Tempos atrás estive numa chácara, pouca terra, mas o suficiente para o casal e filho se manterem o que, segundo eles, era impossível na Era FHC. Procurei saber pq ele estava dizendo isso e o mesmo me relatou que na Era FHC era impossível eles terem energia elétrica na propriedade sendo que, com Lula, a energia chegou de graça, na era tucana eles não davam conta de pagar sequer um poste de luz, que era caríssimo. Outra coisa que foi boa para eles foi a compra da produção excedente pelo governo, via CONAB, para abastecer as creches, escolas asilos. Eles moram na área rural de Silvânia-GO, para onde levam a produção que é comprada pelo Pão de Açucar, do DF. O eleitorado não sabe disso pq a imprensa sempre boicotou qualquer notícia sobre as realizações de Dilma, fixando-se apenas, em durante estes 4 anos, apenas nas notícias ruins e, por seu lado, houve uma apagão de comunicação no governo, não foi dado o devido combate aos propagadores do pessimismo que, hoje, assanhados na iminência de tomarem de assalto o cofre, prometem o pior dos mundos, como por exemplo a autonomia do Banco Central e sem que se possa criticar isso porque o Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, vê nisso(na crítica) um crime..,,,sei
Jornal GGN – A Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou nesta terça-feira, que mais de 805 milhões de pessoas passam fome no mundo. No Brasil, anuncia a Organização, esta situação é bem diferente. Segundo a FAO o Brasil caminha na contramão desta estatística graças aos seus programas, ações e estratégias, o que o alçou ao posto de referência mundial no combate à fome.
“O Brasil é um grande exemplo nesse aspecto porque estabeleceu essa causa como uma prioridade nacional”, disse Eve Crowley, representante adjunta da FAO para a América Latina e Caribe. “Ele provou que um país grande pode reduzir a insegurança alimentar e ainda influenciar toda uma região e o mundo”, completou ela.
Tanto a América Latina como o Caribe tiveram o melhor desempenho no combate à insegurança alimentar dos últimos anos. Atualmente, concentra-se nesta região 6,1% das pessoas com insegurança alimentar, bem abaixo dos 15,3% registrados em 1992.
O Brasil mereceu destaque especial no estudo realizado pela FAO. O país se tornou modelo para promoção de experiências exitosas, como transferência de renda, compras diretas para aquisição de alimentos e capacitação técnica de pequenos agricultores. Com estas medidas, o Brasil conseguiu diminuir em 50% o número de pessoas que passam fome.
“Insegurança alimentar” é quando existe restrição ao acesso aos alimentos e pessoas nesta situação consomem alimentos de forma difusa, sem saber quando será a próxima refeição, explicou o diretor do Centro de Excelência para a Fome do PMA, Daniel Balaban.
No cenário brasileiro, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) foi uma iniciativa que contribuiu diretamente para a redução da insegurança alimentar do brasileiro, destacou Balaban. Ele apontou que, com o programa, os agricultores tiveram a garantia da venda de seus produtos para o governo e instituições como escolas e hospitais.
“No Brasil, os pequenos produtores sofriam de insegurança alimentar. Eles largavam suas terras rumo aos grandes centros urbanos em busca de emprego. O grande mérito do programa foi incentivar todo esse grupo a permanecer no campo, estimulando a produção e oferecendo demanda para ele. Cerca de 70% do nosso consumo interno é abastecido pela agricultura familiar”, disse Balaban.
O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil
O relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil – Um Retrato Multidimensional – é um dos sete casos de países específicos estudados pela FAO, lançado paralelamente ao relatório anual da Organização, O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2014.
O documento sobre o caso brasileiro aborda as estratégias de governança adotadas pelo país com o objetivo de garantir o acesso de todos à alimentação, além de uma análise sobre a produção e disponibilidade de alimentos e outros aspectos como saúde.
Para ilustrar o sucesso das medidas brasileiras, a FAO reuniu diversos indicadores da segurança alimentar, entre eles, o Indicador de Prevalência de Subalimentação, medida empregada pela FAO há 50 anos para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional. Hoje, o país tem 3,4 milhões de brasileiros que passam por insegurança alimentar, o que representa 1,7% da população brasileira. A porcentagem de 5% é o limite estatístico determinado que representa se um país superou o problema da fome.
“O relatório mostra a situação da insegurança alimentar e as tentativas de eliminar a fome da Terra. Ele ressalta os nossos avanços, mas mostra que ainda há muito para fazer. Mesmo com a disponibilidade de alimentos e tecnologia, temos mais de 800 milhões de pessoas com risco de insegurança alimentar. Temos que reconhecer que a fome é a maior inimiga em todos os territórios do mundo e manter o compromisso de combater esse problema”, afirmou o coordenador residente do sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek.
A insegurança alimentar é um tema complexo, que não se resolve apenas com o aumento da produção ou da distribuição de alimentos, mas com uma multiplicidade de ações e programas que o Brasil vem desenvolvendo muito bem, avaliou Chediek.
“O Brasil precisa continuar nesse caminho, de chegar aos que estão fora do ‘sistema’, e aprimorar a coordenação de programas sociais. Por conta desse compromisso, o país teve um resultado admirável. O IDH, que inclui elementos de saúde e renda, melhorou mais de 50% nos ultimos 20 anos”, destacou ele.
Discurso da fome e a desigualdade social
O relatório também parabeniza o governo brasileiro por importantes passos institucionais e implementação de marcos legais que possibilitaram os avanços no combate à fome no Brasil.
Entre os destaques, a incorporação à Constituição Federal, em 2010, do direito humano à alimentação adequada e, em 2011, da institucionalização do Plano Nacional de Segurança Alimentar, com destaque ao lançamento da Estratégia Fome Zero, e a implementação, de forma articulada, de políticas de proteção social – como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – e de fomento à produção agrícola – como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAA.
Segundo o estudo, os gastos federais (em 2013) com programas e ações de segurança alimentar e nutricional no Brasil totalizaram cerca de 78 bilhões de reais. Os investimentos em programas sociais aumentaram mais de 128% entre os anos de 2000 e 2012, enquanto a parcela desses programas no Produto Interno Bruto aumentou 31%.
Em 2013, os programas relacionados à proteção social chegaram a aproximadamente um terço dos gastos federais em programas e ações de segurança alimentar e nutricional, enquanto os programas relacionados com a produção e distribuição de alimentos, inclusive os destinados à promoção da agricultura familiar, foram responsáveis por um sexto do total de dispêndios.
O resultado desses investimentos trouxe números positivos para erradicar a extrema pobreza e a fome no país, compromisso assumido através do primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM1) e na Cúpula Mundial sobre Alimentação (CMA). Apenas com o Bolsa Família, cerca de 22 milhões de brasileiros foram retirados da extrema pobreza desde 2011.
A consultora da FAO, Anne Kepler, que apresentou o relatório sobre o caso brasileiro, acredita que o avanço do país está também no seu discurso sobre a fome, atrelado à desigualdade social.
“Nos Estados Unidos, também há insegurança alimentar, também há fome, mas o tratamento é muito diferente do que vemos hoje no Brasil. A fome não está relacionada ao fato de a pessoa não se interessar por trabalho, como muitos dizem. Aqui, estamos provando que esse déficit na alimentação está ligado a uma diferença de classes, a uma desigualdade social que vem diminuindo”, disse Kepler, nascida nos Estados Unidos, mas residente do Brasil há 20 anos.
Crowley ressaltou que o mundo está vivendo um período histórico, onde o progresso no combate à fome é evidente. “Se firmarmos um compromisso, poderemos erradicar a fome dentro da nossa geração”.
Para a elaboração deste documento, a FAO contou com a colaboração do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, além de pesquisadores e acadêmicos.
Com informações da ONU
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