Antes de entrar neste assunto, saiba pq o julgamento da AP 470 vulgo "mensalão" foi um tribunal de exceção montado por um forte aparato midiático-jurídico para varrer do poder esse governo trabalhista (http://www.lexometro.blogspot.com.br/2014/04/coletanea-mensalao.html)
A corrupção existe em maior ou menor grau em todo e qualquer governo, assim como em toda e qualquer corporação, seja ela pública ou privada, de forma que para nós o que interessa é se esta epidemia está sendo monitorada e combatida a contenta pelos Órgãos de controle. Lamentável que no Brasil o Poder Judiciário, MPF e mídia são lenientes com crimes praticados pelos amigos do peito, no caso os tucanos, a própria mídia que, como se sabe, se locupletou com a roubalheira na época da privataria, que recebeu bilhões de reais das mãos de FHC através do PROER da mídia, que abocanhou parte das teles, que roubou o nióbio, que mama nas tetas de governos estaduais tucanos e manda na Educação, faz de cega, surda e muda quando o crime é praticado pelos tucanos, como se o que lhes interessasse mais quem praticou tais crime dos que os crimes praticados. Não podemos nega que há um forte aparato midiático para manter o esquema de proteção e blindagem aos tucanos, daí essa pancadaria intensa contra o PT, .,,,bom que se repita mil vezes: Neste pais o que importa não é o crime praticado, muito menos o valor roubado e sim quem foi o autor do crime, sendo tucano e cia tá liberado, estes podem roubar á vontade, no atacado, que nada lhes acontece
A corrupção existe em maior ou menor grau em todo e qualquer governo, assim como em toda e qualquer corporação, seja ela pública ou privada, de forma que para nós o que interessa é se esta epidemia está sendo monitorada e combatida a contenta pelos Órgãos de controle. Lamentável que no Brasil o Poder Judiciário, MPF e mídia são lenientes com crimes praticados pelos amigos do peito, no caso os tucanos, a própria mídia que, como se sabe, se locupletou com a roubalheira na época da privataria, que recebeu bilhões de reais das mãos de FHC através do PROER da mídia, que abocanhou parte das teles, que roubou o nióbio, que mama nas tetas de governos estaduais tucanos e manda na Educação, faz de cega, surda e muda quando o crime é praticado pelos tucanos, como se o que lhes interessasse mais quem praticou tais crime dos que os crimes praticados. Não podemos nega que há um forte aparato midiático para manter o esquema de proteção e blindagem aos tucanos, daí essa pancadaria intensa contra o PT, .,,,bom que se repita mil vezes: Neste pais o que importa não é o crime praticado, muito menos o valor roubado e sim quem foi o autor do crime, sendo tucano e cia tá liberado, estes podem roubar á vontade, no atacado, que nada lhes acontece
Pois é, haja óleo de peroba para untar a cara de Aécio Neves antes de apresentar-se como garoto propaganda da Globo e cia na condição de "Caçador de Corruptos". Apostam no fato de que SP é o maior colégio eleitoral do pais para no enfiar goela a abaixo e esse bandido. Que o pais não se esqueça que foi a Globo que, com esse mesmo discurso do "novo" e da caça disso ou daquilo, nos presenteou com Fernando Collor, o resultado sentimos na pele.
Mais importante do que a corrupção em si que, é claro, existe e continuará existe no mundo privado, bem no das organizações públicas, é o seu combate e isso, sem a menor sombra de dúvida, Dilma está fazendo. Quem dentre Aécio e Dilma tem condições de continuar sendo implacável em seu combate à corrupção senão Dilma? O que ocorre é que a Globo e velha mídia se juntaram a Instituições que a partir de Lula e Dilma foram marcadas por práticas republicanas para, agora, vermos todas a serviço do candidato que está sendo vendido como "Caçador de Corruptos" e dono do legado do legado das manifestações de junho, no caso a mudança. A respeito da falta de lisura destas Instituições que, de forma inegável foram aparelhadas pelo PSDB, veja só a que ponto chegamos, um juiz a serviço do PSDB, todos os dias, no Jornal Nacional.
Do falso ebola a delação premiada passando pelo golpe no Paraguai apoiado por Alvaro Dias, tudo isso veio do Paraná. O que acontece no Paraná, terra do delegado da PF e deputado federal Fernando Franchiscinni do Senador Álvaro Dias. Parece que desse Estado brota de tudo, de ebola a juiz fazendo usando um processo sigiloso para fazer campanha para seu candidato no Jornal Nacional. O que acontece no Paraná, alguém pode me explicar pq é de lá que vem de tudo, de bandido de toga a falso alarme nacional sobre o ebola,..hum...há alguma coisa estranha no ar,,,.e olhe lá que todo mundo sabe que o senador tucano Álvaro Dias viajava no jatinho de Youssef prá lá e prá cá e que Fernando Franchiscini teve sua campanha financiada por Paulo Roberto Costa. O que se passa no Paraná, afinal de contas aquilo lá virou central do golpe, será que é por causa da vizinha com o Paraguaia, afinal de contas quando houve o golpe no pais vizinho o Álvaro Dias foi o primeiro a correr prá lá para amparar os golpistas, os tucanos devem ter pego umas aulas por lá........................
Sobre o mensalão do Aécio(http://plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=82602) e aqui (http://plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=82591)
MPF em Minas investiga construção de aeroporto nas terras do tio de Aécio
Jornal GGN - O Ministério Público Federal em Minas Gerais decidiu abrir uma investigação para apurar se Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência e ex-governador do Estado, cometeu alguma irregularidade ao construir, com dinheiro do orçamento estadual, um aeroporto de R$ 14 milhões em terreno que foi desapropriado de seu tio, Múcio Guimarães Tolentino. A informação é da Folha de S. Paulo desta terça-feira (21).
Em julho, o jornal revelou que Aécio concluiu o projeto em 2010 mas, até hoje, o aeroporto permanece fechado por falta de homologação junto à Anac. A Agência Nacional de Aviação Civil sustenta que o poder público mineiro não enviou os documentos faltantes ao registro e liberação da pista. Enquanto isso, segundo a Folha, as chaves do aeroporto ficam em posse do tio-avô de Aécio (25 mil habitantes), ex-prefeito da pequena cidade de Cláudio, onde a obra foi realizada.
O aeroporto fica a cerca de seis quilômetros da Fazenda da Mata, propriedade da família de Aécio, onde o senador passou a infância. Aécio só admitiu que fez uso do aeroporto em situação irregular 10 dias depois que a reportagem foi amplamente divulgada.
O adversário de Dilma Rousseff (PT) usou um inquérito do Ministério Público de Minas Gerais, que data de 2009, para sustentar que o aeroporto já foi investigado e que não há nada de irregular em sua construção. Mas como o GGN mostrou, a investigação foi feita a partir de uma denúncia anônima e arquivada após ouvir a versão oficial do Estado, sem apurar se o projeto beneficiou a família de Aécio (leia aqui).
A desapropriação do terreno de Múcio Tolentino ainda é alvo de disputa judicial. O Estado mineiro já depositou R$ 1 bilhão pela área, mas o tio de Aécio exige mais. Segundo o último laudo da perícia feita no local, o terreno poderia valer R$ 20 milhões. O Estado informou aoGGN que o pagamento da desapropriação, após o imbróglio, será feito por meio de precatórios, com recursos previstos no Orçamento Anual.
Leia mais:
De acordo com a Folha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou, no início deste mês, a parte criminal de uma representação do PT contra Aécio pela construção do aeroporto, mas ele determinou que a representação fosse encaminhada ao MPF de Minas Gerais para a avaliação de casos de improbidade administrativa. A investigação foi aberta no último dia 17 na Procuradoria da República de Divinópolis (a 50 km de Cláudio).
A Promotoria estadual também afirmou que iria apurar novamente a construção do aeroporto de Cláudio, mas não divulga mais informações sobre o caso.
Isso também:
O video no Vimeo, caso o video seja removido do youtube
http://vimeo.com/108663852
Tucano pode comprar votos, fazer caixa 2 que ninguém se importa, se não saiu no JN não é verdade não é mesmo,,enfim, jatinhos com equipes encarregadas de comprar votos Brasil afora não param de levantar vôo de SP, a PF até pegou um no flagra mas como sabemos que mexer com tucano é mexer com a Globo, tudo bem, o povo não se importou e vamo que vamo rumo ao matadouro, pois será isso mesmo caso o retorno da politica neoliberal ao nosso pais seja sacramentado nas urnas neste 26 de outubro de 2014 e, sendo vitoriosos, a Globo ficará ainda mais cega, surda e muda para casos como este
Assessor detido com R$ 102 mil e 16 cheques em branco de Bruno Covas
Página de Mario Welber no Facebook faz campanha pelo candidato a deputado federal Bruno Covas
Geraldo Alckmin, Bruno Covas e Mario Welber: relação de mão dupla com os tucanos de alta plumagem
por Conceição Lemes
No sábado passado 27, por volta das 15h, o jornalista e suplente de vereador de São José do Rio Preto, Mario Welber, foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando embarcava para a sua cidade, no interior paulista.
O sistema de raios-X de Congonhas descobriu que Welber carregava R$ 102 mil em dinheiro vivo, além de dezesseis cheques assinados em branco. Ele não conseguiu explicar aos policiais a origem do dinheiro.
Detalhe 1: Welber é do PSDB de Rio Preto e os cheques são do deputado estadual Bruno Covas (PSDB-SP), ex-secretário do Meio Ambiente do governo Geraldo Alckmin.
Detalhe 2: Quase cinco dias após o flagrante, a PF não vazou o caso, ao contrário do que fez imediatamente em casos semelhantes envolvendo petistas. Também não distribuiu para a mídia fotos do dinheiro, como já fez em outras situações.
A PF se recusa até a confirmar os nomes dos tucanos em foco.
A resposta da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, via sua assessoria de imprensa, aos questionamentos do Viomundo comprova isso:
A Polícia Federal não divulga nomes de pessoas físicas e jurídicas envolvidas em suas ações. No entanto, confirmamos que houve uma apreensão de cerca de R$ 100.000,00 — em espécie — no sábado. Tal quantia se encontrava com um homem que embarcaria no Aeroporto de Congonhas. Não houve prisão, mas o viajante, bem como seus pertences, foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo.
Por não haver comprovação documental de origem, o numerário foi apreendido e foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros. Caso se comprove origem lícita, ele será devolvido.
Curiosidade 1: Na sua resposta ao Viomundo, a assessoria de imprensa da PF “se esqueceu” dos cheques em branco assinados por Bruno Covas.Curiosidade 2: A PF em São Paulo mudou tanto que, diante das conexões do caso com o PSDB e a campanha política, registrou o flagrante como crime financeiro e não como crime eleitoral.
Resultado: O suplente de vereador tucano foi indiciado apenas no âmbito da Delegacia de Crimes Financeiros (Delefin/PF) e responderá o processo em liberdade. Os R$ 102 mil e os cheques foram apreendidos. O caso foi registrado na Polícia Federal como IPL (Inquérito Policial) 245/2014-11.
Certamente, a esta altura, muitos devem estar se perguntando:
– Foi uma operação-abafa da PF paulista?
– Afinal, quem é Mario Welber para ser blindado?
– Ou foi mais para blindar o deputado tucano Bruno Covas, neto do falecido Mario Covas?
Mario Welber, 31 anos, já foi repórter da TV Tem (retransmissora da Globo), em Rio Preto.
Mas o que mais salta à vista é seu bom relacionamento com os grão-tucanos.
Em 30 de setembro de 2009, Mario Welber foi nomeado como agente de segurança parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Nessa função, o funcionário pode ficar lotado em gabinete de deputado, liderança partidária, secretarias ou da presidência da Casa. Em 19 de outubro de 2011, ele foi exonerado.
Em 4 janeiro de 2011, Bruno Covas assumiu a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Entre janeiro e outubro de 2011, Welber, embora lotado na Alesp, se apresentava como assessor do então secretário Bruno Covas, segundo informação de fonte de São José do Rio Preto, interior de SP.
Seria então Welber funcionário fantasma da Assembleia, já que assessorava Bruno Covas na condição de Secretário do Meio Ambiente?
Matéria publicada na Jornal Folha Noroeste de 14 de maio de 2011, sobre reunião na Secretaria do Meio Ambiente, não deixa dúvida. Lotado na Alesp, Welber atuava na Secretaria dirigida por Bruno Covas:
Atualmente, segundo o seu perfil no twitter, ele é apresentador das rádios Canção Nova e Interativa. Também aparece como assessor da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O seu contrato, porém, é com a Cetesb.
O twitter e o Facebook escancaram que Welber é carne e unha com os tucanos de alta plumagem.
Nas redes sociais, Welber gosta de falar sobre ética, moralidade pública, “nova política”. Mas a prática é outra.
Telefonamos várias vezes para o celular de Welber (017 98120-****), para saber o que tinha a dizer sobre a detenção em Congonhas, os R$ 102 mil em grana viva e os cheques em branco de Bruno Covas.
Na primeira ligação, assim que esta repórter começou a explicar o motivo do contato, ele disse:
– Não estou escutando direito, não estou escutando direito…
Desligou.
Na segunda ligação, cheguei a ouvir a voz dele, de novo:
– Não estou escutando…
Desligou.
Do terceiro telefonema em diante, só deu caixa postal. Deixei recado. Mandei torpedo detalhando o meu questionamento:
– Mario, aqui é Conceição Lemes, editora do Viomundo. Preciso falar urgentemente com você. É sobre a sua detenção em Congonhas com dinheiro e cheques em branco de Bruno Covas. O que você tem a dizer? Aguardo retorno urgente. Estou fechando matéria sobre isso. Sds
Mario Welber respondeu:
– Boa tarde. Tentei te retornar. Ligue para o dr. Carpano: 11 99480-****
Liguei para o “dr. Carpano”. Ele se limitou a dizer:
– Alô, alô…
– Dr. Carpano, aqui é Conceição Lemes, repórter, o Mario Weber pediu para que eu falasse com o senhor…
Nem terminei de falar, “dr. Carpano” desligou, dando a impressão de que talvez estivesse ao lado de Welber, acompanhando tudo.
Tentei outras vezes, claro. Silêncio. Caixa postal. Deixei recados no celular. Mandei torpedos. Nada.
Contatei também várias vezes o gabinete do deputado Bruno Covas na Alesp. Depois de me apresentar, explicava:
– Preciso falar com o deputado ou com a assessoria de imprensa de imprensa dele.
– Para que matéria?
– Soubemos que o Mario Welber foi detido em Congonhas com cerca de 100 mil reais e cheques em branco assinados pelo deputado Bruno Covas.
– O deputado não está.
– E o assessor de imprensa?
– Também não está.
– Poderia me passar o celular dele, para eu contatá-lo?
– Não estou autorizada, mas vou passar o seu telefone e o seu recado.
Como não houve retorno, insisti. A secretária era a mesma. Expliquei tudo de novo.
Ela reconheceu a minha voz e eu a dela:
– Eu já dei o seu recado para a assessoria de imprensa.
– Por favor, reforce então a minha solicitação.
Nada.
Última cartada. Liguei para o gabinete do deputado e pedi o telefone do escritório de campanha:
– Não estou autorizada a dar, mas vou passar, de novo, o seu recado. O seu telefone é o 999**-****?
Estou esperando, sentada, até agora o retorno.
Se Mario Welber e Bruno Covas fossem do PT, seria o maior estardalhaço. Com direito a “furo” de reportagem, exclusivo no Jornal Nacional ou no Fantástico.
Curiosamente, Welber deu uma entrevista.
Foi ao Estadão, que publicou hoje o que poderíamos chamar de “vacina”. Em jornalismo, é a reportagem que esvazia o balão de outras e conta o caso pela metade.
Vejam o título:
“Apoiador”? Não seria “assessor”?
Segue o texto:
Em Congonhas, agentes descobrem dinheiro, além de 16 cheques da campanha de Bruno Covas com suplente de vereador do interiorA “reportagem” do Estadão é quase que totalmente baseada na versão dada por Welber. São sete aspas dele, ou seja, sete declarações do detido. Por que ele carregava R$ 102 mil em dinheiro, quando poderia simplesmente transferir a quantia entre contas bancárias? É uma das perguntas que faríamos a Welber se o celular dele funcionasse direito. O estranho é que dois repórteres de um jornal tão conceituado não tenham tido a mesma curiosidade.
02.10.2014 | 02:00
FAUSTO MACEDO E DIEGO ZANCHETTA – O Estado de S.Paulo
Colaborador de campanha do deputado estadual Bruno Covas (PSDB), que concorre a uma cadeira na Câmara, o radialista e suplente de vereador tucano em São José do Rio Preto Mário Welber foi flagrado sábado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, levando na pasta de mão R$ 102 mil em dinheiro vivo e um envelope com 16 cheques e um cartão de campanha do neto do ex-governador Mário Covas.
Welber foi interceptado pela Polícia Federal (PF) no aparelho de raio X que identificou o dinheiro. Ele não chegou a ser preso, mas a PF abriu inquérito para investigar a origem dos valores. Segundo a PF, o apoiador do tucano, que também é mestre de cerimônias da Câmara Municipal de Rio Preto, não explicou a procedência do dinheiro.
Nessa época de eleições a PF redobra a vigilância nos aeroportos porque políticos e assessores costumam circular com recursos em espécie. Welber foi barrado quando embarcava com destino a Rio Preto. “O dinheiro é meu, não tem nada com a campanha do Bruno. Esse dinheiro é de um trabalhador anônimo, uma pessoa que está na batalha. Eu não tenho como andar com meu imposto de renda debaixo do braço, mas afirmo que tenho como comprovar a origem do dinheiro, tenho renda e caixa. Sou um microempresário na área de mídia.”
Ele disse que veio a São Paulo para “fazer um negócio”, a compra de um carro, mas não deu certo e retornava a Rio Preto.
Sobre o material de campanha de Covas, ele afirmou. “Eu estava apenas transportando o envelope com os cheques, se eu soubesse que ia dar tudo isso não teria me comprometido a levar. Se não existissem algumas anotações pessoais e o cartão (de Bruno Covas) jamais iriam me parar. É uma leviandade até com ele (Covas), na véspera das eleições. Isso vai acabar com a minha vida. Vão achar que eu estava com dólares na cueca.”
Covas, ex-presidente da Juventude do PSDB, atual secretário-geral estadual do partido, foi eleito deputado da Assembleia Legislativa paulista pela primeira vez em 2006. Em 2011, foi nomeado pelo governador Geraldo Alckmin para o cargo de secretário do Meio Ambiente. Em abril entrou em campanha por uma vaga na Câmara.
Welber disse que não é assessor do tucano, mas colabora com a campanha de Covas no interior. Em seu perfil nas redes sociais ele se identifica como “assessor da Secretaria do Meio Ambiente do Estado”.
Despesas. Ele afirma que ia entregar o envelope para um certo “sr. Ulisses”. “Ele (Ulisses) mora em Severínia, trabalha diretamente com o Bruno na Assembleia. Eu sou apenas um colaborador da campanha. Eu também colaboro com outras campanhas. Foram apreendidos vários cartões lá. Não trabalho na assessoria dele (Covas), não sou coordenador, nem tesoureiro de campanha. Conheci o Bruno da política, todo mundo hoje conhece o Bruno. Essa história só está dando tudo isso porque ele é um político em ascensão.”
Segundo ele, os cheques seriam destinados ao pagamento de despesas da campanha com fornecedores e “pessoas que trabalham na campanha”. “Eu não sei exatamente quais despesas, me entregaram cheques num envelope, eu separei e guardei no compartimento da pasta.”
Welber disse que vai justificar rapidamente à PF a procedência do dinheiro. “Vou me antecipar. O delegado deu 15 dias, mas na segunda-feira que vem eu já apresento a documentação, as notas todas. Se eu não comprovar essa renda no prazo legal podem acabar com a minha vida. Estamos a poucas horas das eleições. É muito fácil falar. Encontraram cartões de outros políticos!”
“Vão achar que eu estava com dólares na cueca”, disse Welber ao Estadão. Não, Welber não estava com dólares na cueca. Não, Welber não será alvo da mídia como foi aquele assessor do PT, também detido em Congonhas, cuja vida foi devassada a partir do dia da apreensão, com direito a fotos da “Divulgação” da Polícia Federal e reportagens no Jornal Nacional.
No Estadão, Mario Welber teve direito, para se defender, a 27 linhas de um texto de 45. Isso dá 60% da reportagem!
É a famosa blindagem tucana.
Dois pesos, duas medidas.
[Trabalho investigativo como este e todo o conteúdo exclusivo do Viomundo são bancados por nossos assinantes. Torne-se um deles clicando aqui]
Leia também:
NaMaria: Veja dirigiu a educação pública brasileira nos governos tucanos
Policial autor de vídeo que viralizou diz ter entregue provas à Corregedoria
Da Redação
O vídeo que o policial civil Lucas Gomes Arcanjo postou no Facebook teve mais de um milhão de visualizações, além de 120 mil compartilhamentos.
Viralizou na rede.
Hoje ele foi ouvido na Corregedoria da Polícia Civil, em Belo Horizonte.
Ao repórter Caio Castor, disse que descreveu a base das denúncias que fez na internet contra o ex-governador Aécio Neves e aliados.
No vídeo acima, ele resume algumas das acusações, dentre as quais o uso do Departamento de Trânsito (Detran) mineiro para lavar dinheiro e o uso de órgãos do governo de Minas para fazer caixa dois.
Como o PT assume o governo mineiro a partir de janeiro, espera-se que o governador eleito Fernando Pimentel não fique sentado sobre as provas, se elas de fato forem consistentes.
[Caio Castor viajou a Minas Gerais com todas as despesas pagas pelos assinantes do Viomundo.Torne-se um deles]
Leia também:
Jornalistas mineiros denunciam censura e manipulação; redação em revolta
http://www.viomundo.com.br/denuncias/policial-civil-autor-de-video-que-viralizou-na-rede-e-intimado-e-entrega-provas-corregedoria-de-minas.html
Link para a imagem acima, sobre a agressão de Aécio Neves à namorada(http://www.viomundo.com.br/politica/urariano-mota-aecio-acuado-diante-da-lei-maria-da-penha.html)
A corrupção nas hostes tucanas
Conceição Lemes: Um balanço das denúncias contra Aécio que a mídia ignorou desde 2011, inclusive a rádio das duas Land Rover
por Conceição Lemes
Nos últimos dias, a Folha de São Paulo descobriu as três rádios – entre elas, a Arco-Íris – e o jornal de Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB, e de sua família.
O jornal tentou, mas não conseguiu obter informações sobre quanto o governo de Minas gastou em publicidade nesses veículos.
Isso, no entanto, não é nenhuma novidade.
Desde 2011, o Viomundo denuncia a aplicação, via publicidade, de dinheiro de estatais mineiras e da administração direta estadual na rádio Arco-Íris e demais veículos de comunicação de Aécio Neves e família.
– Por que 2011?
Em 17 de abril de 2011, Aécio foi parado pela polícia numa blitz de trânsito no Leblon, cidade do Rio de Janeiro. Convidado a fazer o teste do bafômetro, ele se recusou. A carteira de habilitação, vencida, foi apreendida. Levou duas multas.
O carro em que o senador dirigia na hora da blitz — Land Rover TDV8 Vogue, ano 2010, placa HMA 1003, valor mercado R$ 255 mil, comprado após as eleições de 2010 — pertencia à rádio Arco-Íris, de Belo Horizonte (MG), cujos sócios são Aécio, a irmã Andrea e sua mãe, Inês Maria Neves Faria.
Durante todo o período em que Aécio governou Minas ( janeiro de 2003 a abril de 2010), sua irmã, Andrea Neves, comandou o Núcleo Gestor de Comunicação Social da Secretaria de Governo. Uma de suas funções era decidir sobre a alocação de recursos de toda a publicidade do Estado de Minas Gerais.
Ontem, no debate do SBT, Dilma questionou Aécio sobre o assunto duas vezes:
– Sua irmã era responsável por toda a verba destinada à publicidade, que foi para as rádios e os jornais que vocês têm em Minas.
– Quando a gente pergunta sobre os recursos passados às rádios e a um jornal mineiro que você tem em MG, não há transparência.
Aécio não respondeu. Fez de conta que não era com ele.
Assim como mídia corporativa menosprezou essa e outras denúncias feitas e reiteradas desde 2011 em relação ao governo de Aécio Neves (confira aqui, aqui e aqui).
Por isso, nós resgatamos agora – 17 de outubro, às 21h30 – a reportagem abaixo, que foi publicada em 17 de fevereiro de 2013. Nela, tratamos da Rádio Arco-Íris, Banjet, Oswaldinho, aplicação de verbas públicas em empresas da família, voos em jatinho do presidente da Codemig, suspeitas de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal, blindagem.
***
“Se o Gurgel não abrir inquérito contra o Aécio, estará prevaricando”
Em Minas, o ex-procurador Alceu Marques Torres arquivou duas representações contra Aécio e Andrea Neves. Em 31 de maio de 2011, os deputados Rogério Correia, Sávio Souza Cruz e Antonio Júlio entregaram a Roberto Gurgel outra denúncia. Ela está na gaveta do procurador-geral da República há 22 meses e 17 dias
por Conceição Lemes
17 de abril de 2011. Madrugada de domingo, Leblon, Zona Sul carioca. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), dirigindo uma Land Rover, é parado pela polícia numa blitz de trânsito. Convidado a fazer o teste do bafômetro, ele se recusa. A carteira de habilitação, vencida, é apreendida. Leva duas multas.
A partir daí, o poderoso bunker montado para protegê-lo foi sofrendo alguns abalos.
O Movimento Minas Sem Censura (MSC), bloco de oposição que reúne parlamentares do PT, PMDB, PCdoB e movimentos sociais, descobriu fatos até então desconhecidos. Além de denunciá-los publicamente, fez representações a várias instâncias, pedindo que fossem investigados.
Essas ações não deram em nada até agora.
Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), as tentativas para instalar CPIs não prosperaram. Lá, como em São Paulo, vige a lei da mordaça tucana.
Alceu José Marques Torres, procurador-geral da Justiça de Minas até início de dezembro de 2012, arquivou as duas representações feitas contra o senador, a irmã Andrea Neves e a rádio Arco-Íris.
“Como o procurador nada apurou, nós entramos com a segunda representação”, diz o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), líder do MSC.
“O promotor João Medeiros Silva Neto, do Ministério Público do Estado de Minas, abriu inquérito para investigá-la. Porém, o doutor Alceu avocou para si o processo e arquivou. O então procurador-geral prevaricou.”
Em 31 de maio de 2011, Rogério e os colegas Luiz Sávio de Souza Cruz e Antônio Júlio, ambos do PMDB, foram a Brasília.
Entregaram pessoalmente a Roberto Gurgel representação denunciando Aécio e a irmã dele, Andrea Neves, por ocultação de patrimônio e sonegação fiscal. A representação está na gaveta do procurador-geral da República há 22 meses e 17 dias.
“Como em 2010 Aécio se tornou oficialmente sócio da rádio Arco-Íris, cujo valor de mercado é de R$ 15 milhões, se tinha patrimônio total declarado de R$ 617.938,42?”, questiona Sávio Souza Cruz, vice-líder do MSC.
“Como Aécio viajava para cima e para baixo em jatinho da Banjet, cujo dono preside a Codemig e é dono de empresas que prestam serviços ao governo de Minas? Por que Aécio indicou Oswaldinho para presidir a Codemig?”
Rogério Correia denuncia: “Há fortes indícios de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal. Aécio se recusa a prestar esclarecimentos sobre o seu patrimônio. Andrea destinou dinheiro público para empresas da família. Isso é improbidade administrativa!”
“Em Minas, o Aécio tudo pode”, continua Souza Cruz. “Nós poderíamos ter copiado tantas coisas aprazíveis da Bahia, acabamos por reproduzir uma das menos positivas, o Aecinho Malvadeza.”
“Está tudo dominado”, ele sentencia. “A Assembleia Legislativa homologa tudo o que é do interesse do Aécio. O ex-procurador geral de Justiça de Minas virou o zagueiro do Aécio, nós passamos a chamá-lo de ‘Aéceu’.”
AS DENÚNCIAS MENOSPREZADAS PELA MÍDIA CORPORATIVARádio Arco-Íris, Banjet, Oswaldinho, aplicação de verbas públicas em empresas da família, voos em jatinho do presidente da Codemig, suspeitas de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal, blindagem.
Nenhuma dessas denúncias, praticamente desprezadas pela mídia corporativa, é novidade. Todas, desde 2011, têm sido feitas e reiteradas (confira aqui, aqui e aqui).
O ponto de partida, relembramos, foi o flagrante do teste do bafômetro, em 17 de abril de 2011, na cidade do Rio de Janeiro.
O carro que o senador dirigia na hora da blitz — Land Rover TDV8 Vogue, ano 2010, placa HMA 1003, valor mercado R$ 255 mil, comprado após as eleições de 2010 — pertencia à rádio Arco-Íris, de Belo Horizonte (MG), cujos sócios são Aécio, a irmã Andrea e sua mãe, Inês Maria Neves Faria.
Há anos é propriedade da família Neves. Em 1987, o então deputado federal Aécio Neves ganhou a concessão para explorá-la do à época presidente da República José Sarney, atualmente senador.
Por coincidência, Aécio votou a favor da ampliação do mandato de Sarney para cinco anos, o que lhe valeu entre adversários a alcunha de “Aecinco”.
Antonio Carlos Magalhães, ministro das Comunicações naquele momento, assinou a outorga. Inicialmente a sede da emissora ficava em Betim, depois foi transferida para BH.
A matéria abaixo de Veja, publicada na seção Radar, em 1987, circulou muito após o teste do bafômetro. Ela diz que Aécio já seria proprietário de outras três rádios, em Cláudio, Formiga e São João Del-Rei. Investigação feita em 2011 revelou que oficialmente ele era sócio apenas da Arco-Íris. Estavam em nome de Andrea outra emissora e um jornal em São João Del-Rei.
Aécio, aliás, só passou a integrar legalmente a sociedade da rádio Arco-Íris dois meses após ser eleito senador. Mais precisamente a partir de 28 de dezembro de 2010 com valor declarado à Junta Comercial de Minas Gerais de R$ 88 mil, o equivalente a 88 mil cotas. A mãe, dona Inês Maria Neves Faria, repassou-lhe a maior parte das suas.
Em consequência, as 200 mil cotas da empresa ficaram assim distribuídas: Andrea, 102 mil (51%); Aécio, 88 mil (44%); e dona Inês Maria, 10 mil (5%).
Foi a sétima alteração contratual da empresa, que iniciou atividades em 1986. Abaixo a última página do contrato.
A rádio Arco-Íris, além da Land Rover, era proprietária em 2011 de outros 11 veículos registrados no Departamento de Trânsito de Minas (Detran-MG).
Dos 12 veículos, seis são carros de passeio de luxo, em geral não utilizados para fins empresariais.
Mais surpreendentes foram as frequentes autuações dos veículos da Arco-Íris no Estado do Rio de Janeiro.
Afinal, ela é retransmissora da rádio Jovem Pan FM, tem sede em BH, não possui departamento de Jornalismo e se atém a transmitir músicas para jovens.
As multas aplicadas em 2011 no Toyota Fielder (HEZ1502) e na Land Rover TDV8 Vogue (HMA 1003) decorreram de excesso de velocidade nas cidades de Búzios, Rio Bonito e Rio de Janeiro e em rodovias fluminenses.A informação é do Detran-MG. Abaixo uma do Toyota Fielder (HEZ1502) .
MILAGRE DOS PEIXES
Aécio governou Minas de janeiro de 2003 a abril de 2010. Durante os dois mandatos, a irmã Andrea comandou o Núcleo Gestor de Comunicação Social da Secretaria de Governo, criado por decreto em 3 de abril de 2003, pelo próprio governador.
O setor tinha as funções de:
1) coordenar, articular e acompanhar a execução de toda a política de comunicação social do Estado, inclusive a das secretarias, autarquias, empresas públicas e fundações estaduais;
2) decidir a alocação de recursos financeiros de toda a publicidade do Estado de Minas Gerais, sua administração direta e indireta, até mesmo das empresas controladas pelo poder público mineiro, bem como o patrocínio de eventos e ações culturais e esportivas.
De 2003 a 2010, as despesas com “divulgação governamental” somaram R$ 489 milhões. No primeiro mandato, foram R$ 157 milhões; no segundo, R$ 325 milhões, de acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira do Tesouro (Siafi).
Nesses valores não estão incluídos os gastos com publicidade de empresas públicas ou de economia mista controladas pelo Estado, como as companhias Mineradora (Codemig), Energética (Cemig), Saneamento (Copasa) e Gás (Gasmig), assim como as do Banco de Desenvolvimento de Minas (BMDG) e Loteria estadual (LEMG). Eles totalizaram mais de R$ 325 milhões de 2003 a 2009, conforme o Tribunal de Contas do Estado.
Pois era Andrea quem orientava, determinava e supervisionava quanto, quando, como e onde aplicar todos esses recursos do Estado e suas empresas, diretamente ou via agências de publicidade.
No decorrer das gestões do irmão-governador, o seu núcleo aplicou, a título de publicidade, dinheiro de estatais mineiras e da administração direta estadual na rádio Arco-Íris e em outras empresas de comunicação dos Neves.
Exatamente quanto não se sabe, pois o ex-procurador-geral Alceu José Marques Torres nem ao menos investigou quanto de dinheiro público a rádio Arco-Íris recebeu.
Por falar em patrimônio, em fins de 2010, quando Aécio passou a ser oficialmente sócio da rádio Arco-Íris, o capital social registrado não representava o valor real. Somente os 12 veículos em nome da empresa valiam aproximadamente R$ 714 mil em maio de 2011. Já o valor comercial da emissora, de acordo com fontes do mercado, era de aproximadamente R$ 15 milhões.
Contudo, no início de 2010, ao registrar a candidatura ao Senado, Aécio declarou à Justiça Eleitoral patrimônio total de R$ 617.938,42. Um decréscimo de cerca de 20% em relação ao de 2006. Apenas a parte dele no valor dos automóveis da rádio Arco-Íris seria de R$ 314 mil! Um milagre dos peixes às avessas.
BANJET, CODEMIG, BANDEIRANTES, IM: RELAÇÕES FAMILIARES E COMERCIAIS
Em 2011, o Minas Sem Censura fez outra denúncia contra o senador tucano: Aécio usava gratuitamente os jatinhos da Banjet Taxi Aéreo Ltda, para deslocamentos no Brasil e exterior. “Uma cortesia da empresa”, justificou-se na época.
A Banjet fazia parte do grupo do extinto Banco Bandeirantes, sendo seus donos os empresários Clemente Faria e Oswaldo Borges da Costa Filho.
Oswaldinho (como Oswaldo Borges da Costa Filho é conhecido em Minas) é casado com Beatriz Faria Borges da Costa, filha do banqueiro Gilberto de Andrade Faria, que foi padrasto de Aécio. Gilberto, falecido em 2008, casou-se em segundas núpcias com dona Inês Maria, com quem viveu durante 30 anos.
Clemente, morto em acidente aéreo em julho de 2012, é o outro filho do primeiro casamento do banqueiro Gilberto Faria. Clemente, portanto, era cunhado do Oswaldinho, seu sócio na Banjet.
Pois Oswaldinho e Clemente eram sócios em outras empresas, entre elas a Star Diamante Ltda (nome fantasia Starminas), criada em setembro de 2003. Em 4 de fevereiro de 2004, Clemente transferiu todas as suas cotas para Oswaldo Borges da Costa Neto, que já era sócio, e Oswaldinho, a quase totalidade. Costa Neto é filho de Oswaldinho e ficou com 259.999 cotas das 260 mil cotas da empresa. Abaixo fragmento da última página do contrato social de constituição dela.
A essa altura, Oswaldo Borges da Costa Filho já presidia a Companhia Mineradora de Minas (Comig), como mostra nota publicada pelo jornal O Estado de Minas em 24 de setembro de 2003, página 17.
No final de 2003, a Comig teve nome e objeto social alterados para Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
Codemig é uma empresa pública e como tal o diretor-presidente deve ser eleito pelo seu conselho. Mas, na prática, é quem o governador indicar. Em 2003, com Aécio no poder, Oswaldinho – genro do padrasto de Aécio – passou a presidir a Comig, depois a Codemig, cargo que ocupa até hoje.
Não haveria aí conflito de interesses?
Explico. A mineração é uma das áreas de atuação da Codemig. Além disso, Oswaldo Borges da Costa Filho era sócio ou integrava a diretoria de várias empresas, segundo levantamento feito na Junta Comercial de Minas Gerais em 16 de maio de 2011. Entre elas, a Minasmáquinas S/A e a Bamaq S/A – Bandeirantes Máquinas e Equipamentos, que também pertenceram ao grupo do extinto Banco Bandeirantes e mantêm relações comerciais com o Estado de Minas Gerais, segundo o bloco de oposição Minas Sem Censura.
Curiosamente, um dos endereços do liquidado Banco Bandeirantes — Avenida Rio de Janeiro, 600, Belo Horizonte – era o mesmo da IM Participações e Administração Ltda.
Gilberto Faria, relembramos, era dono do extinto Banco Bandeirantes e foi padrasto de Aécio.
A IM, por sua vez, tem como sócios os irmãos Neves da Cunha — Aécio, Andrea e Ângela, a mais nova do clã. A mãe é a administradora. Dona Inês Maria atuou também na gestão do Bandeirantes e foi sócia do marido, o banqueiro Gilberto Faria, em algumas empresas, como a Trevo Seguradora.
A investigação pedida pela oposição mineira poderia esclarecer, por exemplo, se houve alguma triangulação entre o Banco Bandeirantes e a IM.
ASSESSORIA DE AÉCIO: ”MOTIVAÇÃO MERAMENTE POLÍTICA”
Esta repórter buscou falar com o senador e a irmã, para saber o que teriam a dizer sobre as representações feitas contra ambos pelo Minas Sem Censura.
Foram muitos e-mails e telefonemas para o gabinete de Aécio, em Brasília, com a secretária driblando: “os assessores de imprensa estão em Minas”, “estou tentando contatá-los, mas não consigo”.
Até que, depois de muita insistência, veio esta resposta:
A assessoria do senador Aécio Neves informa que se trata de antigas iniciativas de dois deputados de oposição ao PSDB de Minas Gerais, amplamente noticiadas à época e sobre as quais foram prestados todos os esclarecimentos. É nítida a motivação meramente política das mesmas. Registre-se que uma delas chegou a ser apresentada por duas vezes, tendo sido, nas duas ocasiões, investigada e arquivada por falta de fundamento.
De Andrea, nenhum retorno. Em 2003, o então governador Aécio Neves nomeou-a para a presidência doServas (Serviço Voluntário de Assistência Social), cargo que ocupa até hoje. Está na terceira gestão. O site da entidade informa:
O Serviço Voluntário de Assistência Social – Servas é uma associação civil, de direito privado, sem fins econômicos, que tem como objetivo promover e executar ações sociais em Minas Gerais, dotado de autonomia administrativa, financeira e operacional. É reconhecido como entidade de utilidade pública nos níveis municipal, estadual e federal. Existe desde 1951.
Andrea Neves da Cunha permanece na presidência do Servas, de janeiro de 2011 até a presente data, dando continuidade aos programas já existentes, em parceria com o Governo de Minas, empresas e entidades de classe.
Após vários e-mails e telefonemas ao setor de Comunicação do Servas nos últimos 25 dias, a chefe do setor alegou: “Andrea está de férias, não posso encaminhar para ela”.Em resposta a mais um e-mail enviado por esta repórter, ela respondeu nessa quinta-feira 14: “A senhora Andrea já retornou de férias, mas ainda não pude tratar com ela sobre seu pedido. Havendo um retorno, informo”.
DENÚNCIA CONTRA AÉCIO E ANDREA NA GAVETA DE GURGEL HÁ QUASE 23 MESES
Em 31 de maio de 2011, os deputados Sávio de Souza Cruz, Antonio Júlio e Rogério Correia entregaram nas mãos do procurador-geral da República, em Brasília, a representação contra Aécio e Andrea.
Gurgel fez questão de ir com os parlamentares até o setor de protocolo da Procuradoria Geral da República (PGR). Aí, a representação recebeu o número 1.00.000.006651/2011-19.
“Ligávamos de vez em para o setor de protocolo e a informação era de que não havia novidade”, diz Correia. “Sabíamos apenas que a representação não havia sido arquivada nem inquérito aberto.”
“No dia 29 de janeiro, ligamos e nos disseram que no dia 18 de dezembro de 2012, a Coordenadoria de Comunicações Administrativas (CCA) remeteu a representação e um relatório para o doutor Gurgel”, acrescenta Correia. “Nos disseram que estão na mesa dele.”
Ao Viomundo, a Secretaria de Comunicação da PGR limitou-se a dizer antes do Carnaval: “O documento protocolado pelos deputados encontra-se em análise no gabinete do procurador-geral”.
Nesta sexta-feira 15, voltamos a contatar a Secretaria de Comunicação da PGR para saber se havia tido alguma mudança nesse período. A resposta foi “não“.
Fontes da própria PGR nos disseram que até 28 de janeiro de 2013 — portanto, um dia após Correia ligar para lá — não havia sido dado qualquer despacho na representação protocolada em 31 de maio de 2011, que continua na gaveta do procurador.
Oficialmente não é da alçada da CCA dar parecer jurídico sobre qualquer representação. É um setor grande da PGR. Aí, ficam expediente, protocolo, arquivo, publicação.
Além disso, mesmo não existindo arquivamento, o status da representação dos deputados mineiros contra Aécio e Andrea estava gravado como “arquivado” no sistema. Isso sempre acontece quando o processo está parado há mais três meses.
“Diante de todas essas denúncias, não há outra saída para doutor o Roberto Gurgel a não ser abrir inquérito junto ao STF contra Aécio Neves”, espera Rogério Correia. “Do contrário, ele estará prevaricando.” Sávio Souza Cruz afirma: “Espero que o procurador-geral da República cumpra a Constituição”.
A propósito. Enquanto a representação contra Aécio e Andrea Neves dorme há quase 23 meses na gaveta de Gurgel, ele decidiu, em cinco meses, o destino das acusações feitas em setembro de 2012 pelo publicitário Marcos Valério de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria recebido vantagens financeiras do esquema do mensalão.
No dia 6 de fevereiro, o procurador-geral resolveu mandar para Minas o processo. Nessa quinta 14, o Ministério Público Federal (MPF), em Belo Horizonte, recebeu o depoimento de Valério contra Lula.
“A denúncia de Marcos Valério, réu já condenado, querendo benefício para reduzir pena, foi rapidamente remetida ao MPF para investigação”, compara Correia. ” Já a de duas bancadas, representando 19 deputados estaduais, contra Aécio e Andrea está sem nenhuma providência desde maio de 2011.”“Parece que o Marcos Valério, como fonte de denúncia, tem mais credibilidade para o procurador-geral do que as bancadas estaduais de Minas dos dois maiores partidos do Brasil”, diz Sávio Souza Cruz. Correia finaliza: “É o cúmulo do partidarismo”.
Leia também:
Rogério Correia: “Valério operou ao mesmo tempo para o Aécio e o PT”
Foi assim que Aécio levantou
R$ 166 milhões para 2012-2014?
O Procurador Federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO-MG), um documento que mostra uma lista de políticos, partidos e empresas numa operação para, supostamente, financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e vereadores.
O Conversa Afiada tem a informação de que o promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à Procuradoria Geral da República, já que entre os suspeitos estão políticos com direito a foro privilegiado.
No documento, onde se lê “consórcio” é possível entender que dele façam parte operações à margem da legislação eleitoral.
O arquivo teria sido enviado ao candidato a Presidente Aécio Neves (PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro, à época Secretário de Estado de Governo de Minas e possível operador do esquema. Nessas eleições, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao Governo de Minas.
A movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos – principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de 2012. Entre eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu este ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e 500 mil a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos.
Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos citados, estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São Paulo, que teria recebido R$ 3 milhões e 600 mil, o prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), R$ 7 milhões, Arthur Virgilio (PSDB), prefeito de Manaus (AM), R$ 600 mil, Geraldo Julio (PSB), prefeito de Recife (PE) R$ 550 mil e o senador José Agripino Maia (DEM), R$ 2 milhões e 300 mil “por intermédio” do deputado Gustavo Correia (DEM-MG), de acordo com o documento.
Os recursos podem ter saído de mais de 150 empresas dos mais diversos setores, como alimentação, construção civil, bancos, associações e sindicatos. Algumas foram citadas recentemente pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Correa.
Chamam a atenção supostas doações de grupos como Conselho Federal de Medicina, que se envolveu na polêmica do programa Mais Médicos, que teria cedido R$ 40 mil, Federação Mineira dos Hospitais R$ 45 mil, Federação das Santas Casas de MG com R$ 100 mil, Associação Espírita o Consolador com R$ 160 mil, Associação dos cuidadores de idosos de MG, com R$ 200 mil, UGT (União Geral dos Trabalhadores) R$ 50 mil e Sindicato dos ferroviários R$ 55 mil. Além de bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú e Mercantil do Brasil.
Outras que aparecem são empresas ligadas a governos, como a CEMIG, companhia de energia de Minas, que teria doado R$ 6 milhões, a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) R$ 3 milhões e a Fundep (Fundação de desenvolvimento da Pesquisa) instituição que realiza a gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Alguns dos doadores já são denunciados por participar de esquemas polêmicos. Um deles é o dono da Stillus Alimentação Ldta, Alvimar Perrela, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do deputado Zezé Perrela. Segundo matéria de O Globo, “ele é acusado de liderar um esquema de fraudes que o fez vencedor em 32 licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas para presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de 2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu cerca R$ 80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas”.
A Construtora Cowan, uma das responsáveis pela construção do viaduto que caiu em Belo Horizonte, de acordo com os documentos, teria cedido ao esquema R$ 650 mil.
Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas.
O dinheiro arrecado teria irrigado, principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.
Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas.
O dinheiro arrecado teria irrigado, principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.
Abaixo, o documento na íntegra:
Em tempo: membros da oposição na Assembleia Legislativa de Minas chegaram a convocar uma coletiva para divulgar esse documento. Mas cancelaram, sobretudo, porque ele menciona nomes que fazem parte de um grupo que pode vir a apoiar o Governo de Fernando Pimentel.
Em tempo2: Na ilustração do alto, o amigo navegante pode observar que o documento com o timbre do 7o ofício de notas de Belo Horizonte, situado à Rua dos Goytacases, número 43, centro, datado de 04/09/2012, teve a assinatura de Danilo de Castro reconhecida no dia 02/10/2012, pelo escrevente Gustavo Correia Eunapio Borges no 7o ofício de notas de Belo Horizonte.
Filiado ao PSDB-MG, foi Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais e Deputado Federal, eleito por três vezes consecutivas.
Em tempo3: O Conversa Afiada encaminhou este post ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Dias Toffoli, com a pergunta: se for verdade, que Democracia e que eleições são essas?
Em tempo4: atento amigo navegante liga para observar que a cidade de Cláudio teriam sido destinados R$ 300 mil , possivelmente ao Titio, e, talvez, antes de ele manter a guarda da chave do aeroporto….
Paulo Henrique Amorim com Alisson Matos
Em tempo2: Na ilustração do alto, o amigo navegante pode observar que o documento com o timbre do 7o ofício de notas de Belo Horizonte, situado à Rua dos Goytacases, número 43, centro, datado de 04/09/2012, teve a assinatura de Danilo de Castro reconhecida no dia 02/10/2012, pelo escrevente Gustavo Correia Eunapio Borges no 7o ofício de notas de Belo Horizonte.
Filiado ao PSDB-MG, foi Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais e Deputado Federal, eleito por três vezes consecutivas.
Em tempo3: O Conversa Afiada encaminhou este post ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Dias Toffoli, com a pergunta: se for verdade, que Democracia e que eleições são essas?
Em tempo4: atento amigo navegante liga para observar que a cidade de Cláudio teriam sido destinados R$ 300 mil , possivelmente ao Titio, e, talvez, antes de ele manter a guarda da chave do aeroporto….
Paulo Henrique Amorim com Alisson Matos
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/10/17/foi-assim-que-aecio-levantou-r-166-milhoes-para-2012-2014/
Em Minas, os tucanos impedem qualquer CPI. Conheçam as provas
da Redação
No debate realizado no SBT nessa quinta-feira 16, o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) disse que o governo da candidata Dilma Rousseff (PT) age para barrar CPIs no Congresso Nacional.
Como cara de pau, Aécio é um bom ator.
Durante o período em que foi governador de Minas, de 2003 a 2010, Aécio impediu todas as CPIs propostas para investigar irregularidades de seu governo.
Levantamento feito em 2013 pelo Minas Sem Censura e publicado pelo Viomundo comprova: em toda a história republicana da Assembleia Legislativa, os oito anos de governo Aécio/Anastasia foram os que menos investigaram e apuraram denúncias, indícios, suspeitas e irregularidades que dizem respeito aos interesses do povo mineiro.
Como muitos desconhecem esse levantamento, nós o republicamos hoje, 17 de outubro, às 13h18.
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Minas Sem Censura comprova ditadura tucana
Para muitos, falar em “Estado de Exceção” em Minas Gerais, constitui um exagero. Não porque os tucanos não o queiram, mas porque vivemos numa Federação e, mesmo que tenham tais pretensões, não poderiam atropelar a ordem constitucional, no plano nacional.
Mas, além da coerção econômica sobre veículos de imprensa comerciais, comprando a adesão (como denuncia o deputado Sávio Souza Cruz), e além dos mecanismos de cooptação de agentes de poderes e órgãos de fiscalização, vamos apresentar alguns indicadores que deixarão boaquiabertos os que acham exagerada a crítica ao “Estado de Exceção”.
Trata-se de uma comparação simples entre a realização de Comissões Parlamentares de Inquérito e Comissões de Sindicância (predecessoras das CPIs) na ALMG, desde os tempos do Regime Militar e nos oito anos de governo Aécio/Anastasia.
De 1965 até 1984 aqui foram realizadas 30 CPIs. Sobre os mais variados temas da administração pública direta, indireta, dos setores mais dinâmicos da economia (mineração), meio-ambiente, habitação, sistema prisional etc.
Do ano do famigerado AI5, 1968, até 1984 foram 26 CPIs. Ou seja, mais de uma por ano. Enquanto que nos dois governos de Aécio/Anastasia foram apenas duas durante os oito anos: ou seja 0,25 CPI por ano!
Mesmo no governo do tucano Eduardo Azeredo (1995-1998) foram 10. No de Itamar Franco (1999-2002) foram 17.
Isso sem contar milhares de requerimentos solicitando informações aos poderes constituídos, coisa que no atual governo Anastasia é sumariamente vetado ao Bloco Minas Sem Censura.
Afirmamos claramente: em toda a história republicana da Assembleia Legislativa, os oito anos de governo Aécio/Anastasia foram os que menos investigaram e apuraram denúncias, indícios, suspeitas e irregularidades que dizem respeito aos interesses do povo mineiro.
Veja abaixo a lista das CPIs desde 1965:
Gerência-Geral de Documentação e Informação
Relação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s) e Comissões de Sindicância instaladas a partir de 1963:
Só estão listadas as comissões que possuem relatório final no Arquivo da ALMG
Base: 29/06/2005
CPIs 1963 a 1966 (5ª LEGISLATURA)
1 — CPI – IPES – 1963 — Relatório Final — sem data de publicação.
2 — CPI – HIDROMINAS — 1963 – Relatório Final — sem data de publicação.
Comissões de Sindicância 1963 a 1966 (5ª LEGISLATURA)
3 — COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – REFORMA E AMPLIAÇÃO DO PRÉDIO DA ALMG – PALÁCIO DA INCONFIDÊNCIA – Relatório Final de 14/06/65 sem data de publicação.
4 — COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – MANESSMANN – 1965 – Relatório Final – 17/12/65.
5 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – DENÚNCIAS DEP. ATHOS VIEIRA DE ANDRADE – PERSEGUIÇÃO POLÍTICA – 1966 — Relatório Final sem data de publicação.
Comissões de Sindicância 1967 a 1970 (6ª LEGISLATURA)
6 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – CRISE DA MANTEIGA E DERIVADOS DO LEITE – 1968 — Relatório Final sem data de publicação.
7 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – JAPONAS — 1968/69 — Relatório Final sem data de publicação.
8– COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – ACESITA – 1967 – Relatório Final sem data de publicação.
9 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – MANGANÊS / MG – 1965 – Relatório Final sem data de publicação.
CPIs 1971 a 1974 (7ª LEGISLATURA)
10 — CPI – POLUIÇÃO – RIO SÃO FRANCISCO – 1972 – Relatório Final sem data de publicação.
Comissões de Sindicância 1971 a 1974 (7ª LEGISLATURA)
11 — COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – DIVERSIFICAÇÃO (LIVROS DIDÁTICOS/UNIFORMES/MG) – 1973 — Relatório Final sem data de publicação.
12 — COMISSÃO SINDICÂNCIA – COLÔNIA SANTA ISABEL – 1972 – Relatório Final sem data de publicação.
CPIs 1975 a 1978 (8 ª LEGISLATURA)
13 — CPI – MBR/SERRA DO CURRAL – 1975 – Relatório Final em 11/06/75.
14 — CPI – CARTÉIS – 1975 – Relatório Final publicado DL em 23/11/75.
15 — CPI – CANA DE AÇÚCAR – 1976 – Relatório Final em 18/08/76.
16 — CPI — RIO DAS VELHAS E PARAOPEBA – 1978 – Relatório Final sem data de publicação.
17 — CPI – AGENCIAMENTO/RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS – LEOPOLDINA – 1978 – Relatório Final sem data de publicação.
Comissões de Sindicância 1975 a 1978 (8 ª LEGISLATURA)
18 – COMISSÃO SINDICÂNCIA – SECA NORTE DE MINAS – 1976 – Relatório Final publicado DL em 27/08/76.
19 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – INPS – 1977 – Relatório Final sem data de publicação.
20 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – TORTURA/VIOLÊNCIA – POLÍCIA CIVIL – AO OPERÁRIO JORGE DEFENSOR – 1977 – Relatório Final sem data de publicação.
21 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – REMOÇÃO IMAGENS DO ACERVO HISTÓRICO DE MINAS GERAIS PARA O RIO DE JANEIRO – 1978 – Relatório Final sem data de publicação.
CPIs 1979 a 1982 (9ª LEGISLATURA)
22 — CPI – TERRORISMO / MG – 1980 – Relatório Final publicado DL em 10/10/1980.
23 — CPI – VÍTIMA DAS ENCHENTES – 1979 – Relatório Final sem data de publicação.
24 — CPI – COHAB – 1982 – Relatório Final publicado em 23/09/1982.
25 — CPI – DENÚNCIAS DO GAL. JOSÉLIO LOPES BRAGANÇA — 1980 — Relatório Final em 23/08/1980.
Comissões de Sindicância 1979 a 1982 (9ª LEGISLATURA)
26 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA — BARRAGEM DE TRÊS MARIAS – 1980 – Relatório Final em 05/12/1980.
27 — COMISSÃO SINDICÂNCIA – RÁDIO INCONFIDÊNCIA – 1980 – Relatório Final em 26/11/1980.
28 – COMISSÃO DE SINDICÂNCIA – TRANSPORTE COLETIVO – AUMENTO DE TARIFAS – 1981 – Relatório Final sem data de publicação.
CPIs 1983 a 1986 (10ª LEGISLATURA)
29 — CPI – PRESÍDIO SANTA TEREZINHA/JUIZ DE FORA – 1983 – Relatório Final publicado DL em 18/11/1983.
30 — CPI – TRANSBORDAMENTO DO RIO ARRUDAS – 1983 – Relatório final sem data de publicação.
31 — CPI – BNH – 1983 – Relatório Final publicado DL em 10/12/1983.
32 — CPI – PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA DE NEVES – 1984 – Relatório Final publicado DL em 07/06/1984.
33 — CPI – SISTEMAS PENITENCIÁRIOS – 1985 – Relatório Final sem data de publicação.
34 — CPI – RURALMINAS – 1985 – Relatório Final publicado “DL” em 27/06/1985.
35 — CPI – TORTURAS A MENORES NA DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ORIENTAÇÃO A MENORES – 1986 – Relatório Final publicado DL em 17/05/1986.
CPIs 1987 a 1990 (11ª LEGISLATURA)
36 – CPI CANA DE AÇÚCAR: Relatório Final — Resolução n º 4386/87 – Publicação: DL em 04/12/87, pág. 20, col. 1.
37 – CPI REFORMA ADMINISTRATIVA: Constituída em 10/04/87 — Relatório Final – Resolução n º 4447/87 — Publicação: DL em 14/11/87.
38 – CPI GRUPOS OMETTO E AGRIVALE — Projeto Jaíba: Constituída em 30/05/87 – Relatório Final – Publicação DL em 20/04/88.
39 – CPI DER – Constituída em 12/11/87 – Relatório Final – Publicação em 16/04/88.
40 – CPI FIAT – Constituída em 27/03/87 – Relatório Final – Resolução n º 4372/87 – Publicação DL em 30/09/87, pág. 35, col.1.
41 – CPI LOTERIA DO ESTADO DE MG: Constituída em 22/10/87 – Relatório Final – Publicação DL em 29/03/88.
42 – CPI METROBEL: Constituída em 26/03/87 – Relatório Final – Resolução nº 4387/87 – Publicação DL em 04/12/87, pág. 20, col.1.
43 – CPI CEMIG I: Constituída em 26/04/88 – Relatório Final – Resolução 5024/88 – Publicação DL em 14/10/89.
44 – CPI EDITORA LEMI: Constituída em 17/03/88 – Relatório Final – PRE 1004/88 – Publicação DL em 23/08/88 – ERRATA publicada em 24/08/88.
45 – CPI FAZENDA MAQUINÉ: Constituída em 11/08/88 – Relatório Final – Resolução 5057/90 – Publicação DL em 22/05/90, pág. 04, col. 1.
46 – Resolução 6518/89 — VAGAS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO: Constituída em 08/04/89 – Relatório Final – Publicação DL em 10/11/89.
47 – CPI IEF: Constituída em 21/04/89 – Relatório Final – Publicação DL em 12/12/89.
48 – PIROCLORO/NIÓBIO EM ARAXÁ: Constituída em 16/03/90 – Relatório Final – Resolução 5089/90 – Publicação DL em 28/12/90, pág. 43. , col. 1.
49 – AIRP (ASSESSORIA DE IMPRENSA E RELAÇÕES PÚBLICAS DO GOVERNO) — CPS transformada em CPI – Relatório Final – Publicação DL em 07/08/90.
50 – CAMIG/METAMIG: Constituída em 15/05/90 – Relatório Final – publicação DL em 13/10/90.
51 – TRANSPORTE COLETIVO INTERMUNICIPAL: 1990 92 – Relatório Final sem data de publicação.
CPIs 1991 a 1994 (12ª LEGISLATURA)
52 — CPI PARA APURAR DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES NO PAGAMENTO DO PESSOAL DA FUNDAÇÃO RURAL MINEIRA — RURALMINAS — -DESVIO DE DOCUMENTAÇÃO E PROVÁVEIS IRREGULARIDADES NA ALIENAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS E DE TERRAS PÚBLICAS DA ENTIDADE, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO RAUL MESSIAS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 27/08/1991, PÁGINA 48, COLUNA 3.
53 — CPI PARA INVESTIGAR OS FATORES QUE DETERMINAM O CÁLCULO DAS TARIFAS, A EXPLORAÇÃO DOS TRANSPORTES INTERMUNICIPAIS PELAS CONCESSIONÁRIAS E O DIREITO DE EXPLORAÇÃO, PARA A ADTER, DO TERMINAL RODOVIÁRIO DE BELO HORIZONTE, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO MARCOS HELÊNIO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 30/10/1991, PÁGINA 50, COLUNA 3.
54 — CPI PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES PRATICADAS PELO PODER EXECUTIVO DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL PARA ELEIÇÃO DE PREFEITOS E VEREADORES, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO GUALTER MONTEIRO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 12/10/1991, PÁGINA 49, COLUNA 1.
55 — CPI PARA APURAR OS FATOS QUE DERAM ORIGEM À LIQÜIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DA MINASCAIXA, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO GERALDO REZENDE. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 21/09/1991, PÁGINA 48, COLUNA 3.
56 — CPI PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NO PROGRAMA PRÓ-HABITAÇÃO, A CARGO DA COMPANHIA HABITACIONAL DE MINAS GERAIS — COHAB-MG, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO JOSÉ MILITÃO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 07/03/1992, PÁGINA 52, COLUNA 3.
57 — CPI PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA PRIVATIZAÇÃO DA CAMIG E EM TODO O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO PRATICADO PELO GOVERNO MINEIRO DESDE 1987, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO JOSÉ MILITÃO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 12/05/1993, PÁGINA 14, COLUNA 2.
58 — CPI PARA APURAR O ENVOLVIMENTO DE POLICIAIS LIGADOS À QUINTA DELEGACIA REGIONAL DE POLÍCIA DE GOVERNADOR VALADARES, NA FORMAÇÃO DE UMA QUADRILHA DESTINADA A PRÁTICAS CRIMINOSAS, TAIS COMO ASSASSINATO DE PESSOAS, TORTURA E CORRUPÇÃO, DENOMINADA PELA IMPRENSA DE “COMANDO DE MORTE”, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO MARCOS HELÊNIO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 21/05/1993, PÁGINA 27, COLUNA 3.
59 — CPI PARA APURAR O ENVOLVIMENTO DE POLICIAIS CIVIS LOTADOS NA OITAVA DELEGACIA REGIONAL DE POLÍCIA DE MONTES CLAROS EM POSSÍVEIS IRREGULARIDADES DENUNCIADAS PELO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO MUNICÍPIO, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO ROBERTO AMARAL. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 07/07/1993, PÁGINA 39, COLUNA 2.
60 — CPI PARA INVESTIGAR, NO PRAZO DE 120 DIAS, A EXISTÊNCIA DE ESCRAVIDÃO POR DÍVIDAS DE TRABALHO NO DESMATAMENTO E PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NA REGIÃO NORTE DE MINAS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM29/12/1994, PÁGINA 69, COLUNA 2.
CPIs 1995 a 1998 (13ª LEGISLATURA)
61 — CPI PARA INVESTIGAR A PROSTITUIÇÃO INFANTIL NA REGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO DIMAS RODRIGUES E OUTROS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 22/09/1995, PÁGINA 6, COLUNA 2.
62 — CPI PARA INVESTIGAR A DESAPROPRIAÇÃO REALIZADA PELA CODEVASF NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO GORUTUBA, NA REGIÃO NORTE DE MINAS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 18/11/1995, PÁGINA 3, COLUNA 4.
63 — CPI PARA INVESTIGAR A EXISTÊNCIA DE ESCRAVIDÃO POR DÍVIDAS DE TRABALHO NO DESMATAMENTO E PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL NA REGIÃO DO NORTE DE MINAS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 02/04/1996, PÁGINA 4, COLUNA 1.
64 — CPI PARA APURAR DENÚNCIAS CONTRA A CHAMADA “MÁFIA DO CARVÃO”, QUE VEM ATUANDO PRINCIPALMENTE NO NORTE DE MINAS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 17/04/1996, PÁGINA 16, COLUNA 2.
65 — CPI PARA PROCEDER A ESTUDOS SOBRE O PROCESSO DE APURAçÃO DOS ÍNDICES DO VALOR ADICIONADO FISCAL – VAF, DOS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS E APURAR AS VARIAÇÕES NO VAF DOS MUNICÍPIOS DE CONTAGEM, CONGONHAS E VARGINHA. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 01/11/1996, PÁGINAS 14 E 15.
66 — CPI PARA APURAR DIVERSAS DENÚNCIAS QUE ENVOLVEM O SISTEMA PENITENCIÁRIO DO ESTADO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 13/09/1997, PÁGINA 35, COLUNA 4.
67 — CPI PARA INVESTIGAR A FALTA DE REPASSES DO TESOURO ESTADUAL AO IPSEMG. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 19/02/1998, PÁGINA 15, COLUNA 2.
68 — CPI PARA APURAR A DESTINAÇÃO DOS ARQUIVOS DO DEPARTAMENTO DE ORDEM POLITICA E SOCIAL — DOPS, A REQUERIMENTO DO DEP. ADELMO CARNEIRO LEAO E OUTROS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 16/06/1998, PÁGINA 28 COLUNA 4.
69 — CPI PARA PROCEDER A APURAÇÃO DE DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES NO FUNCIONAMENTO DOS BINGOS EM MINAS GERAIS, A REQUERIMENTO DO DEPUTADO DURVAL ANGELO E OUTROS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIARIO DO LEGISLATIVO EM 03/07/1998 PÁGINA 75 COL 2.
70 — CPI PARA APURAR A INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE GARIMPOS NOS RIOS DO TERRITÓRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS E SEUS EFEITOS DEVASTADORES E CORRUPTORES, A REQUERIMENTO DO DEP. RAUL LIMA NETO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 14/08/1998, PÁGINA 28 COLUNA 3.
71 — CPI PARA APURAR A ENTRADA DE MEDICAMENTOS FALSOS NA REDE HOSPITALAR PÚBLICA E PRIVADA, BEM COMO A COMERCIALIZAÇÃO DOS MESMOS NO ESTADO, A REQUERIMENTO DO DEP. IRANI BARBOSA E OUTROS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DIÁRIO DO LEGISLATIVO EM 23/12/1998, PÁGINA 30 COLUNA 1.
CPIs 1999 a 2002 (14ª LEGISLATURA)
72 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA ALIENAÇÃO DE 33% DAS AÇÕES DA CEMIG (CPI DA CEMIG). RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 18/09/1999, PAG 27 COL 1.
73 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA EMISSÃO DE CARTEIRAS DE HABILITAÇÃO DE MOTORISTAS PELO DETRAN DE MINAS GERAIS, BEM COMO O ENVOLVIMENTO DE POLICIAIS CIVIS NAS DENÚNCIAS. CPI DA CARTEIRA DE HABILITAÇÃO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 01/10/1999, PÁG 26 COL 1.
74 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR POSSÍVEIS DESVIOS DE RECURSOS PERTENCENTES AOS FUNDOS DO PODER EXECUTIVO E DE RECURSOS VINCULADOS TRANSFERIDOS PELA UNIÃO AO ESTADO. CPI DOS FUNDOS. RELATÓRIO PUBLICADO NO DL EM 23/10/1999, PAG 30 COL 4.
75 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA PROCEDER À APURAÇÃO DO DESVIO DE REPASSES DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DEVIDAS AO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS – IPSM, TANTO AS PARCELAS DESCONTADAS DOS SEGURADOS QUANTO AS DEVIDAS PELO ESTADO DE MINAS GERAIS E, AINDA, DA CORREÇÃO NA GESTÃO FINANCEIRA DA ENTIDADE, ESPECIALMENTE SUA POLÍTICA DE BENEFÍCIOS. CPI DO IPSM. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 23/03/2000, PÁG 18 COL 2.
76 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA PROCEDER À APURAÇÃO DE MALVERSAÇÃO DE RECURSOS NA CONSTRUÇÃO DE PEQUENOS BARRAMENTOS NA REGIÃO AFETADA PELAS SECAS EM MINAS GERAIS, NO NORTE DE MINAS, VALE DO JEQUITINHONHA E DO MUCURI. CPI DAS BARRAGENS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 27/05/2000, PÁG 53 COL 4.
77 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR O PROCESSO DE AJUSTE E AS TRANSFORMAÇÕES NO SISTEMA FINANCEIRO ESTADUAL NA DÉCADA DE NOVENTA, COM DESTAQUE PARA A PRIVATIZAÇÃO DO BEMGE.CPI DOS BANCOS OU CPI DO SISTEMA FINANCEIRO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 27/06/2000, PÁG 22 COL 3.
78 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR O TRÁFICO DE DROGAS NO ESTADO. CPI DO NARCOTRÁFICO. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 20/12/2000, PÁG 29 COL 3.
79 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR AS POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NOS PROCESSOS LICITATÓRIOS REALIZADOS COM DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO PELO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS A PARTIR DE JANEIRO DE 1995. CPI DAS LICITAÇÕES. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 10/05/2001, PÁG 18 COL 2.
80 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR AS DENÚNCIAS DE FAVORECIMENTO NOS PAGAMENTOS FEITOS NO PERÍODO DE JULHO A DEZEMRO DE 1998, A CONSTRUTORAS QUE MANTINHAM CONTRATOS COM O ESTADO. CP I DAS CONSTRUTORAS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 27/06/2000, PÁG 22 COL 2.
81 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR AS POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA EXECUÇÃO DE OBRAS MUNICIPAIS FINANCIADAS COM RECURSOS DO FUNDO SOMMA. CPI DO FUNDO SOMMA. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 17/05/2001, PÁG 18 COL 2.
82 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR AS DENÚNCIAS DE MÁ UTILIZAÇÃO E DESVIOS DAS VERBAS DO FUNDEF — FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO — EM MUNICÍPIOS MINEIROS. CPI DO FUNDEF. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 10/05/2001, PÁG 16 COL 2.
83 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR AS DENÚNCIAS SOBRE CORRUPÇÃO NA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, APONTADAS PELO EX-SECRETÁRIO, DEP. ADELMO CARNEIRO LEÃO, ABRANGENDO DESDE EMISSÃO DE NOTAS FALSAS A SUPERFATURAMENTO NA FUNED, ALÉM DA TERCEIRIZAÇÃO DESNECESSÁRIA PARA A LAVAGEM DE ROUPAS NA FHEMIG. CPI DA SAÚDE. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 20/09/2001, PÁG 16 COL 3.
84 — COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES ENVOLVENDO O CONTRATO DE EXPLORAÇÃO DO TERMINAL RODOVIÁRIO ISRAEL PINHEIRO FILHO, MANTIDO ENTRE O DER-MG E A EMPRESA ADTER CPI DA RODOVIÁRIA. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 22/12/2000, PÁG 25 COL 1.
85 -– COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA APURAR OS MECANISMOS DE FORMAÇÃO DO PREÇO DO LEITE NA INDÚSTRIA E NO COMÉRCIO E INVESTIGAR INDÍCIOS EXISTENTES DE CARTELIZAÇÃO. CPI DO PREÇO DO LEITE. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 18/04/2002 PÁG 23 COL 1.
86 — Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as Condições de Trabalho dos Profissionais que Atuam na Indústria Extrativa de Minas Gerais. CPI das Carvoarias. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 05/09/2002, 21 col 1.
87 — Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis irregularidades nas minas exploradas pela Mineração Morro Velho Ltda., com Sede no Município de Nova Lima, no que se Refere a Condições de Trabalho nas Minas, Acordos Individuais e Coletivos de Trabalho, Valores e Forma de Pagamento das Indenizações aos Portadores de Silicose e Grau de Dano Social Causado pela Doença na Região. CPI da Mineração Morro Velho. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 30/05/2002, pág 41 col 3.
88 — Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o funcionamento do sistema prisional do Município de Ribeirão das Neves e outros, verificando a possível participação do poder público com grupos criminosos organizados, no esquema de facilitação de fuga, tráfico de droga, liberdade e soltura extra-legal. CPI do Sistema Prisional. RELATÓRIO PUBLICADO NO DL EM 19/12/2002, PÁG 29 COL 4.
89 — Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis irregularidades no processo de arrecadação, por parte do Poder Público, de custas e emolumentos devidos por serviços prestados pelos Serviços Notariais e de Registro no Estado, doravante denominada CPI DOS CARTÓRIOS. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 19/12/2002, PÁG 27 COL 1.
CPIs 2003 a 2006 (15ª LEGISLATURA)
90 — Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar denúncias de atuação de quadrilhas de crime organizado no desaparecimento de milhares de sacas de café no Estado de Minas Gerais, bem como a sonegação fiscal e prejuízo ao erário. CPI DO CAFÉ. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 18/12/2004, PÁG 64 A 69
91 — Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a regularidade dos processos de licenciamento prévio, instalação e de operação das atividades da MBR no Estado de Minas Gerais, bem como do julgamento dos recursos dos autos de infração atribuídos àquela mineradora. CPI da Mina Capão Xavier. RELATÓRIO FINAL PUBLICADO NO DL EM 22/09/2005, PÁG 41 COL 3.
Leia também:
Ségio Moro, juiz federal no Paraná, a serviço do PSDB:
Autor: Luis Nassif
Não confunda Sérgio Moro com Fausto De Sanctis
Uma pessoa é ela e suas circunstâncias. Um juiz é seu conhecimento e suas circunstâncias.
A Ajufe (Associação dos Juízes Federais), por eleição direta, indicou três juízes federais como seus candidatos para ocupar uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Dois deles que viveram a circunstância de julgar processos que mexiam com as entranhas do poder: Sérgio Moro, que toca a Operação Lava Jato, e Fausto De Sanctis, que tocou a Satiagraha.
É importante entender a diferença entre ambos, na análise de suas circunstâncias.
As duas operações envolviam o mundo político-empresarial brasileiro, grandes empresas e pessoas ligadas a todos os partidos. Qualquer operador de mercado sabe que nesse submundo dos negócios do Estado navegam PT, PSDB, PMDB, PP e a rapa.
A diferença entre ambos é que, ao não privilegiar nenhum lado, De Sanctis ficou do lado da Justiça. Na Satiagraha as circunstâncias do processo o levaram a enfrentar TODAS as forças da República – governo, poder econômico, STF, grupos de mídia.
Suas investigações bateram em Daniel Dantas – apadrinhado por José Serra, Fernando Henrique Cardoso e grupos de mídia – e em José Dirceu – então todo poderoso Ministro-Chefe da Casa Civil. Enfrentou a fúria de Gilmar Mendes e o esvaziamento promovido na Operação pela própria Polícia Federal do governo Lula. Pode ser acusado de radical, jamais de oportunista.
Mesmo com exageros, em nenhum momento tergiversou ou escolheu qualquer lado que não fosse o da Justiça. Naquele momento, perante a consciência jurídica do país, elevou ao máximo o respeito pelos juízes federais de 1a Instância. Daí o justo reconhecimento da Ajufe ao seu trabalho.
Sérgio Moro também enfrentou suas circunstâncias.
Avançou em duas operações delicadas, estudou-as, entendeu sua abrangência, percebeu que atingiam todos os lados do espectro político. E se viu com o poder extraordinário de controlar as informações de um tema que mexe com a opinião pública e até com o processo eleitoral.
É nesses desafios que se identifica a têmpera e os compromissos de um juiz.
De Sanctis foi grande: não cedeu.
Sérgio Moro escolheu lado. Não pensou na Justiça e na imagem dos seus próprios colegas, juízes federais, que pouco antes o haviam escolhido como representante da categoria. Sequer pensou que a eficácia de uma operação contra o crime organizado reside em identificar todos os elos, todo o mundo político. Só assim haverá força política para promover mudanças que eliminem o mal.
Nessa hora, o campeão da luta contra o crime organizado, pensou apenas em si e decidiu ser peça decisiva em uma eleição que elegerá a pessoa – o presidente da República – que indicará Ministros ao Supremo. No momento em que o STF começa a se arejar com a discrição sólida de um Teori Zavascki, de um Luís Roberto Barroso, de Ricardo Lewandowski, de Celso de Mello, surge um candidato a novo Luiz Fux, um jovem Gilmar Mendes.
Então, para que não se cometa nenhuma injustiça em relação a De Sanctis, que se coloque a retificação. Um juiz é feito de conhecimento e de caráter. Juntando todas as peças, ele e Moro não são comparáveis.
Aliás, seria instrutivo algum tracking junto aos associados da Ajufe para avaliar quantos votos Moro perdeu ou ganhou com seu gesto.
A PGR também fez sua parte de ceder à midia, uma vez que ao invés de assumir o processo em que Aécio gastou mais de 14 milhões de reais para construir uma pequena pista de aeroporto cujas chaves ficaram com o tio, mandou para o MPF-MG investigar parte das denúncias, se bem que uma otoridade mexer com tucano é muito difícil, pois sabem que mexer com tucano é mexer com a Globo, que o diga o Joaquim Barbosa..,,
Janot manda MPF-MG investigar Aécio por improbidade no aeroporto de Cláudio.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou para o Ministério Público Federal em Minas a denúncia que recebeu para investigar se a construção do aeroporto de Cláudio (MG), na fazenda desapropriada do tio de Aécio, se enquadra como improbidade administrativa do tucano quando era governador e, ao mesmo tempo, proprietário de uma fazenda a seis quilômetros da pista.
Processos de casos de improbidade correm na Justiça de primeira instância, mesmo para quem é Senador como Aécio, e quando levam à condenação, geralmente o responsável tem que devolver o dinheiro aos cofres públicos.
A falta de estudo de viabilidade econômica e social que justifique a obra, uma vez que há outro aeroporto ao lado em Divinópolis, o fato das chaves ficar na posse de parentes, o fato de ser usado praticamente como aeroporto privado para a família de Aécio, dificultam muito a defesa do tucano.
Processos de casos de improbidade correm na Justiça de primeira instância, mesmo para quem é Senador como Aécio, e quando levam à condenação, geralmente o responsável tem que devolver o dinheiro aos cofres públicos.
A falta de estudo de viabilidade econômica e social que justifique a obra, uma vez que há outro aeroporto ao lado em Divinópolis, o fato das chaves ficar na posse de parentes, o fato de ser usado praticamente como aeroporto privado para a família de Aécio, dificultam muito a defesa do tucano.
O jeito tucano de governar, onde a corrupção é varrida para debaixo do tapete, não sobra dinheiro para investir nos serviços públicos, a conferi:
Beatriz Cerqueira: Em Minas Gerais, “fantasmas” do PSDB são do presente
Choque de gestão: Muito marketing de um governo para poucos
por Luiz Carlos Azenha
Como é que o senador Aécio Neves perdeu a eleição em Minas Gerais, que ele e aliados governaram pelos últimos doze anos, ao mesmo tempo em que teve 10 milhões de votos em São Paulo? Será que os mineiros conhecem melhor Aécio que os paulistas? Teria sido por conta da blindagem completa da mídia estadual? Fomos perguntar à presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte), Beatriz Cerqueira. Um resumo da entrevista imperdível, que você pode ouvir clicando noSoundCloud:
– Nos últimos dez anos o governo mineiro deixou de investir R$ 16 bilhões em Saúde e Educação, descumprindo o mínimo constitucional;
– Mais de 50% das escolas não tem quadra de esportes ou refeitório;
– Minas não tem a melhor educação do país, como diz Aécio: apenas 10% dos alunos de ensino médio tem o nível recomendável em matemática;
– Faltam 1 milhão de vagas no ensino médio;
– O PSDB não conversa com os movimentos sociais e criminaliza protestos;
– O governo de Minas foi à Justiça para proibir manifestações durante a Copa das Confederações;
– O programa estadual Poupança Jovem atende a 9 dos 853 municípios mineiros;
– Outro programa estadual, o Professor da Família, atende a 22 municípios;
– A estatal de energia, Cemig, terceiriza serviços, causando número recorde de mortes de eletricitários;
– O senador Aécio Neves construiu uma hegemonia em Minas “que fez muito mal democracia”. Ela envolve a mídia, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas. “O chefe do Ministério Público, quando deixou o cargo, foi ser secretário de Estado”;
– A empresa estatal de saneamento básico, Copasa, assim como a Cemig, ficou refém de parcerias público-privadas; foram criadas várias subsidiárias da Cemig e da Copasa, que prestam serviços desiguais regionalmente e pagam baixos salários;
– A PEC 68 daria autonomia ao governo mineiro para privatizar a Cemig, a Copasa e a Gasmig — esta última de fornecimento de gás;
– 100% dos lucros da Cemig são repassados a acionistas, dentre os quais se destaca a empreiteira Andrade Gutierrez;
– O Mineirão foi entregue à empresa Minas Arena, depois de reformado; o contrato fixou um lucro mínimo para a concessionária; se não é alcançado, contratualmente o Estado é obrigado a complementar; a CPI do Mineirão não foi instalada por falta de um voto;
– Como o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMs) de Minas é um dos mais altos, isso torna a tarifa local de energia uma das mais caras do Brasil;
– “Quem paga tudo isso é a população”;
– “Estudamos dados oficiais e descobrimos que o choque de gestão foi marketing”; “Minas não foi bem administrada nos últimos 12 anos”, é um dos estados mais endividados do País;
– Minas ainda tem grandes desigualdades regionais;
– “Aqui não existe diálogo, existe monólogo”;
– O SindUte, que faz uma campanha de esclarecimento das condições das escolas estaduais, foi alvo de 21 representações do PSDB e acabou calado pelo TRE-MG;
– Hoje um professor mineiro com com dez anos de profissão, pós-graduado, recebe pouco mais de um salário mínimo.
– “É um governo que governa para poucos, é uma realidade que é importante que a população conheça”.
- ITINERÁRIO DE UM DESASTRE - 45 escândalos da era FHC
O ITINERÁRIO DE UM DESASTRE - 45 escândalos da era FHC
45 MOTIVOS PARA NÃO VOTAR EM TUCANOS E BANDIDOS SEMELHANTES COMO OS DO PFL
Analisem - Você tem boa memória?
Se você já esqueceu, lembramos aqui 45 fatos, sendo que todos eles envolvendo casos de corrupção, que aconteceram no país nos oito anos de FHC.
O BRASIL NÃO ESQUECERÁ
45 escândalos que marcaram o governo FHC com apoio do PSDB
ITINERÁRIO DE UM DESASTRE
Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixaou uma pesada herança para seu sucessor.
45 MOTIVOS PARA NÃO VOTAR EM TUCANOS E BANDIDOS SEMELHANTES COMO OS DO PFL
Analisem - Você tem boa memória?
Se você já esqueceu, lembramos aqui 45 fatos, sendo que todos eles envolvendo casos de corrupção, que aconteceram no país nos oito anos de FHC.
O BRASIL NÃO ESQUECERÁ
45 escândalos que marcaram o governo FHC com apoio do PSDB
ITINERÁRIO DE UM DESASTRE
Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixaou uma pesada herança para seu sucessor.
1994 e 1998. O dinheiro secreto das campanhas: Denúncias que não puderam ser apuradas graças à providenciais operações abafa apontaram que tanto em 1994 como em 1998 as campanhas de Fernando Henrique Cardoso foram abastecidas por um caudaloso esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
A taxamédia de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%.
A taxamédia de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%.
Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo FHC premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas está sendo financiada pelo povo.
O texto que segue é um itinerário, em 45 pontos, das ações e omissões levadas a efeito pelo governo FHC e de relatos sobre tentativas fracassadas de impor medidas do receituário neoliberal. Em alguns casos, a oposição, aproveitando-se de rachas na base governista ou recorrendo aos tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado ainda mais dano aos interesses do povo.
Essa recompilação serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia. Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso. Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.
1995. Extinção da Comissão Especial de Investigação. Assim que assumiu a presidência da república, em 1995, Fernando Henrique Cardoso baixou um decreto extinguindo a chamada Comissão Especial de Investigação, instituída pelo antecessor, presidente Itamar Franco, que, composta por representantes da sociedade civil, tinha o objetivo combater a corrupção. Seis anos mais tarde, em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, o presidente Cardoso conseguiu desviar a atenção da sociedade criando uma tal Controladoria-Geral da União, que se notabilizou por abafar as denúncias que motivaram sua criação.
45 escândalos que marcaram o governo FHC
1 - Conivência com a corrupção
O governo do PSDB tem sido conivente com a corrupção. Um
dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.
1995. Quebra do monopólio da PETROBRÁS. Pouco se lixando para a crescente importância estratégica do petróleo, Fernando Henrique Cardoso usou seus rolo compressor para forçar o Congresso Nacional a quebrar o monopólio estatal do petróleo, instituído há 42 anos. Na comemoração, Cardoso festejou dizendo que essa era apenas mais uma das "reformas" que o país precisava fazer para se modernizar.
2 - O escândalo do Sivam
O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
3 - A farra do Proer
1995. O inesquecível PROER: Em 1995 o ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro – um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres privados, começando pelo Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu 3% do PIB, um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3%.
O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.
O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.
4 - Caixa-dois de campanhas
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
1996. Engavetamento da CPI dos Bancos. Disposto a controlar a crise aberta pelas suspeitas sobre o sistema financeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso ameaçou e "convenceu" as lideranças do Senado a engavetar os requerimentos para instalação de uma CPI sobre os bancos. Em compensação, o ministério da Fazenda se comprometeu (e nunca cumpriu) a prestar contas ao Senado sobre o PROER. Decepcionada, a CNBB distribuiu nota dizendo não ser justo "que se roube o pouco dinheiro de aposentados e trabalhadores para injetar no sistema financeiro, salvando quem já está salvo ou já acumulou riquezas através da fraude e do roubo".
5 - Propina na privatização
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
1996. Modificação na lei de Patentes. Cedeu em tudo que os EUA queriam e, desdenhando às súplicas da SBPC e universidades, Fernando Henrique Cardoso acionou o rolo compressor no Congresso e alterou a Lei de Patentes, dando-lhe um caráter entreguista e comprometendo o avanço científico e tecnológico do país.
6 - A emenda da reeleição
O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
1996. Escândalo do SIVAM | : O projeto SIVAM foi associado a um superescândalo que redundou na contratação da empresa norte-americana Raytheon, depois da desqualificação da brasileira Esca (uma empresa que acomodava "amigos dos amigos" e foi extinta por fraudes contra a Previdência). Significativamente, a Raytheon encomendou o gerenciamento do projeto à E-Systems – conhecido braço da CIA. Até chegar a Raytheon, o mondé foi grande. Conversas gravadas apontavam para o Planalto e, preferindo perder os anéis para não perder os dedos, Cardoso demitiu o brigadeiro Mauro Gandra do ministério da aeronáutica e o embaixador Júlio César dos Santos da chefia do seu cerimonial. Depois, como prêmio pela firmeza como guardou o omertá, Júlio César foi nomeado embaixador do país no México.
7 - Grampos telefônicos
Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
1997. A emenda da reeleição: O instituto da reeleição foi comprado pelo presidente Cardoso a um preço estratosférico para o tesouro nacional. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
8 - TRT paulista
A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.
Subserviência internacional: Um único exemplo: ao visitar a embaixada norte-americana, em Brasília, para apresentar a solidariedade do povo brasileiro aos EUA por ocasião dos atentados de 11 de setembro de 2001, Cardoso e seu ministro do exterior, Celso Lafer, levaram um chá de cadeira de 40 minutos e só foram recebidos após passarem por uma revista que lhes fez até tirar os sapatos.
9 - Os ralos do DNER
O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.
1998. O escândalo da privatização (1): A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. O ex-caixa de campanha de Fernando Henrique Cardoso e de José Serra, um tal Ricardo Sérgio de Oliveira, que depois foi agraciado com a diretoria da Área Internacional do Banco do Brasil, não conseguiu se defender das acusações de pedir propinas para beneficiar grupos interessados no programa de privatização. O mala-preta de Cardoso teria pedido R$ 15 milhões a Benjamin Steinbruch para conseguir o apoio financeiro de fundos de pensão para a formação de um consórcio para arrematar a cia. Vale do Rio Doce e R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
10 - O "caladão"
O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo
FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD).Uma panegeral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistemahaviam sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou prejuízo aos consumidores,às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.
1998. O escândalo da privatização (2): Grampos instalados no BNDES pescaram conversas entre Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende, nos leilões que se seguiram ao esquartejamento da TELEBRÁS. O grampo detectou a voz do ex-presidente Cardoso autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
11 -Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial
e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
1999. O caso Marka/FonteCindam: Durante a desvalorização do real, em janeiro de 1999, os bancos Marka e FonteCindam foram graciosamente socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão, sob o pretexto de que sua quebra criaria um "risco sistêmico" para a economia. Enquanto isso, faltava dinheiro para saúde, educação, desenvolvimento científico e tecnológico
12 - O caso Marka/FonteCindam
12 - O caso Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.
2000. O fiasco dos 500 anos: O Brasil completou seu 500º aniversário sem uma festa decente. Em nome da contenção de gastos determinado pelo FMI, Cardoso proibiu as comemorações, que ficaram reduzidas às armações do então ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca. O fiasco foi total. Índios e sem-terra foram agredidos pela polícia porque tentaram festejar a data em Porto Seguro. De concreto mesmo, ficou uma caravela que passou mais tempo viajando do Rio de Janeiro até a Bahia do que a nau que trouxe Pedro Álvares Cabral de Portugal até o Brasil em 1500 e um stand superfaturado na Feira de Hannover. A caravela deve estar encostada em algum lugar por aí e Paulo Henrique Cardoso, filho do presidente, está respondendo inquérito pelo superfaturamento da construção do stand da Feira de Hannover.
13 - Base de Alcântara
O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
2001. Racionamento de energia: A imprevidência do governo Cardoso, completamente submisso às exigências do FMI, suspendeu os investimentos na produção de energia e o resultado foi o apagão no setor elétrico. O povo atendeu a campanha de economizar energia e, como "prêmio", teve as tarifas aumentadas para compensar as perdas de faturamento das multinacionais que compraram as distribuidoras de energia nos leilões de desnacionalização do setor. Uma medida provisória do governo Cardoso transferiu o prejuízo das distribuidoras para os consumidores, que lhes repassaram R$ 22,5 bilhões.
14 - Biopirataria oficial
Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.
2001. Acordo de Alcântara: Em abril de 2001, à revelia do Congresso Nacional, o governo Cardoso assinou um "acordo de cooperação internacional" que, na prática, transfere o Centro de Lançamento de Alcântara para os EUA. O acordo ainda não foi homologado pelo Congresso graças à resistência da sociedade civil organizada.
Acordos com FMI: Em seus oito anos de mandato, Fernando Henrique Cardoso enterrou a economia do país. Para honrar os compromissos financeiros, precisou fazer três acordos com o FMI, hipotecando o futuro aos banqueiros. Por trás de cada um desses acordos, compromissos que, na prática, transferiram parte da administração pública federal para o FMI. Como resultado, o desemprego, o arrocho salarial, a contenção dos investimentos públicos, o sucateamento da educação e saúde, a crise social, a explosão da criminalidade.
15 - O fiasco dos 500 anos
Acordos com FMI: Em seus oito anos de mandato, Fernando Henrique Cardoso enterrou a economia do país. Para honrar os compromissos financeiros, precisou fazer três acordos com o FMI, hipotecando o futuro aos banqueiros. Por trás de cada um desses acordos, compromissos que, na prática, transferiram parte da administração pública federal para o FMI. Como resultado, o desemprego, o arrocho salarial, a contenção dos investimentos públicos, o sucateamento da educação e saúde, a crise social, a explosão da criminalidade.
15 - O fiasco dos 500 anos
As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no epísódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.
Planalto, TRT de São Paulo e cercanias: O famoso Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, um dos mais eficazes "gerentes financeiros" da campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, se empenhou vivamente no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista. As maus línguas ainda falam em superfaturamento no Serpro, lobby para empresas de informática, ajuda irregular à Encol e manipulação de recursos dos fundos de pensão na festa das privatizações.
16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito
16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito
Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, é um
dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.
Autoritarismo: Passando por cima do Congresso Nacional, Fernando Henrique Cardoso burlou o espírito da constituição e administrou o país com base em medidas provisórias, editadas e reeditadas sucessivamente. Enquanto os presidentes José Sarney e Fernando Collor, juntos, editaram e reeditaram 298 MP’s, Cardoso exerceu o poder de forma autoritária, editando mais de 6.000 medidas provisórias.
17 - Drible na reforma tributária
17 - Drible na reforma tributária
O PT participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.
O escândalo dos computadores: A idéia de equipar as escolas públicas com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata com a completa ignorância da Lei de Licitações. Não satisfeito, o governo Cardoso fez mega-contrato com a Microsoft para adoção do sistema Windows, uma manobra que daria a Bill Gates o monopólio do sistema operacional das máquinas. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
18 - Rombo transamazônico na Sudam
18 - Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.
Mudanças na CLT: Fernando Henrique Cardoso usou seu rolo compressor na antiga Câmara dos Deputados para aprovar um projeto que "flexibiliza" a CLT, ameaçando direitos consagrados como férias, décimo terceiro salário e licença maternidade. Graças à pressão da sociedade civil o projeto estancou no senado.
19 - Os desvios na Sudene
19 - Os desvios na Sudene
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.
Explosão da dívida pública: Quando Cardoso assumiu a presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa era de R$ 153,4 bilhões. Outro dia, em abril de 2002, essa dívida já era de R$ 684,6 bilhões. Hoje, a dívida alcança 61% do PIB.
20 - Calote no Fundef
20 - Calote no Fundef
O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valoresestabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
Violação aos direitos humanos: Exemplo: em 1996, o Brasil ganhou as manchetes mundiais pelo chamado "Massacre Eldorado do Carajás", no qual 19 sem-terra foram assassinados no sul do Pará.
21 - Abuso de MPs
21 - Abuso de MPs
Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas.
Explosão da violência:Fernando Henrique Cardoso transformou o Brasil num país super violento. Na última década, o número de assassinatos subiu quase 50%. Pesquisa feita pela Unesco em 60 nações colocou o Brasil no 3º lugar no ranking dos países mais violentos. Ao final do mandato do presidente Cardoso, cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente no Brasil.
22 - Acidentes na Petrobras
22 - Acidentes na Petrobras
Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras
protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
Renda em queda e desemprego em alta: A Era FHC foi marcada pelos altos índices de desemprego e baixos salários.
23 - Apoio a Fujimori
23 - Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
Desenvolvimento Humano. Segundo o Human Development Report 2001 (ONU), o Brasil ficou na 69ª posição, atrás de países como Eslovênia (29º posição), Argentina (34º posição), Uruguai (37º posição), Kuwait (43º posição), Estônia (44º posição), Venezuela (61º posição) e Colômbia (62º posição).
24 -Desmatamento na Amazônia
24 -Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
25 – Os computadores do FUST
A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
26 - Arapongagem
O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.
27 - O esquema do FAT
A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.
28 - Mudanças na CLT
A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social.
29 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
30 - Explosão da dívida pública
Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$ 684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. A dívida já equivalia em 2001, preocupantes 54,5% do PIB.
31 - Avanço da dengue
A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.
32 – Verbas do BNDES
Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
33 - Crescimento pífio do PIB
Na "Era FHC", a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%[um patamar muito baixo para um momento em que as economias mundiais não estavam em crise como as que se sucederam a partir de 200 no Brasil], incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12 meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos, pelos quais paga cada vez mais caro.
34 – Renúncias no Senado
A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.
35 - Racionamento de energia
A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas em
sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas soma R$ 22,5 bilhões.
36- Assalto ao bolso do consumidor
FHC quer que o seu governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.
37 – Explosão da violência
O Brasil é um país cada vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na última década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.
38 – A falácia da Reforma agrária
O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
39 - Subserviência internacional
A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.
40 – Renda em queda e desemprego em alta
Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três anos.
41 - Relações perigosas
Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.
42 –Violação aos direitos humanos
Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem nas prisões.
43 –Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros tributos.
44 – Intervençãona Previ
FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de
2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
45 – Barbeiragens do Banco Central
O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – foi naquele ano o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições. [Um patamar muito baixo para um momento em que as economias mundiais não estavam em crise como as que se sucederam a partir de 200 no Brasil]. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas. No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.
Todos os homens do propinoduto tucano
Quem são e como operam as autoridades ligadas aos tucanos investigadas pela participação no esquema que trafegou por governos do PSDB em São Paulo
Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas
Na última semana, as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público mostraram a abrangência nacional do cartel na área de transporte sobre trilhos. A tramoia, concluíram as apurações, reproduziu em diversas regiões do País a sistemática observada em São Paulo, de conluio nas licitações, combinação de preços superfaturados e subcontratação de empresas derrotadas. As fraudes que atravessaram incólumes 20 anos de governos do PSDB em São Paulo carregam, no entanto, peculiaridades que as diferem substancialmente das demais que estão sendo investigadas pelas autoridades. O esquema paulista distingue-se pelo pioneirismo (começou a funcionar em 1998, em meio ao governo do tucano Mário Covas), duração, tamanho e valores envolvidos – quase meio bilhão de reais drenados durante as administrações tucanas. Porém, ainda mais importante, o escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais.
Ao contrário do que afirmaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra na quinta-feira 15, servidores de primeiro e segundo escalões da administração paulista envolvidos no escândalo são ligados aos principais líderes tucanos no Estado. Isso já está claro nas investigações. Usando a velha e surrada tática política de despiste, Serra e FHC afirmaram que o esquema não contou com a participação de servidores do Estado nem beneficiou governos comandados pelo PSDB. Não é o que mostram as apurações do Ministério Público e do Cade. Pelo menos cinco autoridades envolvidas na engrenagem criminosa, hoje sob investigação por terem firmado contratos irregulares ou intermediado o recebimento de suborno, atuaram sob o comando de dois homens de confiança de José Serra e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: seus secretários de Transportes Metropolitanos. José Luiz Portella, secretário de Serra, e Jurandir Fernandes, secretário de Alckmin, chefiaram de perto e coordenaram as atividades dos altos executivos enrolados na investigação. O grupo é composto pelos técnicos Décio Tambelli, ex-diretor de operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Transportes Metropolitanos, José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da CPTM, Ademir Venâncio, ex- diretor de engenharia da estatal de trens, e os ex-presidentes do metrô e da CPTM, José Jorge Fagali e Sérgio Avelleda.
Segundo documentos em poder do CADE e Ministério Público, estes cinco personagens, afamados como bons quadros tucanos, se valeram de seus cargos nas estatais paulistas para atender, ao mesmo tempo, aos interesses das empresas do cartel na área de transporte sobre trilhos e às conveniências políticas de seus chefes. Em troca de benefícios para si ou para os governos tucanos, forneciam informações privilegiadas, direcionavam licitações ou faziam vista grossa para prejuízos milionários ao erário paulista em contratos superfaturados firmados pelo metrô. As investigações mostram que estes técnicos do Metrô e da CPTM transitaram pelos governos de Serra e Alckmin operando em maior ou menor grau, mas sempre a favor do esquema.
Um dos destaques do quinteto é José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em um documento analisado pelo CADE, datado de 2008, Lavorente é descrito como o encarregado de receber em mãos a propina das empresas do cartel e distribuí-las aos políticos do PSDB e partidos aliados. O diretor da CPTM é pessoa da estrita confiança de Alckmin. Foi o governador de São Paulo que o promoveu ao cargo de direção na estatal de trens, em 2003. Durante o governo Serra (2007-2008), Lavorente deixou a CPTM, mas permaneceu em cargos de comando da estrutura administrativa do governo como cota de Alckmin. Com o regresso de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes, em 2011, Lavorente reassume o posto de direção na CPTM. Além de ser apontado como o distribuidor da propina aos políticos, Lavorente responde uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que aponta superfaturamento e desrespeito à lei de licitações. O processo refere-se a um acordo fechado por meio de um aditivo, em 2005, que possibilitou a compra de 12 trens a mais do que os 30 licitados, em 1995 e só seria valido até 2000.
O ex-diretor de Operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da secretaria de Transportes Metropolitanos, Décio Tambelli, é outro personagem bastante ativo no esquema paulista. Segundo depoimentos feitos por ex-funcionários da Siemens ao Ministério Público de São Paulo, Tambelli está na lista dos servidores que receberam propina das companhias que firmaram contratos superfaturados com o metrô e a CPTM. Tambelli é muito próximo do secretário de Transportes, Jurandir Fernandes. Foi Fernandes que o alçou ao cargo que ocupa atualmente na administração tucana. Cabe a Tambelli, apesar de estar na mira das investigações, acompanhar e fiscalizar o andamento da linha quatro do metrô paulista, a primeira obra do setor realizada em formato de parceria público-privada. Emails obtidos por ISTOÉ mostram que, desde 2006, Tambelli já agia para defender e intermediar os interesses das empresas integrantes do cartel. Na correspondência eletrônica, em que Tambelli é mencionado, executivos da Siemens narram os acertos entre as companhias do cartel no Distrito Federal e sugerem que o acordo lá na capital seria atrelado “à subcontratação da Siemens nos lotes 1+2 da linha 4” em São Paulo. “O Ramos (funcionário do conglomerado francês Alstom) andou dizendo ao Décio Tambelli do metrô SP, que não pode mais subcontratar a Siemens depois do caso Taulois/Ben-hur (episódio em que a Siemens tirou técnicos da Alstom para se beneficiar na pontuação técnica e vencer a licitação de manutenção do metrô de Brasília)”, dizia o e-mail trocado entre os funcionários da Siemens.
Outro homem do propinoduto tucano que goza da confiança de Jurandir Fernandes e de Alckmin é Sérgio Avelleda. Ele foi nomeado presidente do Metrô em 2011, mas seu mandato durou menos de um ano e meio. Avelleda foi afastado após a Justiça atender acusação do Ministério Público de improbidade administrativa. Ele era suspeito de colaborar em uma fraude na concorrência da Linha 5 do Metrô, ao não suspender os contratos e aditamentos da concorrência suspeita de formação de cartel. “Sua permanência no cargo, neste atual momento, apenas iria demonstrar a conivência do Poder Judiciário com as ilegalidades praticadas por administradores que não respeitam as leis, a moral e os demais princípios que devem nortear a atuação de todo agente público”, decretou a juíza Simone Gomes Casorretti, ao determinar sua demissão. Após a saída, Avelleda obteve uma liminar para ser reconduzido ao cargo e pediu demissão. Hoje é consultor na área de transporte sobre trilhos e presta serviços para empresas interessadas em fazer negócios com o governo estadual.
De acordo com as investigações, quem também ocupou papel estratégico no esquema foi Ademir Venâncio, ex-diretor da CPTM. Enquanto trabalhou na estatal, Venâncio cultivou o hábito de se reunir em casas noturnas de São Paulo com os executivos das companhias do cartel para fornecer informações internas e acertar como elas iriam participar de contratos com as empresas públicas. Ao deixar a CPTM, em meados dos anos 2000, ele resolveu investir na carreira de empresário no setor de engenharia. Mas nunca se afastou muito dos governos do PSDB de São Paulo. A Focco Engenharia, uma das empresas em que Venâncio mantém participação, amealhou, em consórcios, pelo menos 17 consultorias orçadas em R$ 131 milhões com as estatais paulistas para fiscalizar parcerias público-privadas e andamento de contratos do governo de Geraldo Alckmin. Outra companhia em nome de Venâncio que também mantém contratos com o governo de São Paulo, o Consórcio Supervisor EPBF, causa estranheza aos investigadores por possuir capital social de apenas R$ 0,01. O Ministério Público suspeita que a contratação das empresas de Venâncio pela administração tucana seja apenas uma cortina de fumaça para garantir vista grossa na execução dos serviços prestados por empresas do cartel. As mesmas que Venâncio mantinha relação quando era servidor público.
A importância da secretaria Transportes Metropolitanos e suas estatais subordinadas, Metrô e CPTM, para o esquema fica evidente quando se observa a lógica das mudanças de suas diretorias nas transições entre as gestões de Serra e Alckmin. Ao assumir o governo em 2007, José Serra fez questão de remover os aliados de Alckmin e colocar pessoas ligadas ao seu grupo político. Um movimento que seria revertido com a volta de Alckmin em 2011. Apesar dessa dança de cadeiras, todos os integrantes do esquema permaneceram em postos importantes das duas administrações tucanas. Quem sempre operou essas movimentações e trocas de cargos, de modo a assegurar a continuidade do funcionamento do cartel, foram os secretários de Transportes Metropolitanos de Serra e Alckmin, José Luiz Portella e Jurandir Fernandes.
Homem forte do governador Geraldo Alckmin, Fernandes começou sua trajetória política no PT de Campinas, interior de São Paulo. Chegou a ocupar o cargo de secretário municipal dos Transportes na gestão petista, mas acabou expulso do partido em 1993 e ingressou no PSDB. Por transitar com desenvoltura pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jurandir foi guindado a diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) em 2000. No ano seguinte, aproximou-se do então governador Alckmin, quando assumiu pela primeira vez o cargo de secretário estadual de Transportes Metropolitanos. Neste primeiro período à frente da pasta, tanto a CPTM quanto o Metrô firmaram contratos superfaturados com empresas do cartel. Quando Serra assume o governo paulista em 2007, Jurandir é transferido para a presidência da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), responsável pela formulação de políticas públicas para a região metropolitana de São Paulo. Com o retorno de Alckmin ao governo estadual em 2011, Jurandir Fernandes também volta ao comando da disputada pasta. Nos últimos dias, o secretário de Transportes tem se esforçado para se desvincular dos personagens investigados no esquema do propinoduto. Fotos obtidas por ISTOÉ, no entanto, mostram Jurandir Fernandes em companhia de Lavorente e de lobistas do cartel durante encontro nas instalações da MGE Transporte em Hortolândia, interior de São Paulo. Um dos fotografados com Fernandes é Arthur Teixeira que, segundo a investigação, integra o esquema de lavagem do dinheiro da propina. Teixeira, que acompanhou a solenidade do lado do secretário Fernandes, nunca produziu um parafuso de trem, mas é o responsável pela abertura de offshores no Uruguai usadas pelo esquema. Outro companheiro de solenidades flagrado com Fernandes é Ronaldo Moriyama ex-diretor da MGE, empresa que servia de intermediária para o pagamento das comissões às autoridades e políticos. Moriyama é conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade ao subornar diretores do Metrô e CPTM, segundo depoimentos obtidos pelo Ministério Público.
No governo Serra, quem exercia papel político idêntico ao de Jurandir Fernandes no governo Alckmin era o então secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Serrista de primeira hora, ele ingressou na vida pública como secretário na gestão Mário Covas. Portelinha, como é conhecido dentro do partido, é citado em uma série de e-mails trocados por executivos da Siemens. Num deles, Portella, assim como Serra, sugeriram ao conglomerado alemão Siemens que se associasse com a espanhola CAF em uma licitação para compra de 40 novos trens. O encontro teria ocorrido em um congresso internacional sobre ferrovias realizado, em 2008, na cidade de Amsterdã, capital da Holanda. Os dois temiam que eventuais disputas judiciais entre as companhias atrasassem o cronograma do projeto. Apesar de o negócio não ter se concretizado nestas condições, chama atenção que o secretário sugerisse uma prática que resulta, na maioria das vezes, em prejuízos aos cofres públicos e que já ocorria em outros contratos vencidos pelas empresas do cartel. Quem assinava os contratos do Metrô durante a gestão de Portella era José Jorge Fagali, então presidente do órgão. Ex-gerente de controle da estatal, ele teve de conviver com questionamentos sobre o fato de o seu irmão ser acusado de ter recebido cerca de US$ 10 milhões da empresa francesa Alstom. A companhia, hoje envolvida nas investigações do cartel, é uma das principais vencedoras de contratos e licitações da empresa pública.IstoÉ
terça-feira, 6 de agosto de 2013
PF aponta ligação de vereador tucano com propinão da Alstom
A PF investigou negócios da Alstom com o governo de São Paulo entre 1995 e 2003, período em que o Estado foi governado por sucessivas administrações do PSDB.
O trabalho da polícia se baseou em informações obtidas primeiro pelo Ministério Público da Suíça. O inquérito foi concluído em agosto do ano passado e está desde então à espera de um parecer do Ministério Público Federal.
No relatório final do inquérito, o delegado Milton Fornazari Junior cita como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas.
Embora seu nome não seja mencionado como destinatário de pagamentos, a polícia concluiu que ele foi um dos beneficiados por causa da posição que ocupava na época de um dos contratos da Alstom. Matarazzo foi secretário por oito meses em 1998.
A PF indiciou Matarazzo por suspeita de corrupção passiva. O procurador Rodrigo de Grandis, que está com o inquérito há um ano, disse à Folha que não poderia se pronunciar sobre o processo porque ele corre sob sigilo.
Segundo Fornazari, a mensagem que incriminaria Matarazzo se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada.
Além de Andrea Matarazzo, a Polícia Federal também indiciou dois executivos da Alstom no Brasil e dois ex-dirigentes da EPTE que participaram das negociações do contrato, Eduardo José Bernini e Henrique Fingermann.
"Ainda que não haja provas de eles terem recebido valores em espécie, está devidamente comprovado nos autos que foram eles, em última instância, que possibilitaram o sucesso da implementação [do contrato]", afirma o relatório do delegado Fornazari.Fonte: Folha
sábado, 27 de julho de 2013
Corrupção tucana no Metrô e trens de SP desviou pelo menos R$ 425 milhões. Propinas de 7,5%.
Trens e Metrô superfaturados em 30%
Ao analisar documentos da Siemens, empresa integrante do cartel que drenou recursos do Metrô e trens de São Paulo, o Cade e o MP concluíram que os cofres paulistas foram lesados em pelo menos R$ 425 milhões
PROPINODUTO
Segundo integrantes do MP e do Cade, seis projetos de
trem e metrô investigados apresentaram sobrepreço de 30%
trem e metrô investigados apresentaram sobrepreço de 30%
Na última semana, ISTOÉ publicou documentos inéditos e trouxe à tona o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã Siemens ao Ministério Público. Segundo as revelações, o esquema montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas durante os sucessivos governos do PSDB nos últimos 20 anos contou com a participação de autoridades e servidores públicos e abasteceu um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para políticos tucanos. Toda a documentação, inclusive um relatório do que foi revelado pelo ex-funcionário da empresa alemã, está em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para quem a Siemens – ré confessa por formação de cartel – vem denunciando desde maio de 2012 as falcatruas no Metrô e nos trens paulistas, em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos. Até semana passada, porém, não se sabia quão rentável era este cartel.
Ao se aprofundarem, nos últimos dias, na análise da papelada e depoimentos colhidos até agora, integrantes do Cade e do Ministério Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos firmados entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de trens e da construção de linhas do Metrô e de trens. Uma das autoridades envolvidas na investigação chegou a se referir ao esquema como uma fabulosa história de achaque aos cofres públicos, num enredo formado por pessoas-chaves da administração – entre eles diretores do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) –, com participação especial de políticos do PSDB, os principais beneficiários da tramoia. Durante a apuração, ficou evidente que o desenlace dessa trama é amargo para os contribuintes paulistas. A investigação revela que o cartel superfaturou cada obra em 30%. É o mesmo que dizer que os governantes tucanos jogaram nos trilhos R$ 3 de cada R$ 10 desembolsado com o dinheiro arrecadado dos impostos. Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. De acordo com o MP e o Cade, os prejuízos aos cofres públicos somente nesses negócios chegaram a RS 425,1 milhões. Os valores, dizem fontes ligadas à investigação ouvidas por ISTOÉ, ainda devem se ampliar com o detalhamento de outros certames vencidos em São Paulo pelas empresas integrantes do cartel nesses e em outros projetos.
Entre os contratos em que o Cade detectou flagrante sobrepreço está o de fornecimento e instalação de sistemas para transporte sobre trilhos da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô paulista. A licitação foi vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela empresa francesa Alstom, pela alemã Siemens juntamente com a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram orçados em R$ 615 milhões. De acordo com testemunhos oferecidos ao Cade e ao Ministério Público, esse contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal. Isso significa algo em torno de R$ 46 milhões só em propina. “A Alstom coordenou um grande acordo entre várias empresas, possibilitando dessa forma um superfaturamento do projeto”, revelou um funcionário da Siemens ao MP. Antes da licitação, a Alstom, a ADtranz, a CAF, a Siemens, a TTrans e a Mitsui definiram a estratégia para obter o maior lucro possível. As companhias que se associaram para a prática criminosa são as principais detentoras da tecnologia dos serviços contratados.
O responsável por estabelecer o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados pelas empresas nesse contrato era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Sua empresa, no entanto, não foi a principal beneficiária do certame. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos no contrato da fase 1 da Linha 5 Lilás do Metrô paulista foi a Alstom, que comandou a ação do cartel durante a licitação. Mas todas as participantes entraram no caixa da propina. Cada empresa tinha sua própria forma de pagar a comissão combinada com integrantes do PSDB paulista, segundo relato do delator e ex-funcionário da Siemens revelado por ISTOÉ em sua última edição. Nesse contrato específico, a multinacional francesa Alstom e a alemã Siemens recorreram à consultoria dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira. Documentos apresentados por ISTOÉ na semana passada mostraram que eles operam por meio de duas offshores localizadas no Uruguai, a Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Para não deixar rastro do suborno, ambos também se valem de contas em bancos na Suíça, de acordo a investigação.
PEDIDO DE CPI
Líder do PT na Assembleia Legislativa,
Luiz Claudio Marcolino, trabalha pela abertura de inquérito
No contrato da Linha 2 do Metrô, o superfaturamento identificado até agora causou um prejuízo estimado em R$ 67,5 milhões ao erário paulista. As licitações investigadas foram vencidas pela dupla Alstom/Siemens e pelo consórcio Metrosist, do qual a Alstom também fez parte. O contrato executado previa a prestação de serviços de engenharia, o fornecimento, a montagem e a instalação de sistemas destinados à extensão oeste da Linha 2 Verde. Orçado inicialmente em R$ 81,7 milhões, só esse contrato recebeu 13 reajustes desde que foi assinado, em outubro de 1997. As multinacionais francesa e alemã ficaram responsáveis pelo projeto executivo para fornecimento e implantação de sistemas para o trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens receberam pelo menos R$ 143,6 milhões para executar esse serviço.
O sobrepreço de 30% foi estabelecido também em contratos celebrados entre as empresas pertencentes ao cartel e à estatal paulista CPTM. Entre eles, o firmado em 2002 para prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva de dez trens da série 3000. A Siemens ganhou o certame por um valor original de R$ 33,7 milhões. Em seguida, o conglomerado alemão subcontratou a MGE Transportes para serviços que nunca foram realizados. A MGE, na verdade, serviu de ponte para que a Siemens pudesse efetuar o pagamento da propina de 5% acertada com autoridades e dirigentes do Metrô e da CPTM. O dinheiro da comissão – cerca de R$ 1,7 milhão só nessa negociata, segundo os investigadores – mais uma vez tinha como destino final a alta cúpula da estatal e políticos ligados ao PSDB. A propina seria distribuída, segundo depoimento ao Cade ao qual ISTOÉ teve acesso, pelo diretor da CPTM, Luiz Lavorente. Além da MGE, a Siemens também recorreu à companhia japonesa Mitsui para intermediar pagamentos de propina em outras transações. O que mais uma vez demonstra o quão próxima eram as relações das empresas do cartel que, na teoria, deveriam concorrer entre si pelos milionários contratos públicos no setor de transportes sobre trilhos. O resultado da parceria criminosa entre as gigantes do setor pareceu claro em outros 12 contratos celebrados com a CPTM referentes às manutenções dos trens das séries 2000 e 2100 e o Projeto Boa Viagem, que já foram analisados pelo CADE. Neles, foi contabilizado um sobrepreço de aproximadamente R$ 163 milhões.
Não é por acaso que as autoridades responsáveis por investigar o caso referem-se ao esquema dos governos do PSDB em São Paulo como uma “fabulosa história”. O superfaturamento constatado nos contratos de serviços e oferta de produtos às estatais paulistanas Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] supera até mesmo os índices médios calculados internacionalmente durante a prática deste crime. Cálculos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, por exemplo, apontam que os cartéis ocasionam um prejuízo aos cofres públicos de 10% a 20%. No caso destes 16 contratos, a combinação de preços e direcionamentos realizados pelas companhias participantes da prática criminosa levaram a um surpreendente rombo de 30% aos cofres paulistas.
Diante das denúncias, na última semana o PT e outros partidos oposicionistas em São Paulo passaram a se movimentar para tentar aprovar a instalação de uma CPI. “O governador Geraldo Alckmin diz querer que as denúncias do Metrô e da CPTM sejam apuradas. Então, que oriente a sua bancada a protocolar o pedido de CPI, pelo menos, desta vez”, propôs o líder do PT na Assembleia paulista, Luiz Cláudio Marcolino. “É flagrante que os contratos precisam ser revisados. Temos de ter transparência com o dinheiro público independente de partido”, diz ele. Caso a bancada estadual do PT não consiga aprovar o pedido, por ter minoria, a sigla tentará abrir uma investigação na Câmara Federal. “Não podemos deixar um assunto desta gravidade sem esclarecimentos. Ainda mais quando se trato de acusações tão contundentes de desvios de verbas públicas”, afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). O que se sabe até agora já é suficiente para ensejar um inquérito. Afinal, trata-se de um desvio milionário de uma das principais obras da cidade mais populosa do País e onde se concentra o maior orçamento nacional. Se investigada a fundo, a história do achaque de 30% aos cofres públicos pode trazer ainda mais revelações fabulosas.
Não é por acaso que as autoridades responsáveis por investigar o caso referem-se ao esquema dos governos do PSDB em São Paulo como uma “fabulosa história”. O superfaturamento constatado nos contratos de serviços e oferta de produtos às estatais paulistanas Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] supera até mesmo os índices médios calculados internacionalmente durante a prática deste crime. Cálculos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, por exemplo, apontam que os cartéis ocasionam um prejuízo aos cofres públicos de 10% a 20%. No caso destes 16 contratos, a combinação de preços e direcionamentos realizados pelas companhias participantes da prática criminosa levaram a um surpreendente rombo de 30% aos cofres paulistas.
Diante das denúncias, na última semana o PT e outros partidos oposicionistas em São Paulo passaram a se movimentar para tentar aprovar a instalação de uma CPI. “O governador Geraldo Alckmin diz querer que as denúncias do Metrô e da CPTM sejam apuradas. Então, que oriente a sua bancada a protocolar o pedido de CPI, pelo menos, desta vez”, propôs o líder do PT na Assembleia paulista, Luiz Cláudio Marcolino. “É flagrante que os contratos precisam ser revisados. Temos de ter transparência com o dinheiro público independente de partido”, diz ele. Caso a bancada estadual do PT não consiga aprovar o pedido, por ter minoria, a sigla tentará abrir uma investigação na Câmara Federal. “Não podemos deixar um assunto desta gravidade sem esclarecimentos. Ainda mais quando se trato de acusações tão contundentes de desvios de verbas públicas”, afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). O que se sabe até agora já é suficiente para ensejar um inquérito. Afinal, trata-se de um desvio milionário de uma das principais obras da cidade mais populosa do País e onde se concentra o maior orçamento nacional. Se investigada a fundo, a história do achaque de 30% aos cofres públicos pode trazer ainda mais revelações fabulosas.
Queima de arquivo
Uma pasta amarela com cerca de 200 páginas guardada na 1ª Vara Criminal do Fórum da cidade de Itu, interior paulista, expõe um lado ainda mais sombrio das investigações que apuram o desvio milionário das obras do metrô e trens metropolitanos durante governos do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Trata-se do processo judicial 9900.98.2012 que investiga um incêndio criminoso que consumiu durante cinco horas 15.339 caixas de documentos e 3.001 tubos de desenhos técnicos. A papelada fazia parte dos arquivos do metrô armazenados havia três décadas. Entre os papeis que viraram cinzas estão contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, além de relatórios de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009. Sob segredo de Justiça, a investigação que poderá ser reaberta pelo Ministério Público, diante das novas revelações sobre o caso feitas por ISTOÉ, acrescenta novos ingredientes às já contundentes denúncias feitas ao Cade pelos empresários da Siemens a respeito do escândalo do metrô paulista. Afinal, a ação dos bandidos pode ter acobertado a distribuição de propina, superfaturamento das obras, serviços e a compra e manutenção de equipamentos para o metrô paulista.
Segundo o processo, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, nove homens encapuzados e armados invadiram o galpão da empresa PA Arquivos Ltda, na cidade de Itu, distante 110 km da capital paulista, renderam os dois vigias, roubaram 10 computadores usados, espalharam gasolina pelo prédio de 5 mil m² e atearam fogo. Não sobrou nada. Quatro meses depois de lavrado o boletim de ocorrência, nº 1435/2012, a polícia paulista concluiu que o incêndio não passou de um crime comum. “As investigações não deram em nada”, admite a delegada de Policia Civil Milena, que insistiu em se identificar apenas pelo primeiro nome. “Os homens estavam encapuzados e não foram identificados”, diz a policial. Investigado basicamente como sumiço de papéis velhos, o incêndio agora ganha ares de queima de arquivo. O incidente ocorreu 50 dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias a quem solicitar de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, e quatro meses depois de começarem as negociações entre o Cade e a Siemens para a assinatura do acordo de leniência, que vem denunciando as falcatruas no metrô e trens paulistas. “Não podemos descartar que a intenção desse crime era esconder provas da corrupção”, entende o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado.
Uma pasta amarela com cerca de 200 páginas guardada na 1ª Vara Criminal do Fórum da cidade de Itu, interior paulista, expõe um lado ainda mais sombrio das investigações que apuram o desvio milionário das obras do metrô e trens metropolitanos durante governos do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Trata-se do processo judicial 9900.98.2012 que investiga um incêndio criminoso que consumiu durante cinco horas 15.339 caixas de documentos e 3.001 tubos de desenhos técnicos. A papelada fazia parte dos arquivos do metrô armazenados havia três décadas. Entre os papeis que viraram cinzas estão contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, além de relatórios de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009. Sob segredo de Justiça, a investigação que poderá ser reaberta pelo Ministério Público, diante das novas revelações sobre o caso feitas por ISTOÉ, acrescenta novos ingredientes às já contundentes denúncias feitas ao Cade pelos empresários da Siemens a respeito do escândalo do metrô paulista. Afinal, a ação dos bandidos pode ter acobertado a distribuição de propina, superfaturamento das obras, serviços e a compra e manutenção de equipamentos para o metrô paulista.
Segundo o processo, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, nove homens encapuzados e armados invadiram o galpão da empresa PA Arquivos Ltda, na cidade de Itu, distante 110 km da capital paulista, renderam os dois vigias, roubaram 10 computadores usados, espalharam gasolina pelo prédio de 5 mil m² e atearam fogo. Não sobrou nada. Quatro meses depois de lavrado o boletim de ocorrência, nº 1435/2012, a polícia paulista concluiu que o incêndio não passou de um crime comum. “As investigações não deram em nada”, admite a delegada de Policia Civil Milena, que insistiu em se identificar apenas pelo primeiro nome. “Os homens estavam encapuzados e não foram identificados”, diz a policial. Investigado basicamente como sumiço de papéis velhos, o incêndio agora ganha ares de queima de arquivo. O incidente ocorreu 50 dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias a quem solicitar de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, e quatro meses depois de começarem as negociações entre o Cade e a Siemens para a assinatura do acordo de leniência, que vem denunciando as falcatruas no metrô e trens paulistas. “Não podemos descartar que a intenção desse crime era esconder provas da corrupção”, entende o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado.
Além das circunstâncias mais do que suspeitas do incêndio, documentos oficiais do governo, elaborados pela gerência de Auditoria e Segurança da Informação (GAD), nº 360, em 19 de setembro passado, deixam claro que o galpão para onde foi levado todo o arquivo do metrô não tinha as mínimas condições para a guarda do material. Cravado em plena zona rural de Itu, entre uma criação de coelhos e um pasto com cocheiras de gado, o galpão onde estavam armazenados os documentos não tinha qualquer segurança. Poderia ser facilmente acessado pelas laterais e fundos da construção.
De acordo com os documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, o governo estadual sabia exatamente da precariedade da construção quando transferiu os arquivos para o local. O relatório de auditoria afirma que em 20 de abril de 2012 - portanto, três dias depois da assinatura do contrato entre a PA Arquivos e o governo de Geraldo Alckmin - o galpão permanecia em obras e “a empresa não estava preparada para receber as caixas do Metrô”. A comunicação interna do governo diz mais. Segundo o laudo técnico do GAD, “a empresa não possuía instalações adequadas para garantir a preservação do acervo documental”. Não havia sequer a climatização do ambiente, item fundamental para serviços deste tipo.
O prédio foi incendiado poucos dias depois da migração do material para o espaço. “Não quero falar sobre esse crime”, disse um dos proprietários da empresa, na época do incêndio, Carlos Ulderico Botelho. “Briguei com o meu sócio, sai da sociedade e tomei muito prejuízo. Esse incêndio foi estranho. Por isso, prefiro ficar em silêncio”. Outra excentricidade do crime é que o fato só foi confirmado oficialmente pelo governo seis meses depois do ocorrido. Em 16 páginas do Diário do Diário Oficial, falou-se em “sumiço” da papelada. Logo depois da divulgação do sinistro, o deputado estadual do PT, Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, representou contra o Governo do Estado no Ministério Público Estadual. “Acredita-se que os bandidos tenham provocado o incêndio devido o lugar abrigar vários documentos”. Para o parlamentar, “esse fato sairia da hipótese de crime de roubo com o agravante de causar incêndio, para outro crime, de deliberada destruição de documentos públicos”, disse Simão, em dezembro passado. Procurados por ISTOÉ, dirigentes do Metrô de SP não quiseram se posicionar. Da revista IstoÉ
De acordo com os documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, o governo estadual sabia exatamente da precariedade da construção quando transferiu os arquivos para o local. O relatório de auditoria afirma que em 20 de abril de 2012 - portanto, três dias depois da assinatura do contrato entre a PA Arquivos e o governo de Geraldo Alckmin - o galpão permanecia em obras e “a empresa não estava preparada para receber as caixas do Metrô”. A comunicação interna do governo diz mais. Segundo o laudo técnico do GAD, “a empresa não possuía instalações adequadas para garantir a preservação do acervo documental”. Não havia sequer a climatização do ambiente, item fundamental para serviços deste tipo.
O prédio foi incendiado poucos dias depois da migração do material para o espaço. “Não quero falar sobre esse crime”, disse um dos proprietários da empresa, na época do incêndio, Carlos Ulderico Botelho. “Briguei com o meu sócio, sai da sociedade e tomei muito prejuízo. Esse incêndio foi estranho. Por isso, prefiro ficar em silêncio”. Outra excentricidade do crime é que o fato só foi confirmado oficialmente pelo governo seis meses depois do ocorrido. Em 16 páginas do Diário do Diário Oficial, falou-se em “sumiço” da papelada. Logo depois da divulgação do sinistro, o deputado estadual do PT, Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, representou contra o Governo do Estado no Ministério Público Estadual. “Acredita-se que os bandidos tenham provocado o incêndio devido o lugar abrigar vários documentos”. Para o parlamentar, “esse fato sairia da hipótese de crime de roubo com o agravante de causar incêndio, para outro crime, de deliberada destruição de documentos públicos”, disse Simão, em dezembro passado. Procurados por ISTOÉ, dirigentes do Metrô de SP não quiseram se posicionar. Da revista IstoÉ
O esquema que saiu dos trilhos:O propinoduto do tucanato paulista
Um propinoduto criado para desviar milhões das obras do Metrô e dos trens metropolitanos foi montado durante os governos do PSDB em São Paulo. Lobistas e autoridades ligadas aos tucanos operavam por meio de empresas de fachada
PROTEÇÃO GARANTIDA
Os governos tucanos de Mario Covas, Geraldo Alckmin e José Serra nada fizeram para conter o esquema de corrupção
Ao assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos
. Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão. O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse.
Pelo contrário. Desde que foram feitas as primeras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa
Só em contratos com os governos comandados pelo PSDB em São Paulo, duas importantes integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões. “Os tucanos têm a sensação de impunidade permanente. Estamos denunciando esse caso há décadas. Entrarei com um processo de improbidade por omissão contra o governador Geraldo Alckmin”, diz o deputado estadual do PT João Paulo Rillo. Raras vezes um esquema de corrupção atravessou incólume por tantos governos seguidos de um mesmo partido numa das principais capitais do País, mesmo com réus confessos – no caso, funcionários de uma das empresas participantes da tramoia, a Siemens –, e com a existência de depoimentos contundentes no Brasil e no Exterior que resultaram em pelo menos 15 processos no Ministério Público. Agora, espera-se uma apuração profunda sobre a teia de corrupção montada pelos governos do PSDB em São Paulo. No Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin disse que espera rigor nas investigações e cobrará o dinheiro que tenha sido desviado dos cofres públicos. .Leia a matéria completa aqui na IstoÉ
Só em contratos com os governos comandados pelo PSDB em São Paulo, duas importantes integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões. “Os tucanos têm a sensação de impunidade permanente. Estamos denunciando esse caso há décadas. Entrarei com um processo de improbidade por omissão contra o governador Geraldo Alckmin”, diz o deputado estadual do PT João Paulo Rillo. Raras vezes um esquema de corrupção atravessou incólume por tantos governos seguidos de um mesmo partido numa das principais capitais do País, mesmo com réus confessos – no caso, funcionários de uma das empresas participantes da tramoia, a Siemens –, e com a existência de depoimentos contundentes no Brasil e no Exterior que resultaram em pelo menos 15 processos no Ministério Público. Agora, espera-se uma apuração profunda sobre a teia de corrupção montada pelos governos do PSDB em São Paulo. No Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin disse que espera rigor nas investigações e cobrará o dinheiro que tenha sido desviado dos cofres públicos. .Leia a matéria completa aqui na IstoÉ
O poderoso Paulo Preto - Parte 1
Acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana, ele faz ameaças e passa a ser defendido por Serra
INAUGURAÇÃO DO RODOANEL
Serra aparece em foto de 30 de março de 2010 junto com
Paulo Preto, que meses mais tarde alegou não conhecer
Como candidato à Presidência da República, José Serra deve explicações mais detalhadas à sociedade brasileira. Elas se referem a um nome umbilicalmente ligado à cúpula do PSDB, mas de pouca exposição pública até dois meses atrás: Paulo Vieira de Souza, conhecido dentro das hostes tucanas como Paulo Preto. Desde que a candidata do PT, Dilma Rousseff, pronunciou o nome de Paulo Preto no debate realizado pela Rede Bandeirantes no domingo 10, Serra se viu envolvido em um enredo de contradições e mistério do qual vinha se esquivando desde agosto passado, quando ISTOÉ publicou denúncia segundo a qual o engenheiro Paulo Souza, ex-diretor da estatal Dersa na gestão tucana em São Paulo, era acusado por líderes do seu próprio partido de desaparecer com pelo menos R$ 4 milhões arrecadados de forma ilegal para a campanha eleitoral do PSDB. Na época, a reportagem baseou-se em entrevistas, várias delas gravadas, com 13 dos principais dirigentes tucanos, que apontavam o dedo na direção de Souza para explicar a minguada arrecadação que a candidatura de Serra obtivera até então. Depois de publicada a denúncia, o engenheiro disparou telefonemas para vários líderes, dois deles com cargos no comando da campanha presidencial, e, apesar da gravidade das acusações, os tucanos não se manifestaram, numa clara opção por abafar o assunto. O próprio presidenciável Serra optou pelo silêncio. Então, mesmo com problemas de caixa e reclamações de falta de recursos se espalhando pelos diretórios regionais, o PSDB preferiu jogar o assunto para debaixo do tapete.
No debate da Rede Bandeirantes, Serra mais uma vez silenciou. Instado por Dilma a falar sobre o envolvimento de Paulo Preto no escândalo do sumiço da dinheirama, não respondeu. Mas o pavio de um tema explosivo estava aceso e Serra passou a ser questionado pela imprensa em cada evento que participou. E, quando ele falou, se contradisse, apresentando versões diametralmente diferentes em um período de 24 horas. Na segunda-feira 11, em Goiânia (GO), em sua primeira manifestação sobre o caso, o candidato do PSDB negou conhecer o engenheiro. “Não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (jornalistas) fiquem perguntando.” A declaração provocou uma reação imediata. Na terça-feira 12, a “Folha de S.Paulo” publicou uma entrevista em que o engenheiro, oficialmente um desconhecido para Serra, fazia ameaças ao candidato tucano. “Ele (Serra) me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao País, ele tem que responder. Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam este erro”, disparou Paulo Preto. Serra demonstrou ter acusado o golpe. Horas depois da publicação da entrevista, em evento em Aparecida (SP), o candidato recuou. Com memória renovada, saiu em defesa do ex-diretor do Dersa. Como se jamais tivesse tratado deste assunto antes, Serra afirmou: “Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de engenheiro do ano. A acusação contra ele é injusta. Ele é totalmente inocente. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”. Aos eleitores, restou uma dúvida: em qual Serra o eleitor deve acreditar? Naquele que diz não conhecer o engenheiro ou naquele que elogia o profissional acusado pelo próprio PSDB de desviar R$ 4 mihões da campanha? As idas e vindas de Serra suscitam outras questões relevantes às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais: por que o tema lhe causou tanto constrangimento? O que Serra teria a temer para, em menos de 24 horas, se expor publicamente emitindo opiniões tão distintas sobre o mesmo tema?
Ainda está envolto em mistério o que Paulo Preto teria na manga para emparedar Serra. A movimentação do engenheiro nas horas que sucederam o debate da Rede Bandeirantes mostra claramente como ele é influente, poderoso e temido nas hostes tucanas. Conforme apurou ISTOÉ, logo depois do programa, Paulo Preto, bastante irritado por não ter sido defendido pelo candidato do PSDB, começou a telefonar para integrantes do partido. Um deles, seu padrinho político, o ex-chefe da Casa Civil de São Paulo, senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, que deixou o debate logo que o nome do engenheiro foi mencionado. Outras duas chamadas, ainda de madrugada, foram para as residências de um secretário do governo paulista e de um dos coordenadores da campanha de Serra em São Paulo. Nas conversas, Paulo Preto disse que não ia admitir ser abandonado pelo partido. E que iria “abrir o verbo”, caso continuasse apanhando sozinho. Com a defesa de Serra, alcançou o que queria. Para os dirigentes do partido restou o enorme desconforto de passarem o resto da semana promovendo contorcionismos verbais para defender as ações de um personagem que acusavam dois meses antes. Em agosto, o PSDB vivia outro momento político, vários líderes tucanos reclamavam do estilo “centralizador e arrogante” de Serra, tinham dificuldades para arrecadar recursos e vislumbravam uma iminente derrota nas urnas. Agora, disputando o segundo turno e sob a ameaça de Paulo Preto, promovem uma ação orquestrada para procurar desqualificar as denúncias que eles próprios fizeram. “Às vésperas da eleição podemos ganhar o jogo. Portanto, não vou dizer nada a respeito do Paulo Preto”, disse uma das principais lideranças do partido na noite da quarta-feira 13. Esse mesmo tucano, em agosto, revelara detalhes sobre a atuação do engenheiro na obra do trecho sul do rodoanel. “Não é hora de remexer com o Paulo Preto. Isso poderá colocar em risco nossa vitória”, afirmou na manhã da quinta-feira 14 um membro da Executiva Nacional do partido, que em agosto acusara o engenheiro de desviar R$ 4 milhões da campanha. “Em agosto, depois da reportagem de ISTOÉ, procuramos empresários e eles negaram que Paulo Preto tenha pedido contribuições”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Se fez de fato esse movimento, Guerra não teve pressa em revelá-lo. Só foi fazê-lo agora, pressionado pelas declarações do engenheiro.
O poderoso Paulo Preto - Parte 2
O homem acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana faz ameaças e passa a ser defendido por Serra
Diferentemente do que alegou Serra em sua primeira declaração, Paulo Preto está longe de ser um desconhecido, principalmente nas altas esferas do PSDB. Ele já havia sido alvo de reportagens de veículos como “Veja” (que o chamou de “o homem-bomba do PSDB”) e “Folha de S.Paulo” (leia quadro na pág. 40). Para um político que se apresenta como um gestor atento a todos os movimentos de seus comandados, é difícil crer que o então governador Serra estivesse alheio a notícias envolvendo um dirigente da estatal que executa as principais obras do governo paulista. Além disso, Serra não pode afirmar não ter sido alertado sobre os métodos do engenheiro. Em novembro do ano passado, em e-mail enviado ao então governador Serra, o vice Alberto Goldman já dizia que o ex-diretor do Dersa era “incontrolável”. “Ele (Paulo Preto) é vaidoso e arrogante. Fala mais do que deve, sempre. Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o super-homem.” A mensagem eletrônica também foi remetida ao secretário de Transportes, Mauro Arce, a quem o Dersa é subordinado. “Não tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito, e a obrigação, de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários”, ponderou Goldman. Os e-mails deixam claro que não estava se falando sobre um funcionário qualquer do governo. Afinal, não é corriqueiro um vice-governador perder tempo discutindo com o governador do maior Estado do País a atuação do funcionário de uma estatal.
Além dos e-mails de Goldman a Serra, as atividades do engenheiro já haviam espantado o tesoureiro-adjunto e ex-secretário-geral do partido, Evandro Losacco. Na reportagem de ISTOÉ, publicada em agosto, Losacco reconheceu que o engenheiro tinha “poder” para arrecadar e confirmou o sumiço dos R$ 4 milhões. “Todo mundo já sabia disso há muito tempo. Essa arrecadação foi puramente pessoal, mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder infelizmente ele tinha.” O “empresariado”, segundo Losacco, entendia que Paulo Preto “tem a caneta”. “No governo às vezes você não consegue fazer tudo o que você quer. Você tem contingências que o obrigam a engolir sapo. E eu acho que esse deve ter sido o caso”, disse Losacco na ocasião.
Apesar dos alertas de Goldman, Paulo Preto ficou no cargo até abril deste ano, tocando a principal obra de São Paulo, o rodoanel. Só foi exonerado quando o próprio Goldman assumiu o governo. Se Serra não explica o porquê da permanência de Paulo Preto à frente da estatal, o próprio ex-diretor do Dersa, na entrevista à “Folha”, fornece alguns dados importantes. Paulo Preto disse que sempre criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanhas, por ter feito os pagamentos em dia às empreiteiras terceirizadas que atuaram nas grandes obras de São Paulo, como o rodoanel, a avenida Jacu-Pêssego e a ampliação da Marginal. “Ninguém nesse governo deu condições de as empresas apoiarem mais recursos politicamente do que eu”, afirmou Paulo Preto. De fato, Paulo Preto teve um peso enorme na gestão tucana em São Paulo. Os contratos administrados pelo engenheiro estavam entre as principais obras do País, somando R$ 6,5 bilhões. De acordo com relatório do TCU, obtido por ISTOÉ, o ex-diretor chegou a pagar às empreiteiras não apenas no prazo, mas também de maneira antecipada. Os auditores do tribunal recomendaram ajustes ao que consideram uma conduta indevida de Paulo Preto, pois sempre há o risco de as empresas receberem todo o pagamento sem garantias de cumprimento das obras.
Nesse enredo nebuloso também chama a atenção o patrimônio milionário do engenheiro. Na declaração de bens de 2009, Paulo Vieira de Souza diz possuir um patrimônio avaliado em R$ 3,4 milhões, sendo R$ 560 mil referentes a imóveis. Dois anos antes, declarou em seu nome um apartamento, três casas e mais três terrenos localizados em áreas nobres das cidades de Campos do Jordão e Ubatuba, num total de R$ 2 milhões, além de um hotel-fazenda. Os valores não estão atualizados, como permite a legislação do Imposto de Renda. Só o apartamento de Paulo Vieira, com 550 metros quadrados, no edifício Conde de Oxford, situado à rua Domingos Fernandes, na Vila Nova Conceição, vale pelo menos R$ 5 milhões, de acordo com corretores. O jeito esbanjador de Paulo Vieira de Souza é apontado por amigos e ex-colegas de trabalho como seu calcanhar de aquiles. Na comemoração de seu aniversário, em 7 de março do ano passado, ele deu uma megafesta na Casa das Caldeiras, uma exclusiva área de eventos em São Paulo. Com motivos árabes, os convidados, inclusive vários tucanos de alta plumagem, se deliciaram com danças de odaliscas e passeios de camelo. A quem quisesse ouvir, Paulo dizia que desembolsou nada menos que R$ 1 milhão com a recepção.
A gestão do orçamento milionário que estava a cargo de Paulo Preto levanta ainda outras suspeitas. Preocupada com o destino desse dinheiro, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma representação no Ministério Público paulista, na tarde da quinta-feira 14, pedindo uma investigação completa. Embora não conste da representação entregue pelo deputado José Mentor ao Ministério Público, uma equipe técnica do PT está debruçada em duas frentes principais de investigação. A primeira busca checar se houve desvio de verbas no rodoanel, com o suposto uso de material de baixa qualidade a preços superfaturados. “Não é possível que uma obra inaugurada há seis meses já precise de reparos, como os que vemos ao longo do trecho sul. Além disso, quando se anda a 80 quilômetros por hora o carro trepida como se estivéssemos numa estrada de terra”, questiona um petista. A desconfiança também recai sobre o processo de desapropriação de imóveis ao longo do anel viário. “Temos informação de que muitas propriedades e terrenos foram renegociados várias vezes”, acrescenta o mesmo parlamentar. Confirmados os indícios que pesam contra Paulo Preto, o PT paulista trabalhará para instalar uma CPI a fim de apurar o caso ainda mais a fundo.
Seguindo o espírito dos correligionários, que se calaram, Serra argumentou que Dilma, ao trazer o episódio à tona, está se preocupando com uma questão interna das finanças do PSDB, enquanto o caso da Casa Civil envolvia dinheiro público. Isto não é verdade. As arrecadações feitas por Paulo Preto e denunciadas pelo próprio PSDB só se realizaram em razão de obras públicas, financiadas com dinheiro do contribuinte. Além disso, o desvio, se comprovado, caracterizaria a prática criminosa de caixa 2 eleitoral. Por isso, o silêncio, nesses casos, é conveniente tanto para quem arrecadou quanto para as empresas que contribuíram. Há, ainda, indícios de que ele praticava tráfico de influência, já que contratou o escritório Edgard Leite Advogados Associados, banca em que trabalha a sua filha, Priscila Arana. “Paulo Preto contratou a própria filha para defender o Dersa, ao mesmo tempo que advogava para as construtoras. É um aberração, já que era o engenheiro que liberava o dinheiro paras as empresas clientes da filha e do governo”, denuncia o deputado Mentor (PT). Parte das empresas que supostamente fizeram as doações para a campanha do PSDB é representada pelo escritório onde a filha do engenheiro trabalha. “O escritório presta serviço, há mais de dez anos, a praticamente todas as empresas privadas que compõem os consórcios contratados para a execução do trecho sul do rodoanel”, afirma Edgard Leite Advogados em e-mail enviado à ISTOÉ. Mesmo assim, ele alega que são “inconsistentes e maldosas as tentativas de vincular o nome do escritório com qualquer ilicitude”. Os advogados confirmam ainda que a filha de Paulo Preto é funcionária da empresa desde 2006, ano em que o engenheiro assumiu o cargo de direção do Dersa. Sobre a defesa da empresa pública, o escritório diz que “jamais foi contratado pelo Dersa”. Não é, entretanto, o que mostra o processo judicial TC-011868/2007-6 sobre uma disputa jurídica entre o DNIT e o Dersa. Na peça, o nome de Priscila Arana aparece como advogada constituída para defender a estatal.
Ao longo da campanha presidencial, o candidato do PSDB, José Serra, tem mostrado crescente irritação com o trabalho da imprensa. A intolerância de Serra a críticas é bastante conhecida. Durante o primeiro turno, a candidata do PV, Marina Silva, chegou a registrar a relação conflituosa do tucano com o ofício dos jornalistas. “Existem duas formas de tentar intimidar a imprensa”, disse Marina. “Uma é aquela que vem a público e coloca de forma infeliz uma série de críticas. Outra é aquela que, de forma velada, tenta agredir jornalistas, pedir cabeça de jornalista, o que dá na mesma coisa, porque o respeito pela democracia e pela liberdade de imprensa é permitir que a informação circule”, afirmou a candidada. Segundo Marina, Serra “constrange e tenta intimidar jornalistas”. Os ataques sucessivos de Serra, porém, vêm sendo tratados com inexplicável compreensão por alguns setores. Quando o presidente Lula criticou a imprensa, suas opiniões foram encaradas como um atentado à liberdade de expressão e às instituições democráticas. Já o presidenciável tucano, medido por uma régua diferente, faz a mesma coisa, mas não é acusado de nada disso. Veja exemplos recentes da animosidade de Serra.
VALOR ECONÔMICO
Na terça-feira 13, em Porto Alegre (RS), Serra criticou a imprensa e acusou o jornal “Valor Econômico” de atuar em favor de Dilma Rousseff. “Seu jornal faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral”, disse Serra ao repórter Sérgio Bueno. Ele ficou irritadíssimo quando questionado sobre o ex-assessor Paulo Vieira de Souza e se deu ao direito de determinar qual o assunto deveria ser tratado pela reportagem do “Valor”. “Eu sei que, no caso, vocês não têm interesse na Casa Civil, naquilo que foi desviado. Seu jornal, pelo menos, não tem. Agora, no nosso caso, nós temos.” Neste momento, o ex-candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Fogaça, que acompanhava Serra, cochichou-lhe no ouvido alguma coisa sobre supostas tendências políticas do repórter. “Quem, ele? Mas o “Valor” também é meio assim, não é só ele não”, disse Serra. Mais tarde, a diretora de redação do Valor, Vera Brandimarte, lamentou a atitude do tucano: “Todos os candidatos devem estar dispostos a responder questões, mesmo sobre temas que não lhes agradem”, ponderou.
Na terça-feira 13, em Porto Alegre (RS), Serra criticou a imprensa e acusou o jornal “Valor Econômico” de atuar em favor de Dilma Rousseff. “Seu jornal faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral”, disse Serra ao repórter Sérgio Bueno. Ele ficou irritadíssimo quando questionado sobre o ex-assessor Paulo Vieira de Souza e se deu ao direito de determinar qual o assunto deveria ser tratado pela reportagem do “Valor”. “Eu sei que, no caso, vocês não têm interesse na Casa Civil, naquilo que foi desviado. Seu jornal, pelo menos, não tem. Agora, no nosso caso, nós temos.” Neste momento, o ex-candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Fogaça, que acompanhava Serra, cochichou-lhe no ouvido alguma coisa sobre supostas tendências políticas do repórter. “Quem, ele? Mas o “Valor” também é meio assim, não é só ele não”, disse Serra. Mais tarde, a diretora de redação do Valor, Vera Brandimarte, lamentou a atitude do tucano: “Todos os candidatos devem estar dispostos a responder questões, mesmo sobre temas que não lhes agradem”, ponderou.
FOLHA DE S.PAULOEm 28 de setembro, em vez de responder à pergunta de um jornalista da “Folha de S.Paulo”, em Salvador (BA), Serra preferiu partir para o ataque. “Candidato, nesses últimos dias de campanha, qual deve ser a (sua) estratégia?”, perguntou o repórter Breno Costa. “Certamente não é perder tempo com matéria mentirosa como a que você fez”, respondeu Serra. O presidenciável referia-se à reportagem publicada pelo jornal três dias antes com dados negativos sobre sua gestão no governo de São Paulo. Em nota, a direção da campanha do tucano afirmou que os trechos levantados pela reportagem eram “irrelevantes” e acusou a “Folha” de “desinformar” o leitor e de “apostar na máxima petista de pregar que todos são iguais e cometem os mesmos equívocos na ação governamental”.
CNT – MÁRCIA PELTIERNo dia 15 de setembro, Serra irritou-se durante gravação e ameaçou deixar o programa “Jogo do Poder”, da CNT, apresentado por Márcia Peltier. Ele não gostou de perguntas feitas e depois de dizer que estavam “perdendo tempo” com aqueles assuntos, passou a discutir com Márcia. Disse que, em vez de tratarem do programa de governo, estavam repetindo “os argumentos do PT”. Em seguida, levantou-se para deixar o estúdio. “Não vou dar essa entrevista, você me desculpa. Faz de conta que não vim”, disse Serra, reclamando que a entrevista não era um “troço sério”. Logo depois, pediu que os equipamentos fossem desligados e disparou: “Isso aqui está um programa montado.” A apresentadora negou com firmeza a acusação e teve uma conversa reservada com Serra. Só então o candidato aceitou voltar ao estúdio.
CBN – MIRIAM LEITÃOEm 10 de maio, durante entrevista matinal à rádio CBN, Serra manteve uma ríspida discussão com a jornalista Míriam Leitão. Ao participar da entrevista realizada em São Paulo, Míriam perguntou, por telefone, se o presidenciável respeitaria a autonomia do Banco Central
ou se presidiria também a instituição, caso vencesse a eleição. Serra primeiro respondeu que a suposição da jornalista era “brincadeira”. Na sequência, demonstrou que seu grau de irritação não parava de aumentar: “Você acha isso, sinceramente, que o Banco Central nunca erra? Tenha paciência!” Questionado se interviria na instituição ao se deparar com um erro, Serra interrompeu Míriam: “O que você está dizendo, vai me perdoar, é uma grande bobagem.”
ou se presidiria também a instituição, caso vencesse a eleição. Serra primeiro respondeu que a suposição da jornalista era “brincadeira”. Na sequência, demonstrou que seu grau de irritação não parava de aumentar: “Você acha isso, sinceramente, que o Banco Central nunca erra? Tenha paciência!” Questionado se interviria na instituição ao se deparar com um erro, Serra interrompeu Míriam: “O que você está dizendo, vai me perdoar, é uma grande bobagem.”
REFORMA TOTAL E PROFUNDA NO PODRE PODER JUDICIARIO!!!!
.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... O GRANDE MAL DO BRASIL......É O PODRE JUDICIARIO, REFORMA TOTAL E PROFUNDA DO PODER JUDICIARIO, JÁ, JÁ, JÁ.....ANTES, ATE DA REFORMA POLITICA E TRIBUTARIA......O QUE ATRASA A EVOLUÇAO DO BRASIL É O PODRE JUDICIARIO!!!!!! .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. FORA PODRE JUDICIARIO!!! FORA PODRE JUDICIARIO!!! FORA BANDIDOS DE TOGA!!! TODOS A SERVIÇO DO PSDB, PPS, DEM e DA IMUNDA DIREITA!!! .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. sao centenas de crimes cometidos por integrantes do PSDB, DEM, PPS e ninguem é punido, PORQUE SERRÁ???? .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. AECIOPORTOS e a sua superquadrilha em açao, com participaçao especial do PODRE JUDICIARIO BRASILEIRO: vejam a listas dos corruptos imprendiveis, inimputaveis, improcessaveis, injustiçaveis...quase todos do PSDB??? .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Mais de 150 nomes do cenário nacional e mineiro estão citados: Veja abaixo a lista dos beneficiados pelo caixa dois de Furnas. Fonte: Hoje em Dia.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PRESIDÊNCIA – José Serra (PSDB-SP): 7.000.000,00----------GOVERNADOR-SP – Geraldo Alckimin (PSDB-SP): 9.300.000,00---------GOVERNADOR-MG – AÉCIO NEVES: (PSDB-MG): 5.500.000,00----------SENADORES - RJ – Sérgio Cabral (PMDB-RJ): 500.000,00 /// Arthur da Távola – (PSDB-RJ): 350.000,00 /// Marcelo Crivella – (PL-RJ): 250.000,00----------SENADORES - MG - Eduardo Azeredo (PSDB-MG): 550.000,00 /// Hélio Costa (PMDB-MG) : 400.000,00 /// Zezé Perrella (PFL-MG): 350.000,00---------- DEPUTADOS-SP---------Valdemar Costa Neto (PL-SP): 250.000.00----- Vadão Gomes (PPB-SP): 150.000,00----- Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP): 150.000,00----- Aberto Goldman (PSDB-SP): 150.000,00----- Walter Feldman (PSDB-SP): 100.000,00----- Gilberto Kassab (PFL-SP): 100.000,00-----João Batista (PFL-SP): 100.000,00----- Luis Antônio Fleury (PTB-SP): 100.000,00----- Medeiros (PTB-SP): 100.000,00----- Nelson Marquezelli (PTB-SP): 100.000,00----- Robson Tuma (PFL-SP): 100.000,00----- Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP): 100.000,00----- Zulaiê Cobra (PSDB-SP): 75.000,00----- Chico Sardelli (PFL-SP): 75.000,00----- Chico Graziano (PSDB-SP): 75.000,00----- Dimas Ramalho (PPS-SP): 75.000,00----- Antonio Carlos Mendes (PSDB-SP): 75.000,00----- Luiz Carlos Santos (PFL-SP): 70.000,00----- João Baptista (PFL-SP): 70.000,00-----Aluízio Nunes Ferreira (PSDB-SP): 50.000,00----- Carlos Sampaio (PSDB-SP): 50.000,00-----Lobbe Neto (PSDB-SP): 50.000,00----- Silvio Torres (PSDB-SP): 50.000,00-----Walter Barelli (PSDB-SP): 50.000,00---------- DEPUTADOS-MG----------Dimas Fabiano Jr. (PPB-MG): 250.000,00-----Danilo de Castro (PSDB-MG): 250.000,00-----Mauro Lopes (PMDB-MG): 200.000,00-----Anderson Adauto (PL-MG): 200.000,00-----Saraiva Felipe (PMDB-MG): 150.000,00----Herculano Anghinetti (PSDB-MG): 150.000,00-----Osmânio Pereira (PSDB-MG): 150.000,00-----Toninho Andrada (PSDB-MG): 150.000,00-----Márcio Reinaldo (PPB-MG): 150.000,00-----Vanessa Lucas (PSDB-MG): 150.000,00-----José Militão (PTB-MG): 150.000,00-----Márcio Reinaldo Dias Moreira (PPB-MG): 150.000,00-----João Leite (PSB-MG): 150.000,00----- Gil Pereira (PPB-MG): 150.000,00-----Agostinho Patrus (PTB-MG): 150.000,00-----Ana Maria Vieira (PSDB-MG): 150.000,00-----Antônio Júlio (PSDB-MG): 150.000,00-----Alencar da Silveira Jr. (PDT-MG): 150.000,00----- Carlos Melles (PFL-MG): 100.000,00----- Roberto Brant (PFL-MG): 100.000,00-----Ronaldo Vasconcelos (PMDB-MG): 100.000,00-----Nárcio Rodrigues (PSDB-MG ): 100.000,00-----Odelmo Leão (PPB-MG): 100.000,00-----Marcelino Siqueira (PMDB): 100.000,00-----Jaime Martins (PFL-MG): 100.000,00-----João Magalhães (PMDB-MG): 100.000,00-----Júlio Delgado (PPS-MG): 100.000,00-----Aracely de Paula (PL-MG): 100.000,00-----José Santana (PL-MG): 100.000,00----- Mário Assad Jr. (PL-MG ): 100.000,00-----Sebastião Navarro (PFL-MG): 100.000,00----- Djalma Diniz (PSDB-MG): 100.000,00-----Luiz Humberto Carneiro (PSDB-MG): 75.000,00-----Alberto Bejani (PTB-MG): 75.000,00-----Jairo Lessa (PL-MG): 75.000,00-----Athos (PPS-MG): 75.000,00-----George (PTB-MG): 75.000,00-----Pinduca Ferreira (PPB-MG): 75.000,00-----Reminho Aloise (PFL-MG): 75.000,00-----Domingos Sávio (PSDB-MG): 75.000,00-----Ermano Batista (PSDB-MG): 75.000,00-----Elbe Brandão (PSDB-MG): 75.000,00-----Paulo Piau (PPS-MG): 75.000,00-----Gustavo Valadares (PFL-MG): 75.000,00-----Custódio Mattos (PSDB-MG): 75.000,00-----Paulo César DE Freitas (PRTB-MG): 75.000,00-----Fábio Avelar (PTB-MG): 75.000,00-----Leonardo Quintão (PMDB-MG): 55.000,00-----Fahim Sawan (PSDB-MG): 55.000,00-----Sebastião Costa da Silva (PFL-MG): 55.000,00-----Amílcar Martins (MG): 55.000,00-----Ermano Batista (PSDB-MG): 55.000,00-----Romeu Anízio Jorge (PPB-MG): 55.000,00-----Dilzon Melo (PTB-MG): 55.000,00-----Maria Olívia (PSDB-MG): 55.000,00----Mário Rodrigues (PMDB/MG): 40.000,00-----Rafael Guerra (PSDB-MG): 40.000,00-----Eduardo Barbosa (PSDB-MG): 35.000,00---------- DEPUTADOS-RJ-----------Paulo Feijó (PSDB-RJ): 150.000,00-----Márcio Fortes (PSDB-RJ ): 150.000,00-----Alexandre Santos (PSDB-RJ): 100.000,00-----Alice Tamborindeguy (PSDB-RJ): 100.000,00-----Andréia Zito (PSDB-RJ): 70.000,00-----Luiz Paulo (PSDB-RJ): 70.000,00-----Eduardo Paes (PSDB-RJ): 250.000,00-----Francisco Dornelles (PPB-RJ): 200.000,00-----Rodrigo Maia (PFL-RJ): 200.000,00-----Arolde de Oliveira (PFL-RJ): 150.000,00-----Carlos Rodrigues (PL-RJ): 150.000,00-----Washinton Reis (PMDB-RJ): 100.000,00-----Leonardo Picciani (PMDB-RJ): 100.000,00-----Nelson Bornier (PMDB-RJ): 100.000,00-----Eduardo Cunha (PMDB-RJ): 100.000,00-----Roberto Jefferson (PTB-RJ): 75.000,00-----Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ): 75.000,00-----Dr. Carlão (PRONA-RJ ): 75.000,00-----Jair Bolsonaro (PPB-RJ)---50.000,00-----Simão Sessim (PPB-RJ): 50.000,00-----Júlio Lopes (PPB-RJ): 50.000,00-----Dr. Heleno (PSC-RJ): 50.000,00----- Almir (PL-RJ): 50.000,00----------DEPUTADOS-BA--------------Juthay Jr. (PSDB-BA): 270.000,00-----Paulo Magalhães (PFL-BA): 250.000,00-----Fábio Souto (PFL-BA): 200.000,00-----ACM Neto (PFL-BA): 150.000,00-----Luiz Carreira (PFL-BA ): 100.000,00-----Jairo Carneiro (PFL-BA): 100.000,00-----João Almeida (PSDB-BA): 75.000,00-----Gerson Gabrielli (PFL-BA): 75.000,00-----João Leão (PL-BA): 75.000,00-----Rogério Nunes (PP/BA): 75.000,00-----José Carlos Aleluia (PFL-BA): 75.000,00-----José Rocha (PFL-BA): 70.000,00-----Aroldo Cedraz (PFL-BA): 50.000,00-----Coriolano Sales (PFL-BA): 50.000,00----------DEPUTADOS-ES---------------Luis Paulo Velloso Lucas (PSDB-ES): 350.000,00-----José Carlos Fonseca / Francisco Gomide (PFL-ES): 100.000,00-----Nilton Baiano (PPB-ES): 50.000,00----------DEPUTADOS-MA-------------Remi Trinta (PL-MA): 100.000,00---------- DEPUTADOS-MT----------Pedro Henry (PPB-MT): 100.000,00----------DEPUTADOS-PE----------Inocêncio de Oliveira (PFL-PE): 185.000,00-----Severino Cavalcante (PPB-PE): 180.000,00----- Joaquim Francisco (PFL-PE): 150.000,00-----Armando Monteiro (PTB-PE ): 150.000,00-----Pedro Correa (PPB-PE): 150.000,00-----Raul Jungmann (PMDB-PE): 150.000,00-----José Múcio (PTB-PE): 150.000,00----------DEPUTADOS-PI----------Ciro Nogueira (PPB-PI): 150.000,00----------DEPUTADOS-PR----------José Janene (PPB-PR): 150.000,00-----José Borba (PMDB-PR): 150.000,00-----Francisco Luiz Gomide (PMDB/PR): 100.000,00-----Affonso Camargo (PSDB-PR): 75.000,00-----Aberlardo Lupion (PFL-PR): 75.000,00-----Ricardo Barros (PPB-PR): 75.000,00-----Eduardo Sciarra (PFL-PR): 75.000,00----------DEPUTADOS-SC ---------- Gervásio Silva (PFL-SC): 75.000,00-----Zonta (PPB-SC): 75.000,00-----Paulo Bauer (PFL-SC): 75.000,00-----Serafim Venzon (PSDB-SC ): 75.000,00----- João Pizzolatti (PPB-SC): 75.000,00----Fernando Coruja (PPS-SC): 75.000,00.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. A PROPÓSITO... QUANDO É QUE A PGR, TSE e o STF APRECIARÃO A LISTA DE FURNAS? .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. .................................................................................... E TEM MAIS: MAIOR ASSALTO DO MUNDO DE TODOS OS TEMPOS! CADÊ A GRANA DA PRIVATARIA DO PSDB, FHC? (Seus ladrões de cofres pulblicos) Fonte dos dados brutos: BNDES. Telesp 4,96 bilhões Vale do Rio Doce 3,13 bilhões Telesp Celular 3,07 bilhões CPFL (energia, São Paulo) 3,01 bilhões Tele Norte Leste 2,94 bilhões Light (Rio de Janeiro, distribuidora) 2,35 bilhões Embratel 2,27 bilhões Usiminas 1,94 bilhão Eletropaulo Metrop. (energia, São Paulo) 1,77 bilhão Tele Centro Sul 1,77 bilhão Coelba (energia, Bahia) 1,60 bilhão CEEE (energia, Rio Grande do Sul) 1,48 bilhão Companhia Siderúrgica Nacional 1,49 bilhão CEEE-Centro Oeste (energia) 1,37 bilhão Tele Sudeste Celular 1,36 bilhão Cemig (energia, Minas Gerais) 1,05 bilhão Copesul (petroquímica) 861 milhões Rede Ferroviária Federal-Sudeste ** 870 milhões Telemig Celular 750 milhões Cachoeira Dourada (energia, Goiás) 710 milhões Tele Celular Sul 700 milhões CRT (tele, Rio Grande do Sul) 660 milhões Tele Nordeste Celular 660 milhões Cosern (energia, RN) 600 milhões Açominas 600 milhões Cosipa 590 milhões CERJ (energia, interior Rio de Janeiro) 590 milhões Enersul 570 milhões Energipe (energia, Sergipe) 520 milhões Acesita (siderurgia) 460 milhões Tele Centro Oeste Celular 440 milhões CEG 430 milhões Tele Leste Celular 430 milhões Escelsa (energia, Espírito Santo) 430 milhões Cemat (energia, Mato Grosso) 350 milhões Banerj 330 milhões Rede Ferroviária-Centro Leste ** 320 milhões PQU (petroquímica) 290 milhões Metrô RJ 260 milhões Copene (petroquímica) 270 milhões Porto de Santos-Terminal 251 milhões Banco Meridional 240 milhões Petroflex 230 milhões Rede Ferroviária-Sul ** 210 milhões Ultrafértil 205 milhões Embraer (indústria aeronáutica) 190 milhões Fosfértil 180 milhões Salgema (petroquímica) 140 milhões .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. E tem mais: .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. PORQUE SERRÁ??? PORQUE SERRÀ??? até o meu cachorro vira-lata sabe que o PSDB roubou o METRO DE SAO PAULO, NA CBTM, NO RODOANEL, NA SABESP, NA USP, NA SANTA CASA, NA MERENDA ESCOLAR, NA COMPRA DOS LIXOS VEJA, ISTO É, ESTADAO, DATA FALHA PRA ESCOLA PUBLICAS SEM LICITAÇAO, NAS CONTRUÇOES DA AVENIDAS MARGINAL, NA LIMPEZA DO TIETE, NA LISTA DA FURNAS, NOS 3 BILHOES DA SAUDE INVESTIDO NA COPASA, QUE SUMIU, NOS AEROPORTOS COM DINHEIRO PUBLICO PELO AECIO NEVES, E ETCS, ETCS, ETCS...???? .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. E tem mais: .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Onde tem: PSDB, PPS, DEM, VEJA, REDE ROUBO e o PIG .....tem MENTIRAS PLANTADAS, NOTICIAS FABRICADAS, FALSOS TESTEMUNHOS, MANIPULAÇOES GERAIS, FALSOS DOSSIES, CORRUPÇAO, ROUBOS DOS COFRES PUBLICOS, como AECIOPORTOS, CEMIG, COPASA, LISTA DE FURNAS, MENSALAO DO AZEREDO/PSDB, MENSALAO ARRUDA,RORIZ/ DEM e PSDB/DF, TRENSALAO DO PSDB EM SAO PAULO, 700 PEDAGIOS EM SAO PAULO, ROUBO DO DINHEIRO DA SANTA CASA e DA SAUDE DE SAO PAULO, ROUBOANEL, ROUBO DA AGUA DA SABESP e do DINHEIRO TAMBEM, ROUBO DA MERENDA ESCOLAR ESTADUAL,ROUBO E FALENCIA DA USP, 30 FAVELAS QUEIMADAS EM LUGAR NOBRE DE SP, ROUBO DA FURB, ROUBO NOS 700 PEDAGIOS EM SP, ROUBO NA MAFIA DO ASFALTO, SATIAGRAHA, CASTELO DE AREIA, CHACAL, CPMI DO CACHOEIRA, ,,,,E ETCS.
Nota do editor de Poder Executor
Vc ainda não viu nada, permita-se se surpreender com o nível de corrupção nas hostes do PSDB sem que a população saiba pq blindados pela mídia, Ministério Público e Judiciário. É esta gente que quer voltar ao poder pelas mãos de Aécio e/ou Marina Silva:
Denúncia: A Lista de Furnas
http://www.viomundo.com.br/denuncias/lista-de-firnas.html
Vou aproveitar o embalo e postar alguns links para rolos tucanos,,..que me lembre agora...trensalão tucano, compra de votos para reeeleição de FHC, o contrabando do nióbio em MG,..aquisição de participação nas ações das teles na epoca da privataria,,,,ah me lembrei agora do artigo O Menino Tolo, em que Bresser, quando ainda era tucano, critou a privataria, dando a entender que o correto seria abrir o mercado às empresas estrangeiras ao invés de entregas as nossas aos abutres,...antigamennte a moda era PROER disso PROER daquilo, uma espécie de bolsa para afortuanados: PROER dos bancos...PROER da mídia....haja assunto...
Preocupação da Globo em poupar FHC leva emissora exilar jornalistas que teria sido engravidada por ele9FHC)..,,,em troca FHC abriu o cofre para a miidia, o tal PROER da míida.....
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2011/07/o-corno-do-seculo-xx-ou-ultima-exilada.html
Além da sonegeção da ordem de 18 de bilhões pelo Itaú(aliado de Marina Silva), Natura (que apoia Marina) deve lá seus milhões de reais ao fisco,,também a Globo, essa máfia que a todo momento brada contra a corrupção são os verdadeiramente corruptos deste país e, claro, muito poderosos, por isso seus podres são jogados para debaixo do tapete, não saem no JN e são abafados pelo Ministério Pùblico e Judiciário nas várias instâncias, tendo o esquema policiais infiltrados na PF para vazar informações à mídia desde que o "delatado" não seja tucano ou aliado, claro...
As empresas de mídia por trás do contrabando de nióbio http://saraiva13.blogspot.com.br/2014/09/por-tras-do-contrabando-do-niobio-os.html
A Globo sabe muito bem o que é o nióbio,,,saiba vc também
Deu no G1: Monopólio brasileiro do nióbio gera cobiça mundial
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html
Paulo Nogueira, no DCM: A compra de votos por FHC
"“O dinheiro (…) só foi entregue aos parlamentares na manhã do dia da votação do primeiro turno da emenda da reeleição, 28 de janeiro, uma terça-feira.
No mundo só existem 3 minas de nióbio: Em Catalão-GO, Araxá-MG e Canadá....daí o intenso interesse dos EUA, como revelou o WikiLeaks
No vídeo abaixo vc entenderá o quão foi nefasto para o Brasil a privatização da Vale. Quanto ao nióbio, as minas que ficam em Catalão-GO e Catalão-GO, Estados governados por tucanos, kd o ouro...
Mais sobre o contrabando do Nióbio:
GGN sobre a candidatura Aécio Neves: O aeroporto de Cláudio, o helicoptero e a rota do tráfico de drogas
http://jornalggn.com.br/noticia/o-aeroporto-de-claudio-o-helicoptero-e-a-rota-do-trafico-de-drogas
Muita gente não sabe que Globos, Folhas, Vejas e Estadões abocanharam parte das teles .,...Saiba porque as familias midiáticas estão na cola de Amaury, autor do livro A Privataria Tucana.,,
http://www.blogdacidadania.com.br/2011/12/familias-midiaticas-estao-na-cola-do-amaury-saiba-por-que-2/
PSDB é o partido mais sujo do Brasil
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/psdb-partido-mais-sujo-brasil-ranking-justica-eleitoral.html
Isso também:
http://namarianews.blogspot.com.br/2014/10/reproduzo-aqui-nova-entrevista-do_3.html
Nota de editor de Poder Executor
Mas são tantos os casos de corrupção nas hostes tucanas que estou tentando organizar a zorra, ainda não sei como, vai aqui mais alguns links, interessante que a grande mídia não noticia nada disso, tudo é devidamente abafado, pois é, quem quiser um governo que é honesto só pq a mídia não noticia suas maracataias, vote PSDB. Se vc quiser a desgraça desse pais, vote PSDB
Bob Fernandes: Só "mensalão" acabou na Justiça
PF vê envolvimento de PSB e PSDB em atos de corrupção em PE
http://tijolaco.com.br/blog/?p=21917
Se for investigado, Aécio Neves será preso
http://www.viomundo.com.br/denuncias/rogerio-correia-o-senador-aecio-nao-deixa-investigar-nada-porque-tem-denuncia-que-o-envolve-pessoalmente-alem-das-denuncias-de-seu-governo-se-tudo-investigado-ele-acaba-preso.html
O "mensalão" não existiu, não houve compra de votos de deputados eleitos para aprovar reformar de Lula, não houve uso de recursos publicos, o Visanet era fundo privado, os serviços contratados foram prestados. O que chamam de "mensalão" foi na verdade caixa 2 para campanhas eleitorais, prescrito à época do julgamento do "mensalão", se bem que o TSE aprovou as contas do PT referentes àquele período, de forma que, ao que tudo indica, não houve nem mesmo caixa 2 eleitoral, e sim empréstimos feito junto a rede bancária e devidamente quitados, sem prejuízos aos cofres públicos ou a quem quer que seja. Já o mensalão tucano, existiu, e com uso dos recursos públicos, mas como é tucano tá liberado, neste caso não interessa o crime praticado e sim quem o pratico, tucano tem imunidade para roubar no atacado
http://lexometro.blogspot.com.br/2014/04/coletanea-mensalao.html
Atenção: Janot/PGR não considerou improcedente o pedido para de investigação criminal do caso aceioporto, e sim enviou para que o MPF investigue-o por prática de improbidade administrativa
Mais sobre o tema
Como a mídia blinda os tucanos
Depois do tucano receber os votos, a mídia avisa que #NãoVaiTerÁgua
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/depois-do-tucano-receber-os-votos-do.html
Como o aparato midiático-penal blinda os tucanos
O levanta e corta entre MP e Sabesp na crise da água em SP
http://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-levanta-e-corta-entre-mp-e-sabesp-na-crise-da-agua-por-sergio-reis
Como a mídia alimenta o ódio contra o PT...,
http://jornalggn.com.br/noticia/folha-engrossa-campanha-anti-pt-em-meio-a-eleicao
A derrota de Aecioporto em sua própria terra, MG
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/10/vitrine-de-aecio-neves-quebrou-em-minas-gerais-9006.html
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Juca Kfouri conta como Aecioporto engavetou a corrupção da Loteca e de Eurico Miranda
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Bicheiro Cachoeira terá sua bancada na Câmara com parlamentares do PSDB
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http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/aecio-nao-consegue-eleger-perrella-o.html
Vc ainda não viu nada, permita-se se surpreender com o nível de corrupção nas hostes do PSDB sem que a população saiba pq blindados pela mídia, Ministério Público e Judiciário. É esta gente que quer voltar ao poder pelas mãos de Aécio e/ou Marina Silva:
Denúncia: A Lista de Furnas
http://www.viomundo.com.br/denuncias/lista-de-firnas.html
Vou aproveitar o embalo e postar alguns links para rolos tucanos,,..que me lembre agora...trensalão tucano, compra de votos para reeeleição de FHC, o contrabando do nióbio em MG,..aquisição de participação nas ações das teles na epoca da privataria,,,,ah me lembrei agora do artigo O Menino Tolo, em que Bresser, quando ainda era tucano, critou a privataria, dando a entender que o correto seria abrir o mercado às empresas estrangeiras ao invés de entregas as nossas aos abutres,...antigamennte a moda era PROER disso PROER daquilo, uma espécie de bolsa para afortuanados: PROER dos bancos...PROER da mídia....haja assunto...
Preocupação da Globo em poupar FHC leva emissora exilar jornalistas que teria sido engravidada por ele9FHC)..,,,em troca FHC abriu o cofre para a miidia, o tal PROER da míida.....
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2011/07/o-corno-do-seculo-xx-ou-ultima-exilada.html
Além da sonegeção da ordem de 18 de bilhões pelo Itaú(aliado de Marina Silva), Natura (que apoia Marina) deve lá seus milhões de reais ao fisco,,também a Globo, essa máfia que a todo momento brada contra a corrupção são os verdadeiramente corruptos deste país e, claro, muito poderosos, por isso seus podres são jogados para debaixo do tapete, não saem no JN e são abafados pelo Ministério Pùblico e Judiciário nas várias instâncias, tendo o esquema policiais infiltrados na PF para vazar informações à mídia desde que o "delatado" não seja tucano ou aliado, claro...
As empresas de mídia por trás do contrabando de nióbio http://saraiva13.blogspot.com.br/2014/09/por-tras-do-contrabando-do-niobio-os.html
A Globo sabe muito bem o que é o nióbio,,,saiba vc também
Deu no G1: Monopólio brasileiro do nióbio gera cobiça mundial
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html
Paulo Nogueira, no DCM: A compra de votos por FHC
"“O dinheiro (…) só foi entregue aos parlamentares na manhã do dia da votação do primeiro turno da emenda da reeleição, 28 de janeiro, uma terça-feira.
A entrega dos 200 000 reais em dinheiro, para cada deputado, foi feita mediante a devolução dos cheques pré-datados — que foram rasgados (…).
A troca dos cheques por dinheiro ocorreu em um local combinado em Brasília. Cada deputado se apresentou, rasgou seu cheque na hora e recebeu o pagamento em dinheiro dentro de uma sacola.”
Todo mundo sabia quem era o “Senhor X”, mas isso não estimulou nenhuma empresa de mídia a ir atrás de uma história simplesmente sensacional de corrupção.
O motivo é que FHC era amigo"
Segue link para texto na íntegra
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-o-senhor-x-descreveu-a-compra-de-votos-para-que-fhc-pudesse-se-reeleger/No mundo só existem 3 minas de nióbio: Em Catalão-GO, Araxá-MG e Canadá....daí o intenso interesse dos EUA, como revelou o WikiLeaks
No vídeo abaixo vc entenderá o quão foi nefasto para o Brasil a privatização da Vale. Quanto ao nióbio, as minas que ficam em Catalão-GO e Catalão-GO, Estados governados por tucanos, kd o ouro...
Mais sobre o contrabando do Nióbio:
Por Sergio Rocha em seu Blog
Araxá, em Minas Gerais, devia ser uma das cidades mais rica do Brasil. Não é. Até sua beleza é roubada.
A mineração, em Araxá, poderia ser a maior fonte geradora da economia de Minas Gerais. Não é, pelo constante contrabando de minérios fosfatados, ao lado do nióbio explorado pela empresa CBMM.
Outra fonte de riqueza para os estrangeiros & lacaios mineiros & outros: a pirataria de suas águas medicinais.
Conheça os nomes dos ladrões:
A REDE GLOBO E O CONTRABANDO DO NIÓBIO
Um canal de televisão que desde seu surgimento esteve no centro das grandes jogadas políticas estaduais e nacionais, através de acordos pouco ortodoxos, volta à cena sob suspeita de carrear recursos provenientes da venda subfaturada de Nióbio, para financiar a expansão da Rede Globo em Minas Gerais, a serviço de um projeto político.
A principal suspeita de irregularidade encontrada é o fato do dirigente da Rede Integração, Antônio Leonardo Lemos Oliveira, sem se afastar da emissora, assumir a vice presidência da CODEMIG, empresa pertencente ao governo de Minas encarregada de administrar o patrimônio minerário do Estado, por consequência a extração, beneficiamento e venda do Nióbio.
A venda e exploração do Nióbio de Araxá já é objeto de investigação pelo Ministério Público mineiro. Porém, um relatório da Receita Federal visando apurar a evasão de divisas existente na venda subfaturada do mineral joga luz sobre a possível transferência de recursos obtidos na operação pela Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá, sociedade celebrada sem autorização legislativa ou licitação entre CODEMIG e CBMM, empresa do Grupo Moreira Sales para a Rede Globo de Televisão.
Em 1962, através da outorga assinada pelo primeiro-ministro Tancredo Neves, foi entregue a TV Triangulo ao empresário Edson Garcia Nunes. Tudo por articulação política de Adib Chueire, e em 1964, um mês após o golpe militar, foi ao ar a emissora. O primeiro contato de retransmissão foi com a TV Excelsior e a seguir com a Record. No início da década de 70, a difícil situação da TV Record e o fim da TV Excelsior comprometeram o funcionamento da TV Triângulo.
As ações de Edson Garcia Nunes, suas opções a respeito da televisão e o próprio nome da emissora já o colocavam como um defensor da criação do Estado do Triângulo. Segundo o seu depoimento, essa opção tomara novo fôlego em 1967, quando ele passa a participar mais ativamente do movimento de emancipação do Estado do Triângulo.
A TV Triângulo passa a divulgar o movimento, a bandeira do estado é afixada nos caminhões da emissora, faixas e inscrições defendendo a causa.
A principal peça da campanha emancipacionista era: “Essa gente sabe muito bem cuidar do seu nariz. Estado do Triângulo. Vamos respirar livremente. O crescimento desse movimento começava a incomodar o Governo Militar, e em 1968, segundo informações do próprio Edson Garcia Nunes, ele é convocado para uma “conversa” com o Chefe de Gabinete do então presidente Costa e Silva.
Nessa conversa ficou claro que, se Edson Garcia Nunes não se afastasse do movimento separatista, perderia a concessão do canal. Movimento que deixou de ser significativo quando o uberlandense Rondon Pacheco assume o governo do Estado de Minas Gerais. Segundo Golberi, a TV Triangulo simulava a vontade de divisão do Estado de Minas Gerais para justificar a escolha de Rondon Pacheco pelo regime militar.
Segundo o livro depoimento de Edson Garcia Nunes, em 1965, a TV Triangulo passava por uma séria crise financeira e o político paulista Ademar de Barros o convida para uma visita ao seu gabinete em São Paulo, e lá faz uma proposta para a compra da emissora. Aceitando, chegou a receber uma ordem de crédito equivalente à metade do valor da venda como uma primeira parcela do pagamento. Antes da segunda parcela, que seria paga após seis meses, Adhemar de Barros tem os seus direitos políticos cassados e desiste da compra.
Os problemas financeiros se repetiram em 1968 quando Rondon Pacheco ocupava a Chefia da Casa Civil do presidente militar Costa e Silva. Os novos proprietários da TV Excelsior, já então uma pequena Rede, com quatro emissoras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), envolvem-se em uma delicada negociação de venda da rede que envolveu o próprio Garcia Nunes, atuando como “testa de ferro” de Antônio Delfim Netto, que tinha aspirações políticas de ser Governador do Estado de São Paulo.
A negociata incluía, entre outras coisas, que um processo envolvendo a falsificação dos selos de uma empresa de cigarros, de propriedade dos mesmos empresários que comandavam a Excelsior, fosse “desaparecido”. Em troca, os empresários passariam dois terços das ações das emissoras para os novos proprietários sem nada receber. Os novos donos teriam como compromisso apenas o pagamento das dívidas de Impostos Federais, encargos sociais e salários dos funcionários.
Enquanto as conversações corriam e auditorias eram realizadas, ficou comprovado que o valor das dívidas era maior do que o esperado, e foi feito um novo acordo que, segundo Edson Garcia Nunes, incluiu o “esquecimento” dos impostos federais. Nesse meio tempo também, os proprietários das quatro emissoras receberam uma boa oferta pela TV Gaúcha e realizaram o negócio acreditando que o interesse do grupo comprador ao qual estava ligado Edson Garcia Nunes resumia-se à emissora de São Paulo.
Ele, no entanto, se sentiu traído, pois tinha um interesse particular na emissora gaúcha e o negócio se desfez. Ainda interessado em expandir seus negócios, entrou em contato com Otávio Frias, de quem comprou a TV Vila Rica, de Belo Horizonte, assumindo as dívidas da empresa. A emissora foi logo vendida para Januário Carneiro, que posteriormente a transferiu para á Rede Bandeirantes de Televisão.
Em 31 de agosto de 1971 a TV Triângulo é vendida para os empresários Tubal de Siqueira e Silva, Rubens de Freitas e seu irmão Renato de Freitas e Rubens Leite, iniciando a retransmissão da programação da Rede Globo. A emissora foi a terceira afiliada da Rede. Como o próprio Edson Garcia Nunes afirma em seu livro de memórias, desde sua fundação a TV Triângulo esteve umbilicalmente ligada a “Jogadas Políticas e econômicas” pouco ortodoxas.
Como se a seguir seu destino, os investimentos para expansão da Rede Globo no interior de Minas Gerais, através da TV Triangulo, atual Rede Integração, assustam. Após 2002, como que em um passe de mágica, a Rede Integração é propagada como de propriedade exclusiva do empresário Tubal de Siqueira Silva. Segundo o relatório da Receita Federal, os investimentos posteriores já ultrapassaram R$ 1 Bilhão, sem que qualquer faturamento significativo de publicidade tenha ocorrido no período.
Todo capital foi obtido através de empréstimos tomados de Bancos ligados ao Grupo Moreira Sales. Em 2007, a Rede Integração adquiriu parte da TV Panorama, afiliada da Globo de Juiz de Fora/MG, expandindo a empresa também para a Zona da Mata, controlando assim 4 das 8 retransmissoras da TV Globo em Minas Gerais e se tornando a maior empresa de comunicação do interior mineiro. Cinco anos mais tarde, a Rede Integração assumiu a totalidade da TV Panorama que com isso, passou a se chamar TV Integração Juiz de Fora.
Segundo o superintendente da emissora, Rogério Nery, a compra da participação é um marco importante. “Vamos levar efetivamente a marca da TV Integração para a Zona da Mata, com respeito aos costumes e à cultura da região, que é muito importante para o Estado e para o país”. Dessa maneira, a TV Integração, que atua no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Noroeste, Pontal e Centro-Oeste, agora passa a abranger a Zona da Mata. Ao todo, são 233 municípios que recebem a sinal da emissora e mais de 5,5 milhões de telespectadores.
Ao todo, hoje são 259 cidades e 5.376,579 milhões de habitantes atingidas pelo sinal da Rede Integração que além de TV, opera 3 emissoras de rádio (95,1 FM, Globo Cultura Am 1020 e Regional FM), um portal de Internet (Megaminas.com), uma operadora de TV a Cabo (Net Patos de Minas), uma empresa com soluções para web (Webroom) – com filiais em Uberlândia, Brasília e Goiânia – e uma produtora de vídeo (Imaginare Filmes).
Emissoras
TV Integração Araxá (Araxá) – Canal 12
TV Integração Ituiutaba (Ituiutaba) – Canal 7 e 30 UHF Digital
TV Integração Uberlândia (Uberlândia) – Canal 8 VHF e 30 UHF Digital
TV Integração Juiz de Fora (Juiz de Fora) – Canal 5
TV Integração Ituiutaba (Ituiutaba) – Canal 7 e 30 UHF Digital
TV Integração Uberlândia (Uberlândia) – Canal 8 VHF e 30 UHF Digital
TV Integração Juiz de Fora (Juiz de Fora) – Canal 5
Principais Cidades
Uberlândia – 611.903 habitantes IBGE/2011
Juiz de Fora – 520.810 habitantes IBGE/2011
Uberaba – 299.360 habitantes IBGE/2011
Divinópolis – 215.246 habitantes IBGE/2011
Patos de Minas – 139.848 habitantes IBGE/2011
Barbacena – 127.217 habitantes IBGE/2011
Araguari – 110.402 habitantes IBGE/2011
Ubá – 102.782 habitantes IBGE/2011
Muriaé – 101.430 habitantes IBGE/2011
Ituiutaba – 97.791 habitantes IBGE/2011
Araxá – 94.798 habitantes IBGE/2011
Itaúna – 86.123 habitantes IBGE/2011
Paracatu – 85.447 habitantes IBGE/2011
Pará de Minas – 85.075 habitantes IBGE/2011
São João del-Rei – 84.404 habitantes IBGE/2011
Patrocínio – 82.471 habitantes IBGE/2011
Viçosa – 72.244 habitantes IBGE/2011
Juiz de Fora – 520.810 habitantes IBGE/2011
Uberaba – 299.360 habitantes IBGE/2011
Divinópolis – 215.246 habitantes IBGE/2011
Patos de Minas – 139.848 habitantes IBGE/2011
Barbacena – 127.217 habitantes IBGE/2011
Araguari – 110.402 habitantes IBGE/2011
Ubá – 102.782 habitantes IBGE/2011
Muriaé – 101.430 habitantes IBGE/2011
Ituiutaba – 97.791 habitantes IBGE/2011
Araxá – 94.798 habitantes IBGE/2011
Itaúna – 86.123 habitantes IBGE/2011
Paracatu – 85.447 habitantes IBGE/2011
Pará de Minas – 85.075 habitantes IBGE/2011
São João del-Rei – 84.404 habitantes IBGE/2011
Patrocínio – 82.471 habitantes IBGE/2011
Viçosa – 72.244 habitantes IBGE/2011
Rádios
Cultura FM 95,1 – Uberlândia
Radio Bandeirantes de Araguari Ltda. – Araguari
Radio Cultura de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. Ituiutaba
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Radio Bandeirantes de Araguari Ltda. – Araguari
Radio Cultura de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. Ituiutaba
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Retransmissoras de TV
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Alegre de Minas. Canal 6
Monte Alegre de Minas. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patos de Minas. Canal 10
Patos de Minas. Canal 10
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Conquista. Canal 14
Conquista. Canal 14
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Ituiutaba. Canal 7
Ituiutaba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patrocínio. Canal 6
Patrocínio. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Frutal. Canal 11
Frutal. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araporã. Canal 24
Araporã. Canal 24
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Sacramento. Canal 2
Sacramento. Canal 2
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Carmo do Paranaíba. Canal 7
Carmo do Paranaíba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Coromandel. Canal 11
Coromandel. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Santa Vitória. Canal 36
Santa Vitória. Canal 36
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Tupaciguara. Canal 5
Tupaciguara. Canal 5
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Carmelo. Canal 9
Monte Carmelo. Canal 9
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Guimarânia. Canal 13
Guimarânia. Canal 13
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araxá. Canal 12
Consultado, o dirigente da Rede Integração e da CODEMIG, Antônio Leonardo Lemos Oliveira, não quis comentar o assunto. Igualmente, a Rede Integração, Rede Globo e CODEMIG também não se pronunciaram.
Araxá. Canal 12
Consultado, o dirigente da Rede Integração e da CODEMIG, Antônio Leonardo Lemos Oliveira, não quis comentar o assunto. Igualmente, a Rede Integração, Rede Globo e CODEMIG também não se pronunciaram.
Documentos que fundamentam esta matéria
(Transcrito do Novo Jornal, Minas Gerais)
Esta rede criada desde Tancredo Neves, primeiro-ministro, isto é, Chefe do Governo do Brasil, no então sistema parlamentarista imposto pelos militares, foi fortalecida pelo neto Aécio Neves, candidato do nióbio e da Globo a presidente.
GGN sobre a candidatura Aécio Neves: O aeroporto de Cláudio, o helicoptero e a rota do tráfico de drogas
http://jornalggn.com.br/noticia/o-aeroporto-de-claudio-o-helicoptero-e-a-rota-do-trafico-de-drogas
Muita gente não sabe que Globos, Folhas, Vejas e Estadões abocanharam parte das teles .,...Saiba porque as familias midiáticas estão na cola de Amaury, autor do livro A Privataria Tucana.,,
http://www.blogdacidadania.com.br/2011/12/familias-midiaticas-estao-na-cola-do-amaury-saiba-por-que-2/
PSDB é o partido mais sujo do Brasil
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/psdb-partido-mais-sujo-brasil-ranking-justica-eleitoral.html
Isso também:
NaMaria: Veja dirigiu a educação brasileira nos governos tucanos
publicado em 1 de outubro de 2014 às 11:51
por Conceição Lemes
Nesse domingo 28, após ler no Viomundo a matéria “Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa”, de Ricardo Kotscho, publicada originalmente no R7, NaMaria, do blog NaMaria News, nos mandou esta mensagem:
Interessantíssima a matéria do Kotscho. Fiquei até com pena do senhor Roberto Civita, dono/herdeiro da Abril, da sua Fundação V. Civita, de Veja, Exame, Nova Escola (que ganhou até prêmio da Universidade de Navarra), Guia do Estudante, Recreio, Veja na Sala de Aula etc..
Ele não é mantenedor, patrocinador e parceiro do Instituto Millenium, que tem entre seus “especialistas” o autor da matéria denunciada por Kotscho, Agamenon Mendes Pedreira – vulgo Marcelo Madureira?
Um verdadeiro “coitadinho”, esse Civita, “tadinha” da Abril. Ai, meus sais.
Tudo porque o “malvado” do Lula resolveu fazer um tipo de “reforma agrária” nas verbas da Comunicação e, de quebra, nas compras dos livros didáticos, pelo MEC [Ministério da Educação], que incluíam publicações da Fundação Civita/Abril?
Te juro. Deu peninha. Ódio é um sentimento tão sentimental… Estou quase chorando aqui.
Você sabe que sou uma boa alma, mas tenho de te perguntar: será que os mais de 52 milhões dados pela Secretaria de Educação de São Paulo (2004-2010) não ajudaram em nada a Abril/Veja?
Sei. Aí tem coisa, Conceição Lemes, tem muita história ainda não sabida sobre a Veja e a Educação nacional e suas redes, tem muito fio sem nó. Se você quiser eu te conto um pouco, quer?
NaMaria é provavelmente a pessoa que mais conhece e mais denunciou os caminhos tortuosos dos negócios e desmandos dos tucanos na área educacional e suas ligações perigosas com a nossa grande mídia. É uma web pesquisadora com faro finíssimo.
Em entrevista ao Viomundo em 2010, NaMaria revelou que desde 2004 até aquele ano, o PSDB havia gasto mais de R$ 250 milhões com a mídia (quase tudo sem licitação) em nome da Educação Pública de São Paulo. Ali, NaMaria mostrou a estratégia de muitas empresas que negociam a Educação em SP, entre elas as de Roberto Civita:
Se pegarmos as compras feitas pela FDE [Fundação para o Desenvolvimento da Educação] à Abril (Guia do Estudante Vestibular, Atlas Nacional Geographic, Revista Recreio e Veja) e Fundação Victor Civita (Revista Nova Escola), em contratos sem licitação que o DO [Diário Oficial do Estado de São Paulo] aponta desde 2004 até agora [2010], teríamos a quantia de R$52.014.101,20.
Com o mesmo dinheiro entregue à Abril/Civita, sem qualquer percalço licitatório, em troca de papel, poderíamos construir quase 13 novas escolas ou cerca de 152 salas de aula, com capacidade para mais de 15 mil alunos nos três períodos (manhã, tarde e noite). Desafogaríamos as escolas existentes e atenderíamos dignamente os alunos e comunidades.”
Aceitamos, claro, a proposta da NaMaria. Mas antes, é necessário recolocar a tabela dos gastos públicos da Educação de São Paulo com a Abril e Fundação Victor Civita, para que vocês se localizem.
ED. ABRIL / FUND. CIVITA CONTRATO / LINK D.O. VALOR
18.160 assinaturas (renovação) Revista Nova Escola (DE’s/Ofs.Pedags/Escolas) SÓ HÁ 2 REGISTROS EM DO – onde e quando o contrato inicial? ~ 42/2199/04/04 (ver DO 29/12/04) ~14/jan/05 326.880,00
18.160 assinaturas (renovação) Revista Nova Escola ~ 15/1063/07/04 ~23/out/2007 408.600,00
220.000 assinaturas da Revista Nova Escola – edições 216 a 225 – solicitado pela CENP para o “Ler e Escrever” ~ 15/1165/08/04
(ver DO 1/10/2008 ) ~ 25/out/2008 3.740.000,00
415.000 exemplares Guia do Estudante Atualidades Vestibular 2008 ~ 15/0543/08/04 ~23/abr/2008 2.437.918,00
430.000 exemplares Edições nº 7 e 8 do Guia do Estudante Atualidades Vestibular ~ 15/1104/08/04 ~22/out/2008 4.363.425,00
430.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed.08 +20.000 Revista do Professor ~ 15/0063/09/04 ~11/fev/2009 2.498.838,00
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed. 09 +25.000 Revista do Professor ~ 15/0238/09/04 ~16/jun/2009 3.143.120,00
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed.10 +27.500 Revista do Professor ~ 15/0614/09/04 ~29/ago/2009 3.249.760,00
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular 2º sem 2009 + 27.500 Revista do Professor ~ 15/00024/10/04 ~2/abr/2010 3.177.400,00
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed.11-2º sem 2010 + 27.500 Revista do Professor Nº5 ~ 15/00473/10/04 ~15/jun/2010 3.328.600,00
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed. 12-2º sem 2010 + 27.500 Revista do Professor Nº6 ~15/00762/10/04 ~17/ago/2010 3.328.600,00
PARCIAL 25.527.661,00
3.000 assinaturas Revista Recreio ~15/0181/08/04 ~29/mar/2008 1.071.000,00
6.000 assinaturas Revista Recreio ~15/0182/08/04 ~29/mar/2008 2.142.000,00
5.155 assinaturas Revista Recreio ~15/0670/08/04 ~12/ago/2008 1.840.335,00
25.702 assinaturas Revista Recreio ~15/0149/09/04 ~17/abr/2009 12.963.060,72
2.259 assinaturas Revista Recreio ~ 15/0528/09/04 ~1/set/2009 891.220,68
PARCIAL 18.907.616,40
95.316 Atlas Nacional Geographic vols. 1 ao 26, sendo 3.666 exemplares de cada volume ~ 15/00273/09/04 ~28/mai/2010 733.200,00
5.200 assinaturas da Revista Veja – (Sala de Leitura) ~ 15/00547/10/04 ~29/mai/2010 1.202.968,00
5.449 assinaturas da Revista Veja – (Sala de Leitura) ~ 15/0355/09/04 ~20/mai/2009 1.167.175,80
TOTAL 52.014.101,20
Viomundo – Explique melhor a “reforma agrária” de Lula nas verbas de publicidade do governo federal e nas compras dos livros pedagógicos.
NaMaria – Refletindo um pouco mais sobre a matéria do Kotscho, cheguei à conclusão de que Lula fez, sim, a primeira, embora pequena e humilde, reforma midiática do país. Usei o termo reforma agrária, porque naquela época não se falava tanto (ou nada) em reforma midiática – ambas necessárias no Brasil.
Lula resolveu investir melhor na Educação. E, em vez de continuar dando imensos quinhões da verba pública aos de sempre – que por sinal só metiam (e metem) o malho, obviamente como o próprio Civita disse –, ele resolveu repartir melhor o bolo.
Só que, ao optar pela redistribuição das compras de livros pedagógicos (incluindo outras editoras no roll do MEC), e pela aquisição de obras mais adequadas do que a Revista Nova Escola, Recreio ou Guia do Estudante, por exemplo, Lula atacou um vespeiro “das elites”.
Viomundo – Você se surpreendeu com a revelação de Kotscho de que Roberto Civita teria ido a Lula por se sentir prejudicado pela distribuição dos livros didáticos?
NaMaria – Nem um pouco.
Viomundo – Essa conduta de Civita mostra o quê?
NaMaria – Que Civita pensava poder fazer uso da mesma artimanha empregada por ele em São Paulo. Desde pelo menos 2004 (pode ser antes e com outros; o que falo sai do Diário Oficial), Roberto pedia ajuda a um amigo “auxiliar de almoxarifado”, na figura do então prefeito José Serra. E sempre foi atendido. Continuou a ser e ampliaram-se as benesses depois que Serra se tornou governador.
Aqui, vale ressaltar que Serra atendia prontamente não apenas aos Civita, como a toda Proba Imprensa Gloriosa – comprando-as como material pedagógico, paradidático etc.. Os tais mais de 250 milhões que mostrei na entrevista de 2010 entram nisso.
Mas é óbvio que a tonelada de dinheiro da Educação de SP não era suficiente para manter os negócios do Civita. Ter sido ignorado pelo “chefe geral da repartição”, Lula, foi demais para o dono da Abril. Levar um não de Lula deixou-o totalmente fulo da vida. Um horror – a vingança só poderia ser maligna.
Como se não bastasse, através de Serra, Civita teve acesso a milhares de endereços pessoais dos professores, que passaram a receber as revistas, inclusive em suas casas, sem que lhe tivessem dado permissão ou questionado se as queriam. Essas assinaturas são um absurdo antipedagógico completo, mas cumprem até hoje com as ameaças do senhor Civita ditas ao finado Eduardo Campos e reveladas por Kotscho:
Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim.
Por outro lado, temos de dar razão ao Civita. Ele TINHA mesmo de procurar “o chefe geral da repartição”, em vez de ficar lidando com os “auxiliares de almoxarifado” (com todo respeito), para ter os seus pedidos atendidos. As verbas, como no caso da Educação do Estado de São Paulo, saíam da FDE direto para a Abril e afins, isso é sabido.
Mas para que isso acontecesse, a ordem precisava – e precisa! – ser autorizada pelo “chefe da repartição” paulista. Ou seja: Serra (e atualmente, Alckmin). A ordem inicial e final sempre vem de cima. Uma pena o Lula não ter compreendido a situação do “coitadinho” do Civita, né mesmo?
Viomundo – O esquema de São Paulo foi executado em outros Estados?
NaMaria – Não duvido. Basta que se interessem e procurem em seus Diários Oficiais, as provas estarão lá, salvo “lapsos” desses DOs.
Viomundo – Os mais de R$ 52 milhões recebidos pela Abril pelos livros didáticos expressam a realidade do que a empresa recebeu de benesses do governo paulista?
NaMaria – Certamente, não. Esses valores referem-se apenas aos que eu achei nas pesquisas no DOESP de 2004 até 2010.
Deve ter muita coisa em anos anteriores e posteriores à minha pesquisa (porque parei um tempo), em outros Estados, atendendo a outros esquemas e anseios. Sem contar as prefeituras e órgãos de tudo que é canto do país. As pessoas precisam se interessar e investigar, precisam mostrar esses fatos. Como se sabe, corrupção tem roupas lindas e diversas, muitas delas em tecidos invisíveis – como aquela capa mágica que deixa o Harry Potter invisível, sabe como? Tem muita gente usando capas do Potter por aí, mas elas podem e devem ser retiradas.
Viomundo – Esse esquema começou onde?
NaMaria – Sem dúvida, com Mário Covas, em São Paulo, com os bons ventos da democracia tucana.
A partir dele, dos consecutivos governos do PSDB e com Fernando Henrique na presidência, São Paulo tornou-se legalmente o latifúndio dos esquemas, o laboratório dos “programas-piloto” que seriam espalhados pelo Brasil. Obviamente grande parte desse pessoal se instalou em Brasília, em postos-chave. Depois eles iam e vinham carregando suas ideologias e negócios. É o famoso “tá tudo dominado” que continua até hoje. Um Cavalo de Tróia, tipo viral, sabe como?
Viomundo – Mas como foi parar na Educação?
NaMaria – É importante lembrar que antes e muito tempo após podermos votar de novo, o Brasil obedecia ordens do Banco Mundial em tudo, inclusive para a Educação nacional, afinal éramos escravos da dívida. E o Banco Mundial e o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento]queriam muita construçãode escolas para liberar o dinheiro, queriam educação padrão em massa para essas coisas “boas”.
Só que o Brasil, de acordo com seu então ministro da Educação, José Goldemberg [agosto de 1991/agosto de 1992; era Fernando Collor], tinha salas de aula sobrando. Este senhor determinou que só seriam construídas escolas novas “depois de um estudo sobre a necessidade real daquela nova unidade”.
Quer dizer: “elas não seriam mais construídas segundo critérios políticos”, porque “foram construídas no lugar errado (…), as existentes podem receber muitos outros alunos”… Aí entra a Veja na parada.
Viomundo – A Veja?! Como assim?
NaMaria – Porque a Veja fez a trilha pioneira. Talvez pouca gente saiba, mas a Fundação Victor Civita [criada em 1985], a Revista Nova Escola [criada em 1986] e sobretudo a Veja tiveram papel sólido nessa “transformação educacional”.
O ataque “discreto e direto”, vamos dizer assim, da Veja, começou na edição de 20 de novembro de 1991 (tempo do ministro Goldemberg no MEC), em cuja capa lê-se: “Ensino Básico – As opções para resolver o problema que está na raiz do atraso brasileiro”.
A facada decisiva e norteadora, das páginas 46 a 58, foi a reportagem “A máquina que cospe crianças”, de Eurípedes Alcântara.
Ali, se apresentava o tenebroso estudo do ensino público brasileiro: o compara a outros países, mostra a falta de preparo das escolas e professores (tratados pelos governos como barnabés de sexta categoria), a falta de conscientização escolar para o vindouro século das novas tecnologias, a falta de metodologia/currículo e, principalmente, nos dá “as soluções para o ensino básico… sem projetos mirabolantes, de altos custos, como o CIEP, CIAC, Mobral…”
Só que em sua Carta ao Leitor, contrariamente, a Veja diz:
“Não é função da imprensa apontar os caminhos para solucionar os grandes males nacionais. A tarefa de revistas e jornais é noticiar o que está acontecendo, contribuindo,para que, através da informação e dos debates, a sociedade escolha as melhores opções… a educação não é uma tarefa apenas do governo…”
Tudo isto está disponível nos arquivos de Veja. Creio ser de fundamental leitura para tentar entender os meandros do imbróglio.
Viomundo — Na época, que especialistas compartilhavam das opiniões de Goldenberg, Veja…?
NaMaria – Não podem ser esquecidos, por exemplo, a então pesquisadora e pedagoga Guiomar Namo de Mello e Cláudio de Moura Castro, à época, prestando serviços para Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça.
O tempo passa e Paulo Renato de Souza entra no MEC e fica (1/janeiro/1995 a 1/janeiro/2003). Victor Civita havia morrido em 1990 e seu filho Roberto assumira. Em março de 1998, a Revista Veja na Sala de Aula. Em 2001, a Unesco diz que a Revista Nova Escola “é o melhor veículo de educação do País”.
A Veja, propriamente dita, passa a ser a marqueteira oficial das teorias educacionais, dos projetos e políticas públicas, das ONGs, Fundações e empresas que tratavam de “projetos não-mirabolantes” para uma “boa escola” e que trabalhavam para o MEC ou Secretarias, órgãos da Educação. Esses especialistas usam demais a palavra “mirabolante”, em tudo. É impressionante, mas é justamente a palavra que mais bem os define.
Viomundo – Isso pode ser comprovado?
NaMaria – Pode, sim. E sem que tenhamos de ler — ainda bem! — todos os exemplares da Veja.
Há um livro magnífico, fruto de uma dissertação de mestrado na UNESP de Araraquara, do Geraldo Sabino Ricardo Filho, chamado “A boa escola no discurso da mídia – Um exame das representações sobre educação na revista ‘Veja’ (1995-2001)” – ou seja, cobre 7 dos 8 anos de FHC e Paulo Renato. Isso sim, uma obra de arte obrigatória de ser lida.
O livro prova que durante todo esse período Paulo Renato foi incensado pela Veja, sendo que na edição 1717, de 12/setembro/2001, páginas 106-109, a matéria “Isso é uma revolução” o coloca no mais alto pódio dentre todos os ministérios universais e cósmicos de toda Via-Láctea.
É apresentado como o desbravador, o construtor de novas políticas avaliativas, o licitador de 233 mil computadores (a Positivo ficou felicíssima assim como a Microsoft, aliás), o que manejava genialmente 5,7% do PIB, como “comandante de um transatlântico governamental” (sic), batendo todos os recordes em melhoria dos salários, condições etc e tal.
O ministro Paulo Renato era, para a Veja, O CARA. Tanto que ali diziam ser ele “um dos postulantes declarados do PSDB à vaga de candidato à Presidência da República”.
Ou seja, O CARA foi considerado tão bom exatamente porque fez tudo aquilo que a Veja prescreveu naquela matéria de 1991 (e seguintes), em termos de “solução para o caos educacional brasileiro”: avaliação (ENEM/Provão), combate à repetência criando o monstro de passar o aluno de ano mesmo sem condições (para ele “classes especiais”), Fundef (para o dinheiro fluir/entrar mais fácil – a descentralização da gestão escolar)…
O livro também comprova o que eu sempre falei sobre a formação de grupos de especialistas, que Geraldo Sabino denomina como “rede de legitimidade, que contribui para produzir o consenso em torno de uma boa escola”. Aquela escola “que ensina”, “que deixa de ser um privilégio das elites… para ser a solução dos problemas do país”- solução essa que significa criação de mão-de-obra. Não por acaso a Abril é a mãe da Nova Escola, cujo pai foi a Veja – todos apadrinhados pelo Governo.
Viomundo – Que pessoas fariam parte dessa “rede de legitimidade”?
NaMaria – Uma delas eu já mencionei, a Guiomar Namo de Mello, fundadora do PSDB em 1988. Ela é diretora executiva da Fundação Civita desde 1997, diretora editorial da Revista Nova Escola e diretora da EBRAP – Escola Brasileira de Professores (que presta serviços ao governo). Mas a Guiomar já foi Secretária Municipal de Educação (governo Covas), deputada estadual eleita pelo PMDB (1987/1991), foi do Banco Mundial…
A Guiomar, na verdade, foi e é muita coisa, ao mesmo tempo em que também era e é da Secretaria de Estado da Educação de SP. Não é lindo isso? Dá uma olhada no Google e no DO de SP.
Outro integrante dessa “rede de legitimidade” foi o Cláudio de Moura Castro. O mais importante e íntimo consultor de quase TODAS as matérias de educação de Veja, do qual era também colunista. Ele foi do BID, em Washington. Trabalhou no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP (vinculado ao MEC), no Banco Mundial, de tudo que se pode imaginar ao mesmo tempo agora. Busca o homem no Google para ver, é uma máquina…
Viomundo — Quem mais?
NaMaria – Depois temos João Batista de Oliveira e o Sérgio Costa Ribeiro (foi coordenador de pesquisas da CAPES).
Segundo o livro de Geraldo Sabino, o João Batista, o Sérgio Costa e o Cláudio Castro “formaram o tripé da revolução silenciosa hoje em curso no ensino básico brasileiro”.
Nas Páginas Amarelas de 28/julho/1993, pode-se ler o que pensa Sérgio Costa sobre o “mito criado da evasão escolar” (como se não existisse de fato naquelas plagas), as pérolas sobre os CIEPs, CIACs e CAICs prevendo suas ruínas por serem “estigmatizadas como escolas para pobres… e por serem de tempo integral, inviabilizando o trabalho para muitos alunos”.
É um horror ler o que ele declarou ali. Mas bate perfeitamente com os ideais do Ministro, O CARA, consequentemente com os da Veja – ou vice-versa. O interessante é que Collor gentilmente o convidou a se retirar de seu gabinete porque Ribeiro só aceitaria trabalhar com Goldemberg se acabassem com o “mirabolante” projeto CIAC.
Viomundo – Quer dizer: eles servem ao governo e setor privado?
NaMaria – Sem dúvida. Mas não somente servem como criam suas próprias empresas, que acabavam prestando serviços ao Estado, ao mesmo tempo. Portanto são proprietários, conselheiros, assessores, sócios e amigos. É o caso do próprio Paulo Renato e sua empresa PRS Consultores, “sua” Avalia Assessoria Educacional, a Editora Moderna etc., fazendo negócios com o Estado e Governo Federal. Suas jogadas com a Santillana, Prisa, que já citei no NaMariaNews e por aí vai.
Com o tempo, a nova estrutura do MEC ajeitada por Paulo Renato, possibilitou que ele criasse sua própria rede de legitimidade, que depois chega na Educação em SP, em Institutos e Fundações e ONGs do país. Nomes como o da Guiomar Namo de Mello, são acompanhados por Iara Glória Areias Prado, Monica Messenberg Guimarães (essa é quente!), Rose Neubauer, Claudia Rosenberg Aratangy, e tantos outros que ja citei no meu blog. O modelo de negócios é tão amplo e variado que se lermos esta matéria do Ação Educativa atentamente, comprovamos os esquema, depois é só multiplicar por milhão.
Viomundo – Você disse que o Paulo Renato teve negócios com a Santillana e Prisa, como é isso?
NaMaria – Foi algo muito edificante do finado secretário. Publiquei no NaMariaNews, em 1/maio/2010, que a Secretaria estava comprando assinaturas do jornal espanhol El Pais, em 28 de abril, para os alunos dos CELs (Centros de Estudos de Línguas). Naquele tempo não havia o valor, mas chutei entre 700 mil e 1 milhão de reais. Fiquei aguardando a atualização no DO e nada. Até que ela veio, primeiro corrigindo o número do contrato. Depois, somente no DO de 12/maio/2010 veio a história toda, sem a quantidade de assinaturas, porém com o valor:
Viomundo – E por que assinar o El Pais e não outro jornal?
NaMaria – Foi justamente o que perguntei em meu texto. Como bom tucano, Paulo Renato era contra o Mercosul, porém muito íntimo da espanhola Santillana, do qual era conselheiro consultivo, assim como era ligado à Editora Moderna.
“O Grupo Prisa é a principal empresa de comunicação em língua espanhola (…) A Santillana começou seus negócios no Brasil em 2001 ao comprar as editoras Moderna e Salamandra (…). Em 2005, adquiriu 75% das ações da editora Objetiva…” Também é dona da Avalia e outros que tais. Quer dizer, tem poder de tiro e amizades sinceras com brasileiros ilustres.
Viomundo – Ou seja, é mais um tipo de modelo de negócios…
NaMaria – Sem dúvida. Só que tem uma coisa nessa história toda que é mais interessante ainda, babado forte…
Viomundo – Como assim? O quê pode ser pior do que isso?
NaMaria – Acontece que quase exatamente um ano após essa compra de R$ 690.336,00. Paulo Renato morre em 26 de junho de 2011 e o Ricardo Noblat noticia: Paulo Renato “estava em negociações para assumir a diretoria para a América Latina do grupo editorial espanhol Prisa, que publica o jornal El País, o mais importante da Europa”.
Daí, que a gente só pode juntar as pontas, concorda? Ou seja, será que o Sr. Paulo Renato Costa Souza aproveitou a boa intenção de introduzir a língua espanhola (da Espanha) para fazer mais um bom negócio, semelhante àqueles feitos com a Folha de SP, Estadão, Civita, Abril, Nova Escola, Fundação Roberto Marinho e tais?
Longe de mim pensar em desonestidade, mas a coisa não parece ser na base de uma mão lavando a outra? Tipo assim, “Te compro os jornais numa boa – que são gratuitos pela internet, mas a gente nem liga pra isso – e você me garante um emprego com baita salário, viagens, cartão corporativo etc. e tal?” A função dessa gente é sempre a de se favorecer, acima de tudo? Será?
Mas é o que sempre digo: a função da verdade é aparecer, esta é a sua natureza. Pode demorar, mas aparece.
Portanto, o fato de o governo de São Paulo viver comprando e mantendo a grande imprensa tornou-se ato banal; faz isso há muito mais de 20 anos de PSDB, com maestria exemplar e sem restrições legais ou “pedagógicas”.
Viomundo – Por que isso acontece?
NaMaria – Falta de transparência. Onde ela ocorre, pode crer: há algo escuso, algo de falcatrua.
É dever do Estado, de qualquer Governo, mostrar claramente os seus gastos e a fundamentação deles, as fontes do dinheiro, o destino dado, e assim por diante. Somente com transparência absoluta e simples de ser consultada PELO POVO pode-se comprovar a desonestidade e desmascará-la.
Mas isso não acontece. É complicado, quando não impossível, encontrar essas informações. Como a pessoa precisa ter tempo e paciência gigantescos, acaba desistindo e os números podem ser torturados por qualquer um, em qualquer veículo, em qualquer propaganda política… já que ninguém pode (ou quer) correr atrás.
Sem contar que os Diários Oficiais não seguem uma norma padrão – sem ser o de SP, a maioria é tenebrosa na hora de se buscar informações.
Viomundo – O que você recomendaria à presidenta Dilma se for reeleita?
NaMaria – Para rebater e estraçalhar falsos argumentos de criaturas como os Civita da vida, o governo Dilma deveria escancarar imediatamente seus gastos com a imprensa, seja em qual veículo for.
A bem da verdade, o site do MEC tem os Gastos com Publicidade, de 2006 a 2014, mensais.Entretanto ainda sem tanta transparência, porque detalhes como a fonte dos recursos, unidade gestora, nomes dos veículos e o que vai dentro deles etc., não entram.
Mas, ao menos, tem alguma coisinha que faz a gente poder pensar. Só que “pensar, intuir” é perigoso e leva a erros, torturas de números, ataques, enganos.
É preciso o lema de São Tomé: mostrar, para ver e para crer. Além de não ser tão fácil de se encontrar a informação: você precisa ir na lateral esquerda em Despesas e depois ver o que tem dentro. Tudo vem em PDF: imagina a canseira abrir um por um, organizar… Poderiam melhorar isso. Confesso que não fui ver em outros ministérios, talvez sejam melhores ou piores.
De qualquer modo, deveria-se mostrar: “olha, para a Veja mandamos tantos milhões este mês por conta disso e daquilo, o dinheiro saiu daqui e dali; para a Folha mandamos tantos milhões porque tais e tais ministérios colocaram propaganda disso e daquilo; para a Globo e seus associados (abertos ou não) pagamos tantos milhões este mês porque fizemos tais e tais propagandas…”
Tudo mensalmente, em planilhas simples e claras, ao alcance de qualquer olho – publicadas, abertas, sem necessidade de download, transparentes de verdade.
Viomundo — É mesmo factível isso?
NaMaria – Claro! O problema é que, atualmente, é missão impossível porque nem o Governo informa isso claramente nem a grande imprensa o faz, é óbvio (e por motivos igualmente óbvios).
Não dá para entender a Secom da Presidência não divulgar seus dados financeiros com qualquer veículo, por exemplo.
Por que os Estados, Municípios, Secretarias, Fundações, Santas Casas… não divulgam seus gastos claramente? Seria muito mais fácil para os governos inclusive se defenderem, ou não?
Eu, como aranha [logomarca do NaMaria News]” ingênua, meiga e pura”, não consigo compreender os motivos. Se quiserem ajuda, podem me contratar, numa boa (risos).
[Todo o conteúdo exclusivo do Viomundo é produzido graças ao apoio de nossos assinantes. Torne-se um deles]
Leia também:
Miguel do Rosário: Jornais escondem que Dilma compartilha liderança em São Paulo
Altamiro Borges: O direito de resposta do PT na Veja
http://namarianews.blogspot.com.br/2014/10/reproduzo-aqui-nova-entrevista-do_3.htmlpor Conceição Lemes
Nesse domingo 28, após ler no Viomundo a matéria “Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa”, de Ricardo Kotscho, publicada originalmente no R7, NaMaria, do blog NaMaria News, nos mandou esta mensagem:
Interessantíssima a matéria do Kotscho. Fiquei até com pena do senhor Roberto Civita, dono/herdeiro da Abril, da sua Fundação V. Civita, de Veja, Exame, Nova Escola (que ganhou até prêmio da Universidade de Navarra), Guia do Estudante, Recreio, Veja na Sala de Aula etc..
Ele não é mantenedor, patrocinador e parceiro do Instituto Millenium, que tem entre seus “especialistas” o autor da matéria denunciada por Kotscho, Agamenon Mendes Pedreira – vulgo Marcelo Madureira?
Um verdadeiro “coitadinho”, esse Civita, “tadinha” da Abril. Ai, meus sais.
Tudo porque o “malvado” do Lula resolveu fazer um tipo de “reforma agrária” nas verbas da Comunicação e, de quebra, nas compras dos livros didáticos, pelo MEC [Ministério da Educação], que incluíam publicações da Fundação Civita/Abril?
Te juro. Deu peninha. Ódio é um sentimento tão sentimental… Estou quase chorando aqui.
Você sabe que sou uma boa alma, mas tenho de te perguntar: será que os mais de 52 milhões dados pela Secretaria de Educação de São Paulo (2004-2010) não ajudaram em nada a Abril/Veja?
Sei. Aí tem coisa, Conceição Lemes, tem muita história ainda não sabida sobre a Veja e a Educação nacional e suas redes, tem muito fio sem nó. Se você quiser eu te conto um pouco, quer?
NaMaria é provavelmente a pessoa que mais conhece e mais denunciou os caminhos tortuosos dos negócios e desmandos dos tucanos na área educacional e suas ligações perigosas com a nossa grande mídia. É uma web pesquisadora com faro finíssimo.Em entrevista ao Viomundo em 2010, NaMaria revelou que desde 2004 até aquele ano, o PSDB havia gasto mais de R$ 250 milhões com a mídia (quase tudo sem licitação) em nome da Educação Pública de São Paulo. Ali, NaMaria mostrou a estratégia de muitas empresas que negociam a Educação em SP, entre elas as de Roberto Civita:
Se pegarmos as compras feitas pela FDE [Fundação para o Desenvolvimento da Educação] à Abril (Guia do Estudante Vestibular, Atlas Nacional Geographic, Revista Recreio e Veja) e Fundação Victor Civita (Revista Nova Escola), em contratos sem licitação que o DO [Diário Oficial do Estado de São Paulo] aponta desde 2004 até agora [2010], teríamos a quantia de R$52.014.101,20.
Com o mesmo dinheiro entregue à Abril/Civita, sem qualquer percalço licitatório, em troca de papel, poderíamos construir quase 13 novas escolas ou cerca de 152 salas de aula, com capacidade para mais de 15 mil alunos nos três períodos (manhã, tarde e noite). Desafogaríamos as escolas existentes e atenderíamos dignamente os alunos e comunidades.”
Aceitamos, claro, a proposta da NaMaria. Mas antes, é necessário recolocar a tabela dos gastos públicos da Educação de São Paulo com a Abril e Fundação Victor Civita, para que vocês se localizem.ED. ABRIL / FUND. CIVITA | CONTRATO / LINK D.O. | VALOR |
18.160 assinaturas (renovação) Revista Nova Escola (DE’s/Ofs.Pedags/Escolas) SÓ HÁ 2 REGISTROS EM DO – onde e quando o contrato inicial? | ~ 42/2199/04/04 (ver DO 29/12/04) ~14/jan/05 | 326.880,00 |
18.160 assinaturas (renovação) Revista Nova Escola | ~ 15/1063/07/04 ~23/out/2007 | 408.600,00 |
220.000 assinaturas da Revista Nova Escola – edições 216 a 225 – solicitado pela CENP para o “Ler e Escrever” | ~ 15/1165/08/04 (ver DO 1/10/2008 ) ~ 25/out/2008 | 3.740.000,00 |
415.000 exemplares Guia do Estudante Atualidades Vestibular 2008 | ~ 15/0543/08/04 ~23/abr/2008 | 2.437.918,00 |
430.000 exemplares Edições nº 7 e 8 do Guia do Estudante Atualidades Vestibular | ~ 15/1104/08/04 ~22/out/2008 | 4.363.425,00 |
430.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed.08 +20.000 Revista do Professor | ~ 15/0063/09/04 ~11/fev/2009 | 2.498.838,00 |
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed. 09 +25.000 Revista do Professor | ~ 15/0238/09/04 ~16/jun/2009 | 3.143.120,00 |
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed.10 +27.500 Revista do Professor | ~ 15/0614/09/04 ~29/ago/2009 | 3.249.760,00 |
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular 2º sem 2009 + 27.500 Revista do Professor | ~ 15/00024/10/04 ~2/abr/2010 | 3.177.400,00 |
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed.11-2º sem 2010 + 27.500 Revista do Professor Nº5 | ~ 15/00473/10/04 ~15/jun/2010 | 3.328.600,00 |
540.000 Guia do Estudante Atualidades Vestibular Ed. 12-2º sem 2010 + 27.500 Revista do Professor Nº6 | ~15/00762/10/04 ~17/ago/2010 | 3.328.600,00 |
PARCIAL | 25.527.661,00 | |
3.000 assinaturas Revista Recreio | ~15/0181/08/04 ~29/mar/2008 | 1.071.000,00 |
6.000 assinaturas Revista Recreio | ~15/0182/08/04 ~29/mar/2008 | 2.142.000,00 |
5.155 assinaturas Revista Recreio | ~15/0670/08/04 ~12/ago/2008 | 1.840.335,00 |
25.702 assinaturas Revista Recreio | ~15/0149/09/04 ~17/abr/2009 | 12.963.060,72 |
2.259 assinaturas Revista Recreio | ~ 15/0528/09/04 ~1/set/2009 | 891.220,68 |
PARCIAL | 18.907.616,40 | |
95.316 Atlas Nacional Geographic vols. 1 ao 26, sendo 3.666 exemplares de cada volume | ~ 15/00273/09/04 ~28/mai/2010 | 733.200,00 |
5.200 assinaturas da Revista Veja – (Sala de Leitura) | ~ 15/00547/10/04 ~29/mai/2010 | 1.202.968,00 |
5.449 assinaturas da Revista Veja – (Sala de Leitura) | ~ 15/0355/09/04 ~20/mai/2009 | 1.167.175,80 |
TOTAL | 52.014.101,20 |
Viomundo – Explique melhor a “reforma agrária” de Lula nas verbas de publicidade do governo federal e nas compras dos livros pedagógicos.
NaMaria – Refletindo um pouco mais sobre a matéria do Kotscho, cheguei à conclusão de que Lula fez, sim, a primeira, embora pequena e humilde, reforma midiática do país. Usei o termo reforma agrária, porque naquela época não se falava tanto (ou nada) em reforma midiática – ambas necessárias no Brasil.
Lula resolveu investir melhor na Educação. E, em vez de continuar dando imensos quinhões da verba pública aos de sempre – que por sinal só metiam (e metem) o malho, obviamente como o próprio Civita disse –, ele resolveu repartir melhor o bolo.
Só que, ao optar pela redistribuição das compras de livros pedagógicos (incluindo outras editoras no roll do MEC), e pela aquisição de obras mais adequadas do que a Revista Nova Escola, Recreio ou Guia do Estudante, por exemplo, Lula atacou um vespeiro “das elites”.
Viomundo – Você se surpreendeu com a revelação de Kotscho de que Roberto Civita teria ido a Lula por se sentir prejudicado pela distribuição dos livros didáticos?
NaMaria – Nem um pouco.
Viomundo – Essa conduta de Civita mostra o quê?
NaMaria – Que Civita pensava poder fazer uso da mesma artimanha empregada por ele em São Paulo. Desde pelo menos 2004 (pode ser antes e com outros; o que falo sai do Diário Oficial), Roberto pedia ajuda a um amigo “auxiliar de almoxarifado”, na figura do então prefeito José Serra. E sempre foi atendido. Continuou a ser e ampliaram-se as benesses depois que Serra se tornou governador.
Aqui, vale ressaltar que Serra atendia prontamente não apenas aos Civita, como a toda Proba Imprensa Gloriosa – comprando-as como material pedagógico, paradidático etc.. Os tais mais de 250 milhões que mostrei na entrevista de 2010 entram nisso.
Mas é óbvio que a tonelada de dinheiro da Educação de SP não era suficiente para manter os negócios do Civita. Ter sido ignorado pelo “chefe geral da repartição”, Lula, foi demais para o dono da Abril. Levar um não de Lula deixou-o totalmente fulo da vida. Um horror – a vingança só poderia ser maligna.
Como se não bastasse, através de Serra, Civita teve acesso a milhares de endereços pessoais dos professores, que passaram a receber as revistas, inclusive em suas casas, sem que lhe tivessem dado permissão ou questionado se as queriam. Essas assinaturas são um absurdo antipedagógico completo, mas cumprem até hoje com as ameaças do senhor Civita ditas ao finado Eduardo Campos e reveladas por Kotscho:
Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim.
Por outro lado, temos de dar razão ao Civita. Ele TINHA mesmo de procurar “o chefe geral da repartição”, em vez de ficar lidando com os “auxiliares de almoxarifado” (com todo respeito), para ter os seus pedidos atendidos. As verbas, como no caso da Educação do Estado de São Paulo, saíam da FDE direto para a Abril e afins, isso é sabido.Mas para que isso acontecesse, a ordem precisava – e precisa! – ser autorizada pelo “chefe da repartição” paulista. Ou seja: Serra (e atualmente, Alckmin). A ordem inicial e final sempre vem de cima. Uma pena o Lula não ter compreendido a situação do “coitadinho” do Civita, né mesmo?
Viomundo – O esquema de São Paulo foi executado em outros Estados?
NaMaria – Não duvido. Basta que se interessem e procurem em seus Diários Oficiais, as provas estarão lá, salvo “lapsos” desses DOs.
Viomundo – Os mais de R$ 52 milhões recebidos pela Abril pelos livros didáticos expressam a realidade do que a empresa recebeu de benesses do governo paulista?
NaMaria – Certamente, não. Esses valores referem-se apenas aos que eu achei nas pesquisas no DOESP de 2004 até 2010.
Deve ter muita coisa em anos anteriores e posteriores à minha pesquisa (porque parei um tempo), em outros Estados, atendendo a outros esquemas e anseios. Sem contar as prefeituras e órgãos de tudo que é canto do país. As pessoas precisam se interessar e investigar, precisam mostrar esses fatos. Como se sabe, corrupção tem roupas lindas e diversas, muitas delas em tecidos invisíveis – como aquela capa mágica que deixa o Harry Potter invisível, sabe como? Tem muita gente usando capas do Potter por aí, mas elas podem e devem ser retiradas.
Viomundo – Esse esquema começou onde?
NaMaria – Sem dúvida, com Mário Covas, em São Paulo, com os bons ventos da democracia tucana.
A partir dele, dos consecutivos governos do PSDB e com Fernando Henrique na presidência, São Paulo tornou-se legalmente o latifúndio dos esquemas, o laboratório dos “programas-piloto” que seriam espalhados pelo Brasil. Obviamente grande parte desse pessoal se instalou em Brasília, em postos-chave. Depois eles iam e vinham carregando suas ideologias e negócios. É o famoso “tá tudo dominado” que continua até hoje. Um Cavalo de Tróia, tipo viral, sabe como?
Viomundo – Mas como foi parar na Educação?
NaMaria – É importante lembrar que antes e muito tempo após podermos votar de novo, o Brasil obedecia ordens do Banco Mundial em tudo, inclusive para a Educação nacional, afinal éramos escravos da dívida. E o Banco Mundial e o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento]queriam muita construçãode escolas para liberar o dinheiro, queriam educação padrão em massa para essas coisas “boas”.
Só que o Brasil, de acordo com seu então ministro da Educação, José Goldemberg [agosto de 1991/agosto de 1992; era Fernando Collor], tinha salas de aula sobrando. Este senhor determinou que só seriam construídas escolas novas “depois de um estudo sobre a necessidade real daquela nova unidade”.
Quer dizer: “elas não seriam mais construídas segundo critérios políticos”, porque “foram construídas no lugar errado (…), as existentes podem receber muitos outros alunos”… Aí entra a Veja na parada.
Viomundo – A Veja?! Como assim?
NaMaria – Porque a Veja fez a trilha pioneira. Talvez pouca gente saiba, mas a Fundação Victor Civita [criada em 1985], a Revista Nova Escola [criada em 1986] e sobretudo a Veja tiveram papel sólido nessa “transformação educacional”.
O ataque “discreto e direto”, vamos dizer assim, da Veja, começou na edição de 20 de novembro de 1991 (tempo do ministro Goldemberg no MEC), em cuja capa lê-se: “Ensino Básico – As opções para resolver o problema que está na raiz do atraso brasileiro”.
A facada decisiva e norteadora, das páginas 46 a 58, foi a reportagem “A máquina que cospe crianças”, de Eurípedes Alcântara.
Ali, se apresentava o tenebroso estudo do ensino público brasileiro: o compara a outros países, mostra a falta de preparo das escolas e professores (tratados pelos governos como barnabés de sexta categoria), a falta de conscientização escolar para o vindouro século das novas tecnologias, a falta de metodologia/currículo e, principalmente, nos dá “as soluções para o ensino básico… sem projetos mirabolantes, de altos custos, como o CIEP, CIAC, Mobral…”
Só que em sua Carta ao Leitor, contrariamente, a Veja diz:
“Não é função da imprensa apontar os caminhos para solucionar os grandes males nacionais. A tarefa de revistas e jornais é noticiar o que está acontecendo, contribuindo,para que, através da informação e dos debates, a sociedade escolha as melhores opções… a educação não é uma tarefa apenas do governo…”
Tudo isto está disponível nos arquivos de Veja. Creio ser de fundamental leitura para tentar entender os meandros do imbróglio.Viomundo — Na época, que especialistas compartilhavam das opiniões de Goldenberg, Veja…?
NaMaria – Não podem ser esquecidos, por exemplo, a então pesquisadora e pedagoga Guiomar Namo de Mello e Cláudio de Moura Castro, à época, prestando serviços para Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça.
O tempo passa e Paulo Renato de Souza entra no MEC e fica (1/janeiro/1995 a 1/janeiro/2003). Victor Civita havia morrido em 1990 e seu filho Roberto assumira. Em março de 1998, a Revista Veja na Sala de Aula. Em 2001, a Unesco diz que a Revista Nova Escola “é o melhor veículo de educação do País”.
A Veja, propriamente dita, passa a ser a marqueteira oficial das teorias educacionais, dos projetos e políticas públicas, das ONGs, Fundações e empresas que tratavam de “projetos não-mirabolantes” para uma “boa escola” e que trabalhavam para o MEC ou Secretarias, órgãos da Educação. Esses especialistas usam demais a palavra “mirabolante”, em tudo. É impressionante, mas é justamente a palavra que mais bem os define.
Viomundo – Isso pode ser comprovado?
NaMaria – Pode, sim. E sem que tenhamos de ler — ainda bem! — todos os exemplares da Veja.
Há um livro magnífico, fruto de uma dissertação de mestrado na UNESP de Araraquara, do Geraldo Sabino Ricardo Filho, chamado “A boa escola no discurso da mídia – Um exame das representações sobre educação na revista ‘Veja’ (1995-2001)” – ou seja, cobre 7 dos 8 anos de FHC e Paulo Renato. Isso sim, uma obra de arte obrigatória de ser lida.
O livro prova que durante todo esse período Paulo Renato foi incensado pela Veja, sendo que na edição 1717, de 12/setembro/2001, páginas 106-109, a matéria “Isso é uma revolução” o coloca no mais alto pódio dentre todos os ministérios universais e cósmicos de toda Via-Láctea.
É apresentado como o desbravador, o construtor de novas políticas avaliativas, o licitador de 233 mil computadores (a Positivo ficou felicíssima assim como a Microsoft, aliás), o que manejava genialmente 5,7% do PIB, como “comandante de um transatlântico governamental” (sic), batendo todos os recordes em melhoria dos salários, condições etc e tal.
O ministro Paulo Renato era, para a Veja, O CARA. Tanto que ali diziam ser ele “um dos postulantes declarados do PSDB à vaga de candidato à Presidência da República”.
Ou seja, O CARA foi considerado tão bom exatamente porque fez tudo aquilo que a Veja prescreveu naquela matéria de 1991 (e seguintes), em termos de “solução para o caos educacional brasileiro”: avaliação (ENEM/Provão), combate à repetência criando o monstro de passar o aluno de ano mesmo sem condições (para ele “classes especiais”), Fundef (para o dinheiro fluir/entrar mais fácil – a descentralização da gestão escolar)…
O livro também comprova o que eu sempre falei sobre a formação de grupos de especialistas, que Geraldo Sabino denomina como “rede de legitimidade, que contribui para produzir o consenso em torno de uma boa escola”. Aquela escola “que ensina”, “que deixa de ser um privilégio das elites… para ser a solução dos problemas do país”- solução essa que significa criação de mão-de-obra. Não por acaso a Abril é a mãe da Nova Escola, cujo pai foi a Veja – todos apadrinhados pelo Governo.
Viomundo – Que pessoas fariam parte dessa “rede de legitimidade”?
NaMaria – Uma delas eu já mencionei, a Guiomar Namo de Mello, fundadora do PSDB em 1988. Ela é diretora executiva da Fundação Civita desde 1997, diretora editorial da Revista Nova Escola e diretora da EBRAP – Escola Brasileira de Professores (que presta serviços ao governo). Mas a Guiomar já foi Secretária Municipal de Educação (governo Covas), deputada estadual eleita pelo PMDB (1987/1991), foi do Banco Mundial…
A Guiomar, na verdade, foi e é muita coisa, ao mesmo tempo em que também era e é da Secretaria de Estado da Educação de SP. Não é lindo isso? Dá uma olhada no Google e no DO de SP.
Outro integrante dessa “rede de legitimidade” foi o Cláudio de Moura Castro. O mais importante e íntimo consultor de quase TODAS as matérias de educação de Veja, do qual era também colunista. Ele foi do BID, em Washington. Trabalhou no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP (vinculado ao MEC), no Banco Mundial, de tudo que se pode imaginar ao mesmo tempo agora. Busca o homem no Google para ver, é uma máquina…
Viomundo — Quem mais?
NaMaria – Depois temos João Batista de Oliveira e o Sérgio Costa Ribeiro (foi coordenador de pesquisas da CAPES).
Segundo o livro de Geraldo Sabino, o João Batista, o Sérgio Costa e o Cláudio Castro “formaram o tripé da revolução silenciosa hoje em curso no ensino básico brasileiro”.
Nas Páginas Amarelas de 28/julho/1993, pode-se ler o que pensa Sérgio Costa sobre o “mito criado da evasão escolar” (como se não existisse de fato naquelas plagas), as pérolas sobre os CIEPs, CIACs e CAICs prevendo suas ruínas por serem “estigmatizadas como escolas para pobres… e por serem de tempo integral, inviabilizando o trabalho para muitos alunos”.
É um horror ler o que ele declarou ali. Mas bate perfeitamente com os ideais do Ministro, O CARA, consequentemente com os da Veja – ou vice-versa. O interessante é que Collor gentilmente o convidou a se retirar de seu gabinete porque Ribeiro só aceitaria trabalhar com Goldemberg se acabassem com o “mirabolante” projeto CIAC.
Viomundo – Quer dizer: eles servem ao governo e setor privado?
NaMaria – Sem dúvida. Mas não somente servem como criam suas próprias empresas, que acabavam prestando serviços ao Estado, ao mesmo tempo. Portanto são proprietários, conselheiros, assessores, sócios e amigos. É o caso do próprio Paulo Renato e sua empresa PRS Consultores, “sua” Avalia Assessoria Educacional, a Editora Moderna etc., fazendo negócios com o Estado e Governo Federal. Suas jogadas com a Santillana, Prisa, que já citei no NaMariaNews e por aí vai.
Com o tempo, a nova estrutura do MEC ajeitada por Paulo Renato, possibilitou que ele criasse sua própria rede de legitimidade, que depois chega na Educação em SP, em Institutos e Fundações e ONGs do país. Nomes como o da Guiomar Namo de Mello, são acompanhados por Iara Glória Areias Prado, Monica Messenberg Guimarães (essa é quente!), Rose Neubauer, Claudia Rosenberg Aratangy, e tantos outros que ja citei no meu blog. O modelo de negócios é tão amplo e variado que se lermos esta matéria do Ação Educativa atentamente, comprovamos os esquema, depois é só multiplicar por milhão.
Viomundo – Você disse que o Paulo Renato teve negócios com a Santillana e Prisa, como é isso?
NaMaria – Foi algo muito edificante do finado secretário. Publiquei no NaMariaNews, em 1/maio/2010, que a Secretaria estava comprando assinaturas do jornal espanhol El Pais, em 28 de abril, para os alunos dos CELs (Centros de Estudos de Línguas). Naquele tempo não havia o valor, mas chutei entre 700 mil e 1 milhão de reais. Fiquei aguardando a atualização no DO e nada. Até que ela veio, primeiro corrigindo o número do contrato. Depois, somente no DO de 12/maio/2010 veio a história toda, sem a quantidade de assinaturas, porém com o valor:
Viomundo – E por que assinar o El Pais e não outro jornal?
NaMaria – Foi justamente o que perguntei em meu texto. Como bom tucano, Paulo Renato era contra o Mercosul, porém muito íntimo da espanhola Santillana, do qual era conselheiro consultivo, assim como era ligado à Editora Moderna.
“O Grupo Prisa é a principal empresa de comunicação em língua espanhola (…) A Santillana começou seus negócios no Brasil em 2001 ao comprar as editoras Moderna e Salamandra (…). Em 2005, adquiriu 75% das ações da editora Objetiva…” Também é dona da Avalia e outros que tais. Quer dizer, tem poder de tiro e amizades sinceras com brasileiros ilustres.
Viomundo – Ou seja, é mais um tipo de modelo de negócios…
NaMaria – Sem dúvida. Só que tem uma coisa nessa história toda que é mais interessante ainda, babado forte…
Viomundo – Como assim? O quê pode ser pior do que isso?
NaMaria – Acontece que quase exatamente um ano após essa compra de R$ 690.336,00. Paulo Renato morre em 26 de junho de 2011 e o Ricardo Noblat noticia: Paulo Renato “estava em negociações para assumir a diretoria para a América Latina do grupo editorial espanhol Prisa, que publica o jornal El País, o mais importante da Europa”.
Daí, que a gente só pode juntar as pontas, concorda? Ou seja, será que o Sr. Paulo Renato Costa Souza aproveitou a boa intenção de introduzir a língua espanhola (da Espanha) para fazer mais um bom negócio, semelhante àqueles feitos com a Folha de SP, Estadão, Civita, Abril, Nova Escola, Fundação Roberto Marinho e tais?
Longe de mim pensar em desonestidade, mas a coisa não parece ser na base de uma mão lavando a outra? Tipo assim, “Te compro os jornais numa boa – que são gratuitos pela internet, mas a gente nem liga pra isso – e você me garante um emprego com baita salário, viagens, cartão corporativo etc. e tal?” A função dessa gente é sempre a de se favorecer, acima de tudo? Será?
Mas é o que sempre digo: a função da verdade é aparecer, esta é a sua natureza. Pode demorar, mas aparece.
Portanto, o fato de o governo de São Paulo viver comprando e mantendo a grande imprensa tornou-se ato banal; faz isso há muito mais de 20 anos de PSDB, com maestria exemplar e sem restrições legais ou “pedagógicas”.
Viomundo – Por que isso acontece?
NaMaria – Falta de transparência. Onde ela ocorre, pode crer: há algo escuso, algo de falcatrua.
É dever do Estado, de qualquer Governo, mostrar claramente os seus gastos e a fundamentação deles, as fontes do dinheiro, o destino dado, e assim por diante. Somente com transparência absoluta e simples de ser consultada PELO POVO pode-se comprovar a desonestidade e desmascará-la.
Mas isso não acontece. É complicado, quando não impossível, encontrar essas informações. Como a pessoa precisa ter tempo e paciência gigantescos, acaba desistindo e os números podem ser torturados por qualquer um, em qualquer veículo, em qualquer propaganda política… já que ninguém pode (ou quer) correr atrás.
Sem contar que os Diários Oficiais não seguem uma norma padrão – sem ser o de SP, a maioria é tenebrosa na hora de se buscar informações.
Viomundo – O que você recomendaria à presidenta Dilma se for reeleita?
NaMaria – Para rebater e estraçalhar falsos argumentos de criaturas como os Civita da vida, o governo Dilma deveria escancarar imediatamente seus gastos com a imprensa, seja em qual veículo for.
A bem da verdade, o site do MEC tem os Gastos com Publicidade, de 2006 a 2014, mensais.Entretanto ainda sem tanta transparência, porque detalhes como a fonte dos recursos, unidade gestora, nomes dos veículos e o que vai dentro deles etc., não entram.
Mas, ao menos, tem alguma coisinha que faz a gente poder pensar. Só que “pensar, intuir” é perigoso e leva a erros, torturas de números, ataques, enganos.
É preciso o lema de São Tomé: mostrar, para ver e para crer. Além de não ser tão fácil de se encontrar a informação: você precisa ir na lateral esquerda em Despesas e depois ver o que tem dentro. Tudo vem em PDF: imagina a canseira abrir um por um, organizar… Poderiam melhorar isso. Confesso que não fui ver em outros ministérios, talvez sejam melhores ou piores.
De qualquer modo, deveria-se mostrar: “olha, para a Veja mandamos tantos milhões este mês por conta disso e daquilo, o dinheiro saiu daqui e dali; para a Folha mandamos tantos milhões porque tais e tais ministérios colocaram propaganda disso e daquilo; para a Globo e seus associados (abertos ou não) pagamos tantos milhões este mês porque fizemos tais e tais propagandas…”
Tudo mensalmente, em planilhas simples e claras, ao alcance de qualquer olho – publicadas, abertas, sem necessidade de download, transparentes de verdade.
Viomundo — É mesmo factível isso?
NaMaria – Claro! O problema é que, atualmente, é missão impossível porque nem o Governo informa isso claramente nem a grande imprensa o faz, é óbvio (e por motivos igualmente óbvios).
Não dá para entender a Secom da Presidência não divulgar seus dados financeiros com qualquer veículo, por exemplo.
Por que os Estados, Municípios, Secretarias, Fundações, Santas Casas… não divulgam seus gastos claramente? Seria muito mais fácil para os governos inclusive se defenderem, ou não?
Eu, como aranha [logomarca do NaMaria News]” ingênua, meiga e pura”, não consigo compreender os motivos. Se quiserem ajuda, podem me contratar, numa boa (risos).
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Leia também:
Miguel do Rosário: Jornais escondem que Dilma compartilha liderança em São Paulo
Altamiro Borges: O direito de resposta do PT na Veja
Nota de editor de Poder Executor
Mas são tantos os casos de corrupção nas hostes tucanas que estou tentando organizar a zorra, ainda não sei como, vai aqui mais alguns links, interessante que a grande mídia não noticia nada disso, tudo é devidamente abafado, pois é, quem quiser um governo que é honesto só pq a mídia não noticia suas maracataias, vote PSDB. Se vc quiser a desgraça desse pais, vote PSDB
Bob Fernandes: Só "mensalão" acabou na Justiça
PF vê envolvimento de PSB e PSDB em atos de corrupção em PE
http://tijolaco.com.br/blog/?p=21917
Se for investigado, Aécio Neves será preso
http://www.viomundo.com.br/denuncias/rogerio-correia-o-senador-aecio-nao-deixa-investigar-nada-porque-tem-denuncia-que-o-envolve-pessoalmente-alem-das-denuncias-de-seu-governo-se-tudo-investigado-ele-acaba-preso.html
O "mensalão" não existiu, não houve compra de votos de deputados eleitos para aprovar reformar de Lula, não houve uso de recursos publicos, o Visanet era fundo privado, os serviços contratados foram prestados. O que chamam de "mensalão" foi na verdade caixa 2 para campanhas eleitorais, prescrito à época do julgamento do "mensalão", se bem que o TSE aprovou as contas do PT referentes àquele período, de forma que, ao que tudo indica, não houve nem mesmo caixa 2 eleitoral, e sim empréstimos feito junto a rede bancária e devidamente quitados, sem prejuízos aos cofres públicos ou a quem quer que seja. Já o mensalão tucano, existiu, e com uso dos recursos públicos, mas como é tucano tá liberado, neste caso não interessa o crime praticado e sim quem o pratico, tucano tem imunidade para roubar no atacado
http://lexometro.blogspot.com.br/2014/04/coletanea-mensalao.html
Atenção: Janot/PGR não considerou improcedente o pedido para de investigação criminal do caso aceioporto, e sim enviou para que o MPF investigue-o por prática de improbidade administrativa
AEROPORTO DE CLÁUDIO: APENAS A PONTA DO ICEBERG?
Por Vinicius Gomes, de Cláudio (MG)
Um recente perfil do candidato presidencial do PSDB Aécio Neves, traçado pela revista Piauí, vinha com o título de “O público e o privado“. A matéria trazia como um de seus focos principais a questão do tucano sofrer com as desvantagens de se levar uma vida pública na política, mas uma analogia do “entre o privado e o público” de Aécio Neves também pode ser feita com a atual polêmica envolvendo os aeroportos nas cidades de Cláudio e Montezuma – questão essa que tem abalado a sua campanha desde que as controversas histórias a respeito da construção/reforma desses aeroportos durante sua gestão como governador de Minas Gerais vieram à tona e, em sua esteira, as denúncias de uso de verba pública que poderiam se reverter em benefício de interesses particulares.
No dia seguinte à matéria da Folha de S. Paulo revelando o caso em Cláudio, pouco antes da polêmica semelhante em Montezuma surgir, o candidato do PSDB rejeitou a alegação de qualquer irregularidade na situação. “Foi tudo feito com absoluta transparência e absoluta correção [...] Foi tudo feito de forma serena e correta. É natural que quem queira disputar um cargo tem que responder a tudo, como nós estamos respondendo: tudo foi feito com base na lei e na ética, e as respostas estão no jornal hoje”, afirmou Aécio.
A reportagem de Fórum foi em busca daqueles que teoricamente teriam as reais informações sobre os polêmicos aeroportos, entre Cláudio, Montezuma e Belo Horizonte, e o que se conclui sobre as inúmeras perguntas parcamente respondidas é que “serena e correta” parece estar longe de ser a real classificação do que realmente envolve os episódios.
Parte I: Cláudio
Cláudio, centro-oeste de Minas Gerais. População de 28 mil habitantes. Famosa por ser a “cidade dos apelidos” e, segundo a assessoria de Aécio Neves, “um próspero município, conhecido por seu grande pólo de fundições e metalúrgica, considerado um dos maiores do Brasil e da América Latina”. Mas não foram os apelidos e as fábricas de fundição que produzem panelas, tampas de bueiro e portões de ferro que colocaram a cidade no mapa durante a corrida presidencial desse ano, e sim o uso de 13,9 milhões de reais para asfaltar uma pista de pouso.
A polêmica sobre Cláudio envolve diversos fatores: ele está localizado dentro da fazenda que era do tio-avô de Aécio Neves, Múcio Guimarães Tolentino. O terreno propriamente dito está envolto em uma disputa judicial quanto ao valor de sua desapropriação e, mesmo assim, as chaves do portão do aeroporto ficavam sob controle dos filhos de Múcio, primos do presidenciável tucano.
Questionada sobre quem de fato controla o aeroporto da cidade, a assessoria da prefeitura afirmou que é o município, e não a família Tolentino, que gerencia o local. Quanto a quem autoriza os pousos e decolagens e quem mantém seus registros – uma vez que todo tráfego aéreo exige um “plano de voo” – a prefeitura afirmou que não permite pouso ou decolagem algum no local. Assim, eles não possuem qualquer registro destes.
Essa informação contradizia aquilo que se ouve de praticamente qualquer claudiense que dispõe a falar a respeito. Em menos de 30 minutos na cidade já era possível ouvir relatos de que o aeroporto de Cláudio era usado por empresas locais, como a PH Transporte, por cantores sertanejos, como Gino e Geno – que possuem uma bela propriedade na cidade – e, claro, de que Aécio Neves aterrissa regularmente na pista de voo de quase 14 milhões de reais. “Vem para cá no final de agosto, na festa do rodeio, para você ver se o aeroporto é usado ou não”, fez o convite um morador.
A estranha negação oficial vinda do número 152 da Avenida Tancredo Neves em Cláudio pode ser justificável pela ilegalidade no uso do aeroporto: “O município não pode atestar o uso do aeroporto no passado, mas atualmente ninguém faz uso dele, pois está sendo aguardada sua homologação pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)”, lê-se em uma das respostas da prefeitura. Todavia, basta um pulo na rua de baixo para se chegar à Câmara Municipal e ouvir o atual presidente da casa, o vereador Neli Rodrigues de Moura (PSD) dizer: “No final de semana ele [o aeroporto] é usado com freqüência para voos panorâmicos ou de aeromodelismo”.
A linha de “defesa” da administração municipal é até compreensível: de repente a pequena cidade, reduto intocado do clã Neves e família, passa a ser o olho de um furacão que pode impactar diretamente na escolha para a presidência do país – pior ainda por estar prejudicando um dos seus – mas contra alguns fatos é impossível ir contra.
“O aeroporto pode atender a alguns empresários, apenas alguns. São poucos os beneficiados. Nossas prioridades devem ser saúde e segurança”, afirma Rodrigues de Moura, que completa: “Para se ter uma ideia, não temos corpo de bombeiro e uma cidade como a nossa, com várias indústrias de fundição, precisamos de bombeiros e isso é uma demanda da população. Até pouco tempo atrás nem tínhamos UTI”.
A reportagem também tentou procurar um dos nomes mais citados quando o assunto é o aeroporto: Múcio Tolentino, dono da fazenda desapropriada para o aeroporto e tio-avô de Aécio – talvez uma das pessoas mais conhecidas da cidade e uma das mais difíceis de ser localizada. Restou apenas sair pela rua e perguntar onde ele podia ser encontrado, o que se provaria ser uma missão fadada ao fracasso, principalmente depois de um alerta: “Ele não vai falar. Então talvez seja melhor você não procurar falar com ele”.
Antes de Aécio finalmente admitir – depois de grande pressão por grande parte da imprensa, até mesmo a por vezes aliada – que pousou algumas vezes em Cláudio, onde possui uma fazenda a apenas 6 quilômetros do aeroporto, outras denúncias surgiram. A construção de pista de terra batida na fazenda de Múcio Tolentino, à época prefeito de Cláudio, foi feita com verbas do governo do estado em 1983 – quando Tancredo Neves, avô de Aécio e cunhado de Múcio, era governador –, fazendo com que o ex-prefeito parente de Aécio se tornasse réu em ação de reparação de danos ao erário. Dessa maneira, a “melhoria” do aeroporto com o uso de 14 milhões de reais para asfaltar tal pista, pode, inclusive, resolver essa questão judicial que se estende há treze anos, beneficiando o tio-avô de Aécio.
O valor a respeito da desapropriação, que teve o seu custo inicial de 1 milhão de reais ainda contestado, é um dos grandes imbróglios acerca do terreno do aeroporto. De acordo com o projeto de lei do governo de Minas Gerais que estabelece a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), disponível no site da Secretaria do Planejamento do Estado de Minas Gerais, previsões da secretaria para 2015, em caso de derrota do governo na ação movida por Múcio Tolentino, indicam que os cofres públicos poderiam arcar com R$ 20.587.174,50.
Na LDO, o possível custo está na lista dos “passivos contingentes”, entendidos como risco fiscal “cuja materialização depende de eventos futuros, que podem ou não se concretizar”. O parecer da Advocacia-Geral do Estado entende a possibilidade de derrota na ação como “possível”, o que a enquadra nas “situações que se encontram em uma faixa mediana de probabilidade de perda”. O valor consta no documento aprovado pela Assembleia Legislativa que aguarda sanção do governador, Alberto Pinto Coelho (PP-MG).
Somando-se esse valor aos R$ 14 milhões do asfaltamento da pista no aeroporto, o montante gasto poderia chegar a R$ 35,5 milhões em dinheiro público. Em nota, a Superintendência de Imprensa do Governo de Minas afirma que “a perícia que originou a provisão desse valor [R$ 20 milhões] para o aeroporto de Cláudio já foi anulada pela Justiça”. No entanto, o deputado estadual Rogério Correia (PT) ainda questiona o caso. “Foi classificado como um ‘risco possível’ e que era apenas uma previsão, mas a LDO é sempre sobre previsão”, argumenta Correia, que completa: “Só que para fazer essa previsão tem que ter algum cálculo, quem foi que fez esse cálculo de 20 milhões?”
O curioso no caso é que, em maio de 2010, a Justiça havia fixado a indenização em R$ 3,4 milhões. Quase dois anos depois, em março de 2012, um novo laudo foi apresentado com o valor para R$ 20,5 milhões. O Estado recorreu e a Justiça determinou nova perícia, tendo as LDOs de 2013 e 2014 voltando aos R$ 3,4 milhões originais da sentença de 2010, que está em fase de realização. Após a decisão de se anular o valor de R$ 20 milhões, uma nova perícia foi solicitada e Diário do Judiciário de Minas publicou nessa terça-feira (29) a abertura de prazo de cinco dias para que o estado de Minas Gerais e o tio-avô de Aécio Neves, se manifestem sobre o novo laudo, que deve novamente voltar aos R$ 3,4 milhões.
Outro ponto levantado pelo parlamentar é quanto ao processo em que se deu a inclusão da possível indenização na LDO . “Por que apressar e colocar a indenização do terreno como prioridade, por que passar a fazenda na frente se temos inúmeros outros casos mais antigos, principalmente se o negócio ainda está pendente na Justiça?”, questiona Correia. De acordo com o parlamentar, o estado errou em calcular uma previsão de custo altíssimo antes de saber o ganho de causa na Justiça. “O certo é esperar o resultado para depois colocar na LDO, depois ir para o orçamento e aí sim ser pago em precatórios”, afirma o deputado, que pedirá a anexação da denúncia ao requerimento anterior de pedido de CPI, com base em improbidade administrativa por conta de se estar fazendo previsão de risco antes de a Justiça determinar o ganho de causa, questionando ainda a base pela qual foi feito o cálculo precatório e verificando se está havendo superfaturamento indenizatório com ação de má fé.
No dia 22 de julho, o bloco parlamentar Minas Sem Censura, formado pelos deputados do PT, PMDB e PRB (onde Correia é o vice-líder) apresentou à Assembleia Legislativa de Minas o requerimento para a instalação da CPI, face aos indícios de irregularidade na definição, planejamento e execução das obras no aeroporto de Cláudio – principalmente no que envolver a desapropriação do terreno e a falha no envio da documentação à Anac, que acarretou no atraso do processo da homologação para o uso público do aeroporto, garantindo com essa omissão o uso apenas privado do mesmo. Os deputados retornam de seu recesso na próxima semana, quando se espera realizar o recolhimento de assinaturas para a instauração da CPI. Pelo regimento interno da Assembleia são necessárias 26 assinaturas, dentre os 77 deputados, para que o requerimento seja protocolado.
Uma última questão ainda foi feita para a prefeitura de Cláudio: se 14 milhões de reais investidos em um aeroporto mal utilizado dentro de uma cidade que tem cerca de 28 mil habitantes e algumas carências mais emergenciais, como UTIs, foi um bom investimento? A resposta da prefeitura veio límpida. “No Brasil inteiro há carências mais emergenciais que aeroportos. Sob esse prisma, não poderia haver aeródromos em nenhuma cidade brasileira, já que na linha do exemplo proposto na pergunta, é possível afirmar que em todas as cidades brasileiras há carências de UTIs (ou vagas nas mesmas). Mesmo assim, aeroportos são construídos, ampliados e reformados, pelos mais diversos motivos. Mas, o principal deles, acredita-se, é o desenvolvimento socioeconômico, que proporciona melhorias significativas na qualidade de vida da população”.
E como bem disse o vereador Neli, “O aeroporto esta aí, de certa forma o município ganhou, precisa ver a questão da documentação para colocá-lo em operação”.
Só resta torcer para que nenhum incidente com incêndio aconteça enquanto a qualidade de vida da população melhora graças a um aeroporto que pouquíssimos usarão.
http://revistaforum.com.br/digital/158/aeroporto-claudio/
Os escândalos tucanos: Quem foi preso, afinal? Ninguém
CARTEL E PROPINA
— TRENS E METRÔ DE SP
Desvio: R$ 835 milhões
Denúncia de executivo
Everton Rheinheimer, ex-diretor da multinacional alemã Siemens no Brasil, implicou três gestões do PSDB à frente do governo paulista (Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra) em um esquema de cartel, superfaturamento e corrupção relacionado com 11 processos de licitação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô.
Somados, os contratos firmados com as empresas envolvidas (que incluem, além da Siemens, outras gigantes do setor como a francesa Alstom, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, além das brasileiras Queiroz Galvão e CR Almeida) alcançam R$ 2,8 bilhões
Inquérito criminal
Três ex-secretários de Alckmin e deputados federais licenciados — Edson Aparecido (PSDB), que era da Casa Civil e deixou o posto para coordenar a campanha que resultou na reeleição do atual governador; José Aníbal (PSDB), da Energia, eleito senador suplente de José Serra; e Rodrigo Garcia (DEM), do Desenvolvimento Econômico, reconduzido ao Congresso Nacional –, bem como o senador tucano (e vice na chapa residencial de Aécio Neves) Aloysio Nunes, foram citados no inquérito criminal sobre o caso.
Também se inclui no rol o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS). A peça foi remetida pela Justiça de São Paulo ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque se dirige a políticos com foro privilegiado. O inquérito abrange ainda três ex-dirigentes, duas parentes de um ex-diretor da CPTM e o lobista Arthur Gomes Teixeira.
Acordo com o Cade
Paralelamente, o Ministério Público de São Paulo denunciou 30 executivos das companhias integrantes do cartel. De acordo com o MP, o acordo era o seguinte: as empresas vencedoras das concorrências rateavam 30% do que recebiam com as perdedoras.
A denúncia de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro chegou a ser rejeitada e dada como prescrita no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Após recurso do MP-SP, está parada no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Já o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com o qual a Siemens fez um acordo de leniência em que admitiu participação no esquema e se disponibilizou a colaborar (em troca do abrandamento da punição para a empresa e seus executivos), investiga o caso e seus tentáculos no DF, RJ, MG e RS.
Caixa 2 do PSDB e do DEM
Ao Cade, o informante-chave da Siemens disse não só que o governo paulista sabia e dava aval ao esquema fraudulento como também sustentou que o destino principal dos recursos era o chamado “caixa 2” para sustentar campanhas políticas de PSDB e DEM.
A Polícia Federal segue ainda com apurações complementares que não dizem respeito aos parlamentares. Revelações feitas pela Alstom acabaram associando o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e ex-chefe da Casa Civil do governador Mário Covas, Robson Marinho, em outro esquema de corrupção referentes a contratos da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE).
A Justiça bloqueou R$ 9,8 milhões de cinco dos réus e deliberou que ele se afastasse do cargo diante das provas vindas do exterior, que alimentam inquérito sob pressão de uma “operação abafa”. A campanha pela reeleição de Alckmin recebeu doações de empresas brasileiras envolvidas nas denúncias de cartel.
Exclusões e arquivamentos
Logo de cara, o ministro Marco Aurélio Mello acatou recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a exclusão de Aloysio Nunes, Edson Aparecido e Arnaldo Jardim do inquérito que corre no STF, apesar de, paradoxalmente, ter pedido mais investigações.
Apenas os deputados federais José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) tiveram os nomes mantidos. Mas por pouco tempo.
Ambos pediram o mesmo tratamento e, em sessão realizada em setembro de 2014, o relator Marco Aurélio concordou com o arquivamento por falta de provas.
Foi seguido por José Antonio Dias Tóffoli. Houve, contudo, pedido de vistas de Luís Roberto Barroso, que argumentou que o caso poderia ter desdobramentos na disputa eleitoral em curso. Luiz Fux e Rosa Weber ainda não apresentaram seus pareceres.
Lá fora, multa e demissão; aqui, queima de arquivo
O MPF não teceu comentário algum sobre os prováveis arquivamentos no STF e informou apenas ter solicitado subsídios adicionais do Uruguai, de Luxemburgo e da Suíça. O Ministério Público da Suíça, aliás, foi o primeiro órgão a investigar as denúncias de pagamento de propinas da Alstom a membros ligados ao governo de São Paulo.
A empresa recebeu uma multa milionária e os casos de corrupção (em diversas partes do mundo) foram divulgados pela imprensa dos EUA, onde um dos vice-presidentes chegou a ser preso. Outro dado relevante: arquivos importantes sobre os respectivos projetos e licitações da CPTM e do Metrô foram consumidos pelo fogo em um incêndio criminoso ocorrido na cidade de Itu (SP)
CPMI e novo arquivamento
Mais de um ano depois da bomba lançada pelo antigo executivo da Siemens, o Congresso Nacional instalou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo da CPTM e do Metrô em São Paulo em agosto de 2014. A Câmara de Vereadores de São Paulo também criou uma CPI.
Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), a proposta segue engavetada.
O Conselho Superior do Ministério Público confirmou, por cinco votos a três, o arquivamento de outro inquérito que analisava o vínculo do ex-governador e senador eleito José Serra no cartel da CPTM e do Metrô. O MP alega que Serra conhecia o esquema.
Ação movida pelo órgão pede indenização, aos cofres públicos, de R$ 2,49 bilhões dos beneficiários do escândalo.
Veja também:
http://www.viomundo.com.br/denuncias/os-escandalos-tucanos-quem-foi-preso-afinal-ninguem.htmlOutras safadezas de Aécio Neves
Como este post encontra-se em construção e no momento estou sem tempo, prometo trazer os links para estes casos ou busque você mesmo no Google, se bem que ele tem mandado fazer uma varredura na web para que seus rolos não apareçam nos sites de busca:
Aconteceu dias atrás mas não deu no JN: Asessor tucano preso em Campinas com R$ 150 mil na cueca
Aconteceu dias atrás mas não deu no JN: Asessor tucano preso em Campinas com R$ 150 mil na cueca
Aécio Neves manda fazer varredura no Googe
Aécio Neves processa 60 tuiteiros que o criticaram
Aécio Neves e os 4 bilhões de reais surrupiados da saúde
O caso do aeroporto de Mantesuma
Baladas,,,bebedeiras e bafões e bafômetro.,,,tudo bem se ele fosse um cidadão comun, o que não é o caso,,pois se trata de uma figura pública, cujos salários nós pagamos
Patrimônio omitido à Justiça Eleitoral
Dono de rádios e outros meios de comunicação em MG
O papel de Andrea Neves, irmã dele, na censura à imprensa
A prisão de jornalistas que o criticam
O fechamento do Novo Jornal, que o criticava
A demissão de Kajuru, no ar
Os bilhões de reais roubados da despoluição do Tietê
Como a mídia blinda os tucanos
Depois do tucano receber os votos, a mídia avisa que #NãoVaiTerÁgua
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/depois-do-tucano-receber-os-votos-do.html
Como o aparato midiático-penal blinda os tucanos
O levanta e corta entre MP e Sabesp na crise da água em SP
http://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-levanta-e-corta-entre-mp-e-sabesp-na-crise-da-agua-por-sergio-reis
Como a mídia alimenta o ódio contra o PT...,
http://jornalggn.com.br/noticia/folha-engrossa-campanha-anti-pt-em-meio-a-eleicao
A derrota de Aecioporto em sua própria terra, MG
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/10/vitrine-de-aecio-neves-quebrou-em-minas-gerais-9006.html
A biografia secreta de Aeciporto: Patrimônio escondido
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/biografia-secreta-de-aecio-o-patrimonio.html
Juca Kfouri conta como Aecioporto engavetou a corrupção da Loteca e de Eurico Miranda
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/juca-kfouri-conta-como-aecio-neves.html
Bicheiro Cachoeira terá sua bancada na Câmara com parlamentares do PSDB
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/o-bicheiro-cachoeira-tera-sua-bancada.html
Pedido de abertura da CPI do Mineirão na ALMG pode complicar a vida de Aecioporto
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/deputados-protocolam-pedido-de-abertura.html
Isso não vai dar no JN: Aecioporto foi discípulo de Sarney
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/biografia-secreta-de-aecio-nomeado_7.html
Aecioporto não consegue eleger os Perrela, donos do avião lotado de cocaína
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/aecio-nao-consegue-eleger-perrella-o.html
A coletânea de links para textos sobre nova política(nova direita):
6- A nova direita volta às ruas pedindo impeachment de Dilma com base numa capa da Veja ("Dilma sabia") considerada pelo TSE como panfleto político criminoso. A Globo, concessionária de serviço público, convoca para os protestos.
http://josecarloslima85.blogspot.com.br/2014/11/politica-que-nova-direita-e-essa.html
5- O resultado das urnas para o Poder Legislador
4- A nova direita(ou "nova política") usa o discurso do combate à corrupção ao mesmo tempo em que não serve de exemplo
http://josecarloslima85.blogspot.com.br/2014/10/a-corrupcao-nas-hostes-tucanas.html
3- As convocatórias da Globo para as jornadas de junho, tomadas que foram pela direita reaça
2- A mão boba do TSE
1- O niilismo a serviço da restauração conservadora
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