rigoroso com ela, a Petrobras. Entre os contratos estava o da superplataforma P-36, a maior do mundo, que chegou ao país há alguns dias, com um atraso de quatro meses. Pior: a P-36 só ficou pronta depois de a Petrobras ter sido obrigada a desembolsar 45 milhões de dólares, porque a Marítima não cumpriu sua parte no contrato. Se não fizesse isso, a plataforma só entraria em operação no final do ano que vem – e cada dia de atraso custa muito dinheiro, já que se inviabilizam todas as metas de produção de petróleo.
As proezas de Efromovich começaram a ser notadas no final de 1995, alguns meses após o superintendente de Engenharia da Petrobras, Antônio Carlos Agostini, ser promovido a diretor da área de exploração e produção da companhia. Agostini era conhecido de longa data de Efromovich. Nessa época, a Petrobras decidiu abrir concorrência para a construção de duas plataformas de produção de petróleo. O edital de licitação trazia, no entanto, uma cláusula que todos os participantes diziam ser impossível de cumprir: prazo de dezoito meses para a plataforma entrar em operação. Mas a Petrobras, então presidida por Joel Rennó, manteve-se irredutível alegando que havia empresas que se diziam capazes de cumprir o prazo. Essas "empresas" a que a Petrobras se referia era apenas uma – a Marítima. Para surpresa do mercado, foi ela a vencedora da concorrência de um contrato de 720 milhões de dólares. O que aconteceu a partir daí foi uma sucessão de absurdos. A Marítima não tinha projeto nem estaleiro contratado para a execução da obra e tampouco financiamento. Mas a Petrobras pareceu não se importar muito. Em 1997, a estatal fez nova concorrência e declarou vencedora a inadimplente Marítima.
A tendência de Efromovich, de 49 anos, para o blefe sempre pautou sua vida profissional. Quando sua empresa ainda estava começando, ele costumava impressionar os potenciais clientes marcando reuniões no Hotel Sheraton, um cinco-estrelas carioca. Na verdade, por causa do dinheiro curto, ele se hospedava em hotéis baratos na zona de boemia do Rio. Pegava o ônibus duas horas antes do encontro, atravessava toda a Zona Sul da cidade para chegar ao hotel e dar a impressão de que estava hospedado ali. Seu pulo-do-gato, porém, foi com a Petrobras. A companhia pediu que ele fizesse a manutenção de uma plataforma em 1988 e perguntou a Efromovich se o barco que ele possuía tinha condições de fazer o serviço. Efromovich não pestanejou. Disse que sim. Era mentira. Fez, no entanto, das tripas coração para adaptar seu barco ao serviço, comprometendo-se a trabalhar três anos de graça para um estaleiro que concordou em fazer a adaptação. Agora, pode estar chegando ao fim a era de Efromovich na estatal. A Petrobras se prepara para cancelar o restante dos contratos que estourarem o prazo combinado. "A Petrobras está sendo injusta", afirma o empresário, um boliviano de forte sotaque, naturalizado brasileiro.

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