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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Quando o ódio não consegue desanuviar a mente


Segundo relatou o jornalista Jânio de Freitas, essa mesma mídia fez com que o povo espumasse de ódio contra Getúlio Vargas até o dia do seu suicídio, quando o ódio se voltou contra os meios de comunicação, que foram depredados pela população em fúria, se faz presente neste momento(clique aqui). Portanto, eleições estranhas esta de 2014,,,.mas está na história de nosso pais. Quando as pessoas deveriam votar em propostas, levadas pelo ódio estão propensas a votar para "tirar o PT do poder"..,,dou um doce para que adivinhar quem incutiu isso na cabeça de parte da população...Como disse o ministro Gilberto Carvalho quando dos gritos de "Dilma Vai Tomar no Cu" que ecoaram a partir das áres VIPs do Itaquerão na abertura da Copa e foram descendo...,, desceu...,,o discurso da zelite desceu para a classe mérdia....,..o modus operandi é simples: A difusão do ódio contra o PT e, num segundo momento, com o ódio espumando da boca de uma faixa da população, essa campanha que estamos presenciando por ai, não em torno de projetos para o pais e sim com base nessa loucura que é esse ódio que pegou contra uma agremiação política, o que é compreensível numa sociedade tão desigual como a nossa e dominada por uma elite prá lá de ignara e quem forte domínio sobre os meios de comunicação de massa com a agravante de que o PT, alvo de toda essa pancadaria por anos e anos, não deu a isso o devido combate e muito menos o governo Dilma que, como sabemos, apostou na eficiência do "controle remoto". Quanto ao ódio a que se refere o autor do texto, ele está presente e existe a olhos visto: Com uma rápida visita as redes sociais vc vê pessoas se divertindo com linchamentos, isso é fato, há um certo conservadorismo no ar, as pessoas deram essa guinada em direção ao conservadorismo, tivemos o Joaquim Barbosa dando vazão a essa tendência, enfim um caso a ser estudado. Marx diz que ao lado da estrutura material( fábricas, meios de produção..) existe a superestrutura(meios de comunicação, religião, judiciário) cuidando da parte da subjetividade da população, fazendo a cabeça das classes inferiores, enfim, um caso a ser estudado, dá muito pano prá manga (clique aqui)

Por que o ódio ao PT?


Mais uma vez surge, nesta eleição presidencial, como fator determinante da escolha de uma porção da sociedade

Por Mauricio Dias 

O ódio ao PT e aos petistas em geral é um eixo importante sobre o qual também gira a campanha presidencial de 2014.

Esse sentimento antigo, manifestado abertamente por adversários de influência forte no eleitorado de oposição, permanece em estado latente e se manifesta mais claramente nas “guerras” presidenciais. Em tempos de “paz” é cochichado pelos cantos do Congresso e, igualmente, em reuniões sociais onde não há preocupação em expor preconceitos.

Nesses salões mais elegantes, os petistas são tratados de corja.

Recentemente, o asco jorrou surpreendentemente da boca do senador Aécio Neves, um mineiro até então pacato com os adversários políticos. A competição acirrada fez o candidato a presidente pelos tucanos sair dos seus cuidados.

“Sei que não vou ganhar. Minha luta é contra o continuísmo dessa gente. É contra isso que vou lutar”, confidenciou a Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Isso, ainda no início de campanha, revelou o jornalista.

Reação incomum a do mineiro Aécio Neves, neto de Tancredo.

A tradicional cordialidade na sociedade mineira, por exemplo, aproximou o tucano Aécio do petista Fernando Pimentel. Em 2008, firmaram a aliança, com resistências no PT, para eleger o prefeito de Belo Horizonte. Acordo repudiado pelos petistas mineiros.

Na política, excetuadas as exceções, os adversários não são tratados como inimigos. Sabem que amanhã será outro dia e poderão estar no mesmo palanque.

O ódio embutido na frase de Aécio Neves tem explicação e antecedentes. Alguns bem mais explosivos e de maior violência verbal.

Em 2006, o senador Jorge Bornhausen (PFL-DEM) lançou uma provocação violenta contra a reeleição de Lula: “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos livrar dessa raça por, pelo menos, 30 anos”. Falhou na previsão, como se sabe. Essas são algumas das raízes que fazem o ódio aflorar no processo eleitoral deste ano de forma mais transparente. O sentimento espalhou-se por uma parte considerável do eleitorado. De alto a baixo.

Para derrotar Dilma, um grande contingente de eleitores tucanos trocou de camisa. Optou por Marina. Aécio em poucos dias foi desidratado. Ele chegou a ter 23% das intenções de voto. Mas empacou. Dilma aproximou-se muito da possibilidade de vencer no primeiro turno. Aproximadamente, 30% dos eleitores formavam o grupo dos indecisos ou mostravam a intenção de votar em branco ou nulo.

O imprevisto jogou Marina na disputa. Ela rapidamente superou Aécio, que caiu para 15% das intenções de voto. Voltou a subir a 19% segundo o Ibope.

Trocar Aécio por Marina não é, efetivamente, resultado político adequado pelos critérios políticos mais tradicionais. A troca de candidato, no entanto, é fruto do medo de uma nova vitória do PT, cujo compromisso social assusta parte da sociedade com dificuldade de conviver com pobres.

Essa porção de privilegiados assusta-se com um pouco mais de igualdade. Da fonte do medo também brota o ódio.

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